Page 334 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Reflexões Sobre Ecologia e Geomorfologia do Litoral do Paraná na Epidemiologia dos
                 Agravos: para Onde Iremos?

                 Autores: LÚCIA ENEIDA RODRIGUES; Ilda Nagafuti. Instituição: 1ª Regional de Saúde do Paraná

                 Palavras-chave: ecologia, meio-ambiente, litoral
                 A  grande  incidência  de  diferentes  agravos  de  saúde  pública  que  atingem  o  Litoral  do  Paraná,  assim  como  a  interferência
                 das intempéries, geografia, características de acesso e íntima relação com o mar, evidencia a necessidade de uma análise
                 interdisciplinar que consiga criar diretrizes para decisões em saúde pública. Fatores variados como formação étnica, urbanização
                 de áreas de restinga e mangue, migrações sazonais, porto de alto fluxo de grãos e cargas de todo o país, interação humana
                 com  o  meio  marinho  devem  ser  levados  em  consideração  na  avaliação  e  condução  de  agravos  mais  incidentes,  agravos
                 negligenciados ou emergentes, assim como na elaboração de planos de resposta rápida, e a longo prazo, para emergências/
                 desastres. Dentro deste contexto, as formações geológicas e sua distribuição, assim como o encontro com o mar em duas
                 grandes baías, Paranaguá e Guaratuba, determinam os limites, as formas de acesso e o modo de ocupação humana ao longo
                 de toda região. O objetivo deste artigo é discutir brevemente a interação desses fatores como forma de apresentar uma possível
                 abordagem diferente para as decisões de saúde referentes ao Litoral do Paraná.













                 Relação entre Poluição do Ar e Internações de Idosos por Doenças Cardiovasculares
                 em São Paulo entre 2000- 2013

                 Autores: ALESSANDRA DIAS FRAGA; Hosana Maria do Nascimento; Joice Maria Pacheco Fernandes; Lourdes Conceição Martins.
                 Instituição: Universidade Católica de Santos (Unisantos)
                 Palavras-chave: poluição do ar; doenças cardiovasculares; idosos
                 Introdução: A Poluição do ar afeta a saúde cardiovascular da população, principalmente dos idosos. Objetivo: avaliar a relação
                 entre poluição do ar e internações de idosos por doenças cardiovasculares em São Paulo entre 2000- 2013. Metodologia:
                 Estudo ecológico de serie temporal, as informações de morbidade foram obtidas junto ao banco de dados do Sistema Único
                 de  Saúde  (DATASUS),  os  níveis  diários  dos  poluentes  (MP10,  SO2,  NO2  e  O3)  e  as variáveis  meteorológicas  foram  obtidas
                 junto a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Foi realizada a análise descritiva, de correlação, e utilizou-
                 se o modelo Polinomial linear generalizado de regressão de Poisson defasado de até 7 dias, com polinômio de terceiro grau.
                 O nível de significância foi de 5%. Resultado: Observou-se que os poluentes estão diretamente correlacionados entre si e
                 inversamente correlacionados com as variáveis meteorológicas, exceto o O3. Para cada aumento de um interquartil no nível
                 de MP10 (24,28?g/m3) observou-se um aumento nas internações totais em 2,40% (IC95%: 1,67-3,13), para o sexo masculino o
                 aumento foi de 2,85% (IC95%: 1,96-3,73) e para o feminino foi de 2,35% (IC95%: 1,38-3,31). Para o SO2 (7,63?g/m3) o aumento de
                 um interquartil elevou as internações por doenças cardiovasculares totais em 2,83% (IC95%: 2,06-3,59), já para o sexo masculino
                 esse aumento foi de 3,60% (IC95%: 2,68-4,53) e para o feminino de 2,86 (IC95%: 1,84-3,87). Para cada aumento de um interquartil
                 no nível de NO2 (50,22 ?g/m3) observou-se um acréscimo nas internações por DCV totais em 3,11% (IC95%: 2,43-3,79), para o
                 sexo masculino foi de 3,91% (IC95%: 3,09-4,74) e para o feminino de 2,99% (IC95%: 2,10-3,88). Para o CO, observou-se que para
                 cada aumento de um interquartil no nível de CO (1,28ppm) as internações por DCV totais se elevou em 1,46% (IC95%:0,81-2,10),
                 para o sexo masculino em 2% (IC95%: 1,22-2,79) e para o feminino em 1,26% (IC95%: 0,41-2,11). Conclusão: Os dados mostraram
                 uma relação direta entre o aumento da concentração de poluentes na atmosfera e o aumento das admissões hospitalares por
                 DVC totais no município de São Paulo, sugerindo que a poluição atmosférica é um contribuinte para o aumento do número de
                 internações hospitalares por doenças cardiovasculares em idosos.







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