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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Terapêutica da Sepse Neonatal como Protetora das Mortes Neonatais: uma Revisão
Sistemática da Literatura – Resultados Parciais
Autores: CAMILA MARINELLI MARTINS; Bruna Pereira Madruga; Kamila Mayara Mendes; Pollyanna Kássia de Oliveira Borges.
Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Mortalidade; Óbito; Infecção
A sepse neonatal é uma infecção sistêmica, acompanhada de bactérias e de alterações clínicas e laboratoriais no recém-nascido
(RN). Quando ocorre nas primeiras 48 horas e está relacionada a fatores gestacionais e/ou do período periparto é classificada
como precoce. Já quando é produzida por microrganismos de origem hospitalar e está associada às intervenções realizadas nos
recém-nascidos advindas de uma transmissão horizontal é classificada como tardia (SILVEIRA, 2012). Quando o RN é diagnosticado,
inicia-se tratamento, geralmente com antibioticoterapia e terapia suporte para evitar o óbito (CALIL, 2012). O objetivo do presente
estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura dos ensaios clínicos de sobre métodos e oportunidade terapêutica da
sepse neonatal que poderiam proteger contra a morte. A coleta e análise dos dados foi realizada seguindo as etapas da revisão
sistemática proposta por Egger (2001). As bases bibliográficas selecionadas foram: PubMed, Scientific Electronic Library Online
(SciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), BIREME, Scopus e Embase com os Descritores
em Ciências da Saúde (DeCS): Neonatal sepsis, Treatment e Mortality; e seus sinônimos. Após a coleta dos dados, foi realizada a
remoção das duplicatas e triagem de títulos e resumos com um gerenciador de referências comercial. Os critérios de remoção
das triagens foram: artigos de revisão e que não se fossem ensaios clínicos de tratamento de sepse. Os artigos remanescentes
foram analisados de maneira qualitativa. Foi obtido um total de 12.629 artigos em todas as bases, após a remoção das duplicatas,
obteve-se 3.313, após a triagem de títulos, obteve-se 215 e, por fim, após a triagem de resumos, obteve-se 21 artigos para realizar
síntese qualitativa. Estes artigos foram realizados entre o ano 1975 e 2017 e 1/21 foi realizado no Brasil. Três artigos utilizaram a
terapia intravenosa com imunoglobulina, apresentando resultados significativos e classificando esta terapeutica como a mais
adequada. Quatro artigos utilizaram antibióticoterapia, apresentando resultados como a melhora no controle das doses, melhor
adequação do tratamento empírico e melhora do quadro clínico geral. Porém nenhum artigo deixou clara a relevância destes
métodos no prognóstico ou na proteção à morte. Os resultados preliminares mostraram que a oportunidade do tratamento ainda
precisa ser estudada para entender se pode ser um fator determinante na proteção do óbito neonatal
Territorialização em Saúde no Município de Brusque: Projeto Piloto
Autores: DAIANE BOTTAMEDI; Carolina Nass de Holanda; Karoline Favero; Camilla Antonieli Vequi. Instituição: Prefeitura Municipal de
Brusque / Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
Palavras-chave: Território; Territorialização; Cuidado em Saúde;
O território se constitui no espaço e a apropriação do homem sob ele. No âmbito do sistema único de saúde (SUS) incorpora
múltiplas dimensões e percepções compondo constantes interações e significados que constroem a identidade do território. O
conhecimento das características, identificação das potencialidades e problemáticas facilitam a criação de espaços comunicativos,
de vigilância em saúde e coordenação do cuidado. A experiência tem como objetivo conhecer a população para elaboração de
estratégias adequadas visando alcançar o conceito ampliado de saúde; Aprimorar o conhecimento do território pelas equipes
NASF e ESF; Conceber obtenção e análise de informações para se entender os contextos populacionais viabilizando o território
como análise social. O Município de Brusque é composto por 32 ESF distribuídas em 23 UBS e subdividido em regionais de
saúde para organização e operacionalização dos serviços. A territorialização foi organizada nas etapas: planejamento; execução;
análise e finalização. No planejamento realizaram-se reuniões com busca na literatura a discussões a respeito do tema. A
equipe foi dividida adequando ao número de regionais e selecionadas quatro ESF para o projeto piloto, solicitou-se a impressão
dos mapas geográficos dos territórios pertencentes a essas ESFs ao Instituto Brusquense de Planejamento (IBPLAN). Após a
finalização desse momento, iniciou-se a realização da segunda etapa, com a execução prática da captação de dados utilizando
como instrumentos o mapeamento, entrevista semi-estruturada, produção de imagens fotográficas e levantamento dos
dados epidemiológicos coletados pelas ESF. Posteriormente, analisaram-se os dados coletados e construíram-se os mapas
inteligentes. A finalização do projeto piloto ocorreu com a apresentação dos resultados para a gestão e ampliado para as demais
ESF do município. Com processo de territorialização houve a compreensão dos profissionais quanto à realidade do território,
particularidades, contextos locais e de que maneira as estratégias desenvolvidas pelas equipes de saúde interferem no cotidiano
da população. Permitiu o fortalecimento de vínculo entre as equipes, melhora da comunicação e possibilidade da elaboração
de planejamento estratégico em conjunto. Houve troca de experiências entre os grupos atuantes, ampliando a percepção sobre
as diferentes realidades do município. Percebeu-se que conhecer o território possibilita a identificação de problemas de saúde
intervenções adequadas.
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