Page 346 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO EM SAÚDE
A Economia Gerada Nos Restaurantes Populares de Curitiba e a Segurança Alimentar
e Nutricional
Autores: MORGIANA MARIA KORMANN. Instituição: Secretaria Municipal do Abastecimento - Prefeitura Municipal de Curitiba
Palavras-chave: Restaurante Popular; economia; Segurança Alimentar e Nutricional
Introdução: O artigo 6° da Constituição Federal do Brasil (CF) diz: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho,
a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, (...)”, entre outros. Auxiliando na garantia destes direitos sociais, através da geração de
economia à população, os Restaurantes Populares ampliam a oferta de refeições saudáveis, a baixo custo, promovendo a Segurança
Alimentar e Nutricional e a saúde. Objetivos: 1.Avaliar a economia gerada pelo baixo custo da refeição (almoço) à população usuária
dos Restaurantes Populares de Curitiba (RPC). 2.Demonstrar a ligação entre esta economia e a promoção da Segurança Alimentar
e Nutricional (SAN) e da saúde. Métodos: Entre junho a agosto/2016, foram entrevistados 786 frequentadores de 3 (três) unidades
de RPC. O nível de significância da pesquisa foi de 95%, com uma margem de erro de 3%. Os indivíduos foram questionados sobre
“conseguir economizar, por fazer a refeição (almoço) nos RPC” e, então, sobre “quanto conseguem poupar ao final do mês”. Para
efeitos de demonstração, foi utilizada a definição de SAN, da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN). Resultado:
Após entrevistas, concluiu-se que 42,4% dos entrevistados conseguem poupar dinheiro por almoçarem nos RPC, e a média de
economia individual é R$ 226,10. Com uma alimentação de qualidade, a economia gerada auxilia na garantia dos demais direitos
sociais como lazer, saúde, transporte, segurança, etc. Assim, promove-se a SAN que, segundo a LOSAN, consiste na realização do
direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a
outras necessidades essenciais. Conclusões: Os RPC, através da economia gerada aos frequentadores, pelo baixo custo da refeição,
conseguem promover a SAN e a saúde, fornecendo refeições saudáveis, principalmente, à população em vulnerabilidade social, e
auxiliando na garantia dos demais direitos sociais da CF. Referências: BRASIL. Constituição Federal (1988). Emenda Constitucional n°
64, de 4 de fevereiro de 2010. Altera o art. 6° da Constituição Federal, para introduzir a alimentação como direito social. BRASIL. Lei
Orgânica de Segurança Alimentar Nutricional (LOSAN). Lei n° 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário
Oficial da União 2006; 18 set.
A Importância da Associação de Diferentes Medidas Antropométricas na Avaliação da
Prevalência de Baixo Peso entre Pacientes Oncológicos
Autores: GRAZIELA NUNES; Brenda Alana Ribas; Catiuscie Cabreira da Silva Tortorella; Mariana Abe Vicente; Dalton Luiz Schiessel.
Instituição: Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)
Palavras-chave: idoso; neoplasia; desnutrição
Introdução: Os tratamentos oncológicos e as alterações fisiológicas inerentes à população idosa tornam esses indivíduos mais
suscetíveis a distúrbios nutricionais. Assim, o uso de diferentes métodos antropométricos pode ser uma estratégia fundamental
para a obtenção de um diagnóstico nutricional mais preciso. Objetivo: Verificar a prevalência de baixo peso em pacientes idosos
oncológicos, por meio de diferentes medidas antropométricas. Metodologia: Participaram 32 idosos (61 a 85 anos), sendo a maioria
(56,3% n=18) do sexo masculino. Os dados referentes à avaliação antropométrica e composição corporal foram retirados de planilhas
de registros de pacientes internados (abril a dezembro de 2016) em um hospital, localizado em uma cidade do Centro-Oeste do
Paraná, sendo: circunferência da panturrilha (CP), circunferência do braço (CB), prega cutânea tricipital (PCT) e foram calculados o
índice de massa corporal (IMC). O IMC foi calculado com base nos dados de peso e altura obtidos e classificados de acordo com
os pontos de corte de Lipschitz (1994). A CP foi classificada considerando-se valores menores de 31 centímetros, como indicativo
de sarcopenia (perda de massa muscular). A classificação da CB foi realizada de acordo com Burr e Philllips (1984). Para a PCT
utilizou-se os parâmetros de Blackburn & Thompton (1979). Resultado: Os tipos de cânceres diagnosticados foram neoplasia de
intestino (22%, n=7); pulmão, esôfago (12%, n=4); colo uterino (9%, n=3); cérebro, próstata, fígado (6%, n=2); língua, parótida, pele,
gástrico, vesical, bexiga, mieloma e leucemia (3%, n=1). Quando associados ao tipo de câncer, o IMC e as medidas da CP, PCT e CB
demonstraram maiores percentuais de idosos classificados com baixo peso nos cânceres de pulmão (9%, n=3; 6%, n=2; 12%, n=4 e
9%, n=3, respectivamente) e esôfago (9%, n=3; 9%, n=3; 9%, n=3 e 9%, n=3). Embora a neoplasia de intestino tenha apresentado maior
prevalência (22%, n=7) dentre os diagnósticos, esse tipo de câncer indicou considerável percentual (9%, n=3) de baixo peso, somente
na medida da PCT. Isso comprova a necessidade de diferentes medidas antropométricas, para um diagnóstico nutricional mais
preciso. O que possibilitará intervenções mais precoces e consequente melhora no prognóstico e na qualidade de vida dos pacientes
oncológicos. Conclusão: O câncer de pulmão foi o tipo de neoplasia com maior prevalência de baixo peso, mostrando concordância
quando avaliado tanto pelo IMC, como PCT e CB.
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