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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Prevalência e Fatores Associados â Sífilis

                 Autores: PRISCILA LOPES NOGUEIRA; Natália Carolina Rodrigues Colombo; Daniela Biguetti Martins Lopes; Elma Mathias Dessunti.
                 Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
                 Palavras-chave: Sífilis. Prevalência. Testes Sorológicos.
                 Introdução:  A  sífilis,  atinge  expressivo  número  de  indivíduos,  assim,  a  implantação  do  teste  rápido  amplia  o  acesso  as
                 populações  mais vulneráveis,  favorece  o  diagnóstico  e  tratamento  precoces,  impactando  nas  conseqüências  da  infecção.
                 Objetivo: Analisar a prevalência e o os fatores de risco associados à sífilis em um Centro de Referência (CR). Método: Coorte
                 transversal, realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e CR para DST/HIV/Aids de Londrina, Paraná, Brasil.
                 Foram analisados os 5.509 casos que realizaram o teste rápido no período de 2012 a 2014. A coleta de dados foi realizada por
                 meio do Sistema de Informação do CTA. As análises de prevalência, assim como o odds ratio para verificar associação de
                 variáveis sóciodemográficas e comportamentais aos casos de sífilis foram realizadas por meio do programa OpenEpi (versão
                 3.03a). Os dados dos casos positivos foram tabulados e analisados no programa SPSS versão 20.0. Procedeu-se a análise de
                 regressão logística para verificar possível diferença de chances entre os sexos e as variáveis comportamentais. Foi considerado
                 valor de alpha < 0,05 como estatisticamente significativo. Resultado: A prevalência de sífilis foi de 6,3%, sendo maior no sexo
                 masculino (7,5%) do que no feminino (4,3%) (p<0,001). Observou-se associação à sífilis a faixa etária de 25 a 34 anos (OR =1,57;
                 IC95%:1,16-2,13), a escolaridade de 0 a 3 anos (OR = 1,84; IC95%:1,35-2,51) e a não união estável (OR=1,33; IC95%:1,04-1,72). Os
                 principais fatores comportamentais associados à sífilis foram: homens que fazem sexo com homens-HSH (OR=6,27; IC95%: 4,74-
                 8,28), usuários de drogas (OR=4,71; IC95%: 3,16-7,02), ser portador de DST (OR=12,3; IC95%: 8,05-18,79) e ter apresentado DST nos
                 últimos doze meses (OR=17,66; IC95%: 13,78-22,69). Observou-se especificamente associação à sífilis o uso de álcool, maconha,
                 cocaína aspirada e crack, todos com significância estatística. As co-infecções mais presentes foram: HIV, HPV, herpes e hepatite
                 C. Conclusão: O conhecimento dos fatores de risco associados à sífilis deve ser prioridade para a saúde pública, devendo-se
                 fortalecer as estratégias de prevenção e controle.







                 Principais Causas de Mortalidade Materna no Paraná

                 Autores: ACÁCIA MARIA LOURENÇO FRANCISCO NASR; Julia Valeria Ferreira cordellini; Viviane Serra Melanda; Dora Yoko Nosaki Goto;
                 Rafael Gomes Ditterich. Instituição: SESA-PR/UFPR
                 Palavras-chave: Mortalidade materna; Causas de morte; Saúde da mulher.

                 Introdução: A morte materna é um evento sentinela, sua ocorrência alerta para a capacidade do sistema de saúde em responder
                 as  necessidades  de  saúde  da  mulher  e  desencadear  um  conjunto  de  medidas  para  que  suas  causas  sejam  esclarecidas.
                 Objetivo: Avaliar as principais causas de mortalidade materna no Estado do Paraná no período de 2010 a 2017. Metodologia:
                 Estudo quantitativo descritivo com utilização de dados secundários das bases do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)
                 e Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) no período de 2010 a 2017, e revisão de literatura. Resultado: No período
                 de 2010 a 2017, 92% dos nascimentos foram em estabelecimentos hospitalares, e 61,5% dos partos foram cesáreas. A razão de
                 mortalidade materna em 2010 era de 65,5% e reduziu para 30,2% em 2017, deflagrando redução de 35% dos óbitos maternos
                 no período avaliado. Grande parte dos óbitos ocorreu no período puerperal (51,3%). Quanto à classificação dos óbitos, 65,3%
                 foram obstétricos diretos e 30,1% obstétricos indiretos. As principais causas de mortalidade materna obstétrica direta foram às
                 hemorragias (17,8%), seguida de pré-eclâmpsia/eclâmpsia (16,6%) e infecção puerperal (5,3%). Quanto às causas obstétricas
                 indiretas a principal causa foi doença do aparelho circulatório (10,3%). Conclusão: A mortalidade materna é um indicador de
                 desenvolvimento social, e o desenvolvimento de estratégias para sua redução requer compreensão dos determinantes sociais,
                 planejamento  reprodutivo  e  direito  sexual.  As  principais  causas  de  mortalidade  materna  são  as  hemorragias,  as  doenças
                 hipertensivas na gestação e doenças do aparelho circulatório. Considerando que as mulheres podem desenvolver complicações
                 durante a gestação, o parto e o puerpério, são fundamentais a identificação precoce e manejo adequado destas complicações.
                 Assim como, garantir o acesso aos serviços de saúde e pré-natal de qualidade, e atenção obstétrica por profissionais treinados
                 nas instituições de saúde para redução das mortes evitáveis.







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