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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Vigilância Laboratorial do Sarampo: Diagnóstico Diferencial das Doenças
Exantemáticas.
Autores: ETIENNE WESSLER COAN; Carla Gomes Bortoleto. Instituição: Secretaria de Saúde do Paraná - Laboratório Central do
Paraná
Palavras-chave: Sarampo; Doenças exantemáticas; Diagnóstico diferencial
Introdução: A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reconheceu em 27 de setembro de 2016 a eliminação do sarampo
na Região das Américas, demonstrando o resultado do comprometimento de mais de vinte anos dos países envolvidos e da
eficiência do trabalho integrado da vigilância no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde então, para manter a eliminação do
sarampo, as ações recomendadas são o fortalecimento da vigilância e da imunidade da população. Como o sarampo continua
circulando no âmbito mundial, o Brasil vem notificando casos importados de outras partes do mundo. O surto de sarampo, que
atinge os estados de Roraima e Manaus em 2018, confirma o risco de importação do vírus e reforça a importância da vigilância
das doenças exantemáticas, através da notificação e da investigação completa dos casos suspeitos e da análise laboratorial
para confirmação dos casos. Objetivos: Ampliar a vigilância epidemiológica e laboratorial do sarampo no estado do Paraná.
Desenvolver um protocolo laboratorial para diagnóstico laboratorial do sarampo no Laboratório Central do Paraná (Lacen/
PR). Estabelecer um fluxo para investigação do sarampo no diagnóstico diferencial das doenças exantemáticas no Lacen/PR.
Método: Estudo realizado em 2018, pelo Lacen/PR em conjunto com as vigilâncias epidemiológica, ambiental e imunização da
Secretaria de Saúde do Paraná (SESA/PR). Foi considerando o plano de sustentabilidade da eliminação do sarampo, sugerido
pelo grupo técnico das doenças exantemáticas do Ministério da Saúde, e a atual situação epidemiológica do sarampo e das
demais doenças exantemáticas relevantes no estado do Paraná. Resultado: Elaboração do protocolo que determina os critérios
clínicos e epidemiológicos para o diagnóstico laboratorial do sarampo no Lacen/PR, bem como o fluxo para investigação
sorológica do sarampo no diagnóstico diferencial nas seguintes doenças exantemáticas febris agudas: Rubéola, Dengue,
Chikungunya e Zika. Conclusão: A divulgação da atual situação epidemiológica do Sarampo aos profissionais envolvidos é
fundamental para o fortalecimento das ações de vigilância. A vigilância laboratorial deve estar alerta ao quadro epidemiológico,
disponibilizando acesso às análises e resultados em tempo oportuno, além de colaborar com o diagnóstico diferencial das
doenças exantemáticas, principalmente das arboviroses.
Violência por Parceiro íntimo: Tipos de Violência Contra Mulheres em Região de
Tríplice Fronteira
Autores: ALINE SUELEN MIURA; Gabriela Kauana da Silva; Marieta Fernandes Santos; Wesley Martins; Sheila Cristina RochaBrischilliari.
Instituição: UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: violência por parceiro íntimo; fatores de risco; saúde da mulher.
Introdução: Estudar a violência por parceiro íntimo (VPI) tem sido um grande desafio, principalmente para a área de saúde
pública. Em média, no Brasil, ocorrem a cada ano 5.664 mortes de mulheres por causas violentas, o estado do Paraná encontra-
se na primeira colocação de feminicídios na região sul. Entretanto, essa taxa, é apenas a ponta do iceberg e retrata meramente
o extremo da violência física, um número muito maior de mulheres estão expostas cotidianamente a outras formas socialmente
mais veladas de violência, com episódios que podem ser graves e repetitivos. Objetivos: Estimar a prevalência de violência
por parceiro íntimo contra mulheres e identificar fatores associados. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e
transversal, com 565 mulheres usuárias das unidades básicas de saúde que tem implantado a Estratégia Saúde da Família
(ESF) no município de Foz do Iguaçu, PR. Para a análise dos dados foram realizados testes qui-quadrado de Mantel-Haenszel
para verificar possíveis fatores de risco ou de proteção entre as variáveis com base na OR (Odds Ratio). O nível de significância
adotado p<0,05. Resultado: A maior prevalência foi de violência psicológica (48,7%) seguida da física (36,5%) e sexual (22,8%).
Quanto aos aspectos sociodemográficos destacaram-se a faixa etária, raça, escolaridade e renda mostrando-se como fatores
determinantes para essas violências. Características comportamentais da entrevistada e parceiro como o uso de álcool e
drogas, temperamento e brigas do casal se mostraram como fatores de risco. Conclusões: Para proporcionar um atendimento
acolhedor e humanizado se faz necessário que os profissionais da atenção básica conheçam o problema e passem a adotar
posturas de escuta atenciosa, segura e sem pré-julgamentos no momento de fragilidade da vítima, onde a mesma está à
procura de ajuda na unidade de saúde, junto à equipe de saúde da família.
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