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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Riscos de Contaminação por Vírus e Bactérias em Serviços de Manicure/pedicure no
                 Município de Vera Cruz do Oeste/PR

                 Autores: ITACIR ZINN MOSTARDEIRO; Sueli Alexandre; Daniela Lopes Ribeiro; Marlei dos Reis Vitorino; Ivete Gonzatto Tomasin.
                 Instituição: Secretaria Municipal de Saúde
                 Palavras-chave: Micro-organismos; Esterilização; Biossegurança
                 Introdução: Os riscos de contaminação por vírus e bactérias são elevados quando manicures e pedicures desconhecem ou não
                 utilizam medidas de biossegurança durante o seu processo de trabalho. O uso de equipamentos de esterilização inadequados
                 potencializa estes riscos, visto que o equipamento capaz de eliminar todos os micro-organismo presentes em instrumentais
                 utilizados é a autoclave. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi verificar os riscos de contaminação por vírus e bactérias em
                 serviços de manicure/pedicure do município de Vera Cruz do Oeste/PR. Método: Foi realizada uma pesquisa descritiva a
                 partir do levantamento de dados de 16 laudos de inspeções realizadas pela Vigilância Sanitária Municipal no período de 01 de
                 janeiro/2014 a 31 de dezembro/2014. Resultado: O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) como luvas descartáveis,
                 máscaras, luvas de borracha de limpeza e óculos de proteção foi de 0%. A lavagem de mãos entre um atendimento e outro foi
                 de 62,5%. A presença de lavatório de uso exclusivo para lavagem de mãos foi de 0%. Dos equipamentos de esterilização, 68,75%
                 usavam estufas, 6,25% outros equipamentos e 25% não utilizavam nenhum tipo de equipamento. A reutilização do Artigos de
                 Uso Único (AUU) foi de 87,5% para palitos de limpeza de unhas, 87,5% para lixas de unhas e 93,75% para lixas de pés. Conclusão:
                 A partir deste trabalho pode-se observar que nenhum dos serviços de manicure/pedicure utilizavam EPI’s durante o processo
                 de trabalho, apesar de alguns profissionais lavarem as mãos entre um atendimento e outro, nenhum dos estabelecimentos
                 possuem lavatório exclusivo para higienização das mãos. A esterilização por autoclave não acontecia em nenhum dos serviços
                 demonstrados nos laudos e os processos para eliminação dos micro-organismo utilizados não são efetivos, conforme legislação
                 vigente. A reutilização dos AUU é preocupante visto que podem acumular vírus e bactérias podendo ser transmitidos de um
                 cliente para outro. Portanto, medidas preventivas e fiscalizações sanitárias devem ser efetivas, a fim de diminuir os riscos de
                 contaminação de manicure/pedicure para clientes, de clientes para manicure/pedicure e de cliente para cliente. A Educação
                 Permanente em Saúde para estes profissionais deve constar no planejamento das ações e a população em geral também deve
                 ser alertada sobre riscos que estes serviços podem trazer.



                 Riscos Ocupacionais e Conscientização da Equipe de Enfermagem

                 Autores: LARA SIMONE MESSIAS FLORIANO; Suellen Vienscoski Skupien; Ana Carolina Ferro. Instituição: Universidade Estadual de
                 Ponta Grossa

                 Palavras-chave: Equipe de enfermagem; Acidentes de trabalho; Saúde do trabalhador

                 Introdução: Os acidentes de trabalho apresentam alta incidência entre os profissionais de saúde devido aos inúmeros riscos
                 ocupacionais  a  que  esses  trabalhadores  estão  expostos.  Conforme  dados  do  Anuário  Estatístico  da  Previdência  Social,
                 ocorreram no Brasil 704.136 acidentes de trabalho no ano de 2014, desses 59.080 correspondem a atividades relacionadas
                 ao atendimento hospitalar. No ambiente hospitalar, a atividade da equipe de enfermagem caracteriza-se pela prestação de
                 cuidados durante período integral ao cliente, dessa forma pode-se afirmar que estão expostos a riscos de acidentes, dentre
                 eles, os acidentes com materiais perfurocortantes e com isso a chance de contaminação com materiais biológicos. Justifica-se
                 este estudo pela necessidade de sensibilizar a equipe de enfermagem sobre os riscos ocupacionais e também de incentivar a
                 notificação em casos de ocorrência do acidente, já que a subnotificação destes, pelos profissionais de enfermagem, impossibilita
                 à instituição de conhecer sobre a grandeza do problema, inviabilizando assim, o planejamento e o desenvolvimento de ações
                 preventivas e de controle. Objetivo: Caracterizar o acidente com material perfurocortante e retratar a forma de intervenção
                 dos enfermeiros frente aos riscos ocupacionais em um hospital escola no Paraná. Método: Trata-se de estudo exploratório,
                 retrospectivo, com abordagem quanti-qualitativa, realizado no período de junho de 2016, em um hospital escola no município
                 de Ponta Grossa, Paraná. Os dados foram coletados por meio das fichas de Comunicado de Acidente de Trabalho referentes
                 ao período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015 e entrevista com seis enfermeiros. Este estudo atendeu aos princípios
                 éticos, sendo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Ponta Grossa,
                 sob parecer nº 1.520.222. Resultado: Os resultados apontam que os acidentes de trabalho ocorreram prevalentemente com
                 profissionais do sexo feminino; as mãos foram mais atingidas; o período de maior ocorrência dos acidentes foi o matutino; falta
                 de notificação do acidente e desconhecimento da Norma Regulamentadora 32. Conclusão: Concluiu-se que os profissionais
                 de  enfermagem  estão  diariamente  expostos  a  riscos,  sendo  primordial  o  conhecimento  da  Norma  Regulamentadora  32  e
                 realização de educação continuada, tornando possível um ambiente livre de riscos e garantindo a saúde do trabalhador.


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