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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 Prevalência de Sedentarismo em Diferentes Classes de Hipertensos

                 Autores: RUBIA CALDAS UMBURANAS; Ana Lurdes Charnoski. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Pinhão-PR

                 Palavras-chave: Hipertensão arterial; sedentarismo; doenças cardiovasculares;
                 A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados
                 de pressão arterial (PA) ? 140mmHg e ou 90 mmHg de acordo com a VII Diretrizes de Hipertensão Arterial. É considerado um
                 importante problema para gestão pública de saúde em virtude de sua alta prevalência, alto custo socioeconômico e relevância
                 de suas complicações cardiovasculares. Entre os fatores de risco para HAS destaca-se o sedentarismo, correlacionando a
                 incidência de maior taxa de eventos cardiovasculares e de mortalidade em pessoas com baixo nível de condicionamento físico.
                 Objetivo. Investigar a prevalência do sedentarismo e suas correlações com outros fatores de risco de HAS, em uma amostra
                 de diferentes classes de hipertensos. Método. A pesquisa foi realizada em Pinhão-PR em 2012 em três unidades de saúde
                 coletado dados antropométricos, hábitos de vida, medicações em uso, PA e dados de exames laboratoriais de 112 indivíduos de
                 ambos os gêneros, com mais de 50 anos. Os indivíduos foram agrupados em quatro grupos sendo: hipertensos e não obesos,
                 hipertensos e obeso, hipertensos e com Diabetes Mellitus tipo II (DM2), e um controle normotenso. Resultado:. Quanto maior
                 o índice de massa corporal (IMC), cintura abdominal, sedentarismo, valores de colesterol e triglicerídeos, maior foi a incidência
                 de HAS na população. Quanto ao sedentarismo foi significativo o aumento da cintura abdominal em relação àqueles que não
                 praticavam nenhuma atividade física. A obesidade e a cintura abdominal foram prevalentes e contribuíram ao quadro de HAS
                 neste estudo, com valores aumentados nos grupos HAS e obeso e HAS e DM2, relacionado a valores aumentados de IMC e
                 sedentarismo. O colesterol total foi prevalente no grupo HAS e DM2 e maior no sexo feminino. Valores aumentados de PAS
                 foram mais evidentes nos 3 grupos com HAS, e a PAD em indivíduos com mais de 80 anos e nos grupos HAS e não obeso
                 e HAS e DM2. Na maioria dos indivíduos o excesso de peso e a vida sedentária parecem desempenhar papel importante
                 como causa de hipertensão. Com o envelhecimento a taxa de inatividade física aumenta, facilitando o aparecimento da HAS.
                 Conclusão. O sedentarismo foi considerável nesta amostra, medidas simples que levem a hábitos de vida saudáveis, como a
                 atividade física com supervisão adequada, devem ser adotados, visando minimizar os riscos causados pela HAS. Com isso,
                 projetos de atividades físicas regulares voltados a este público devem ser propostos.



                 Prevalência de Sífilis Congênita em um Município do Norte do Paraná


                 Autores: DANIELLE CORTÊZ DA SILVA; Jessica Maia Storer; Ariane Sabina Stieven; Simone Garani Narciso; Flávia Meneguetti Pieri.
                 Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                 Palavras-chave: Epidemiologia; Sífilis Congênita; Notificação Compulsória
                 Introdução: A sífilis é um problema mundial de saúde, principalmente quando identificada em gestantes, pois está relacionada
                 a morbimortalidade materno infantil. Objetivo: Caracterizar a prevalência dos casos de sífilis congênita. Metodologia: Estudo
                 transversal e retrospectivo de casos notificadas por sífilis congênita, em gestantes residentes em um município de grande porte
                 do norte do Paraná, Brasil. Os dados foram coletados no Sistema de Notificação de Agravos de Notificação e correspondem
                 ao período de 2008 a 2017. Os dados foram tabulados no programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0.
                 A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE nº 50559815.6.0000.52.31. Resultado: No período foram
                 confirmados 315 casos de sífilis congênita. Houve um aumento substancial a partir de 2008, passando de 10 (3,1%) para 46 (14,6%)
                 em 2017.O ano com o maior registro foi 2016 representando 63 (20,1%) casos e um coeficiente de incidência de 9,0 casos/1000
                 nascidos vivos. A faixa etária materna predominou entre 20 e 34 anos, sendo 208 (66,1%) casos, contudo 72 (22,8%) casos,
                 ocorreram em mães adolescentes. A maioria dos casos ocorreram em mães com baixa escolaridade 124 (39,3%), seguido pelas
                 mães com ensino médio completo 53 (16,8%) casos. No que diz respeito a cor da pele, a branca representou 163 (51,7%) casos,
                 seguida pela preta/parda com 143 (45,3%). Quanto as características assistenciais, 285 (90,5%) mães realizaram o pré-natal e 238
                 (75,5%) tiveram o diagnóstico de sífilis na gestação, entretanto apenas 19 (6,0%) realizaram o tratamento adequado e somente 52
                 (16,5%) parceiros aderiram ao tratamento. Em relação as crianças, 294 (93,3%) tiveram diagnostico confirmado até o sétimo dia de
                 vida, contudo 10 (3,2%) evoluíram para óbito antes de completar um ano. Conclusão: Observou-se um aumento linear dos casos
                 de sífilis congênita, sendo estes, intimamente relacionados à pouca idade e a baixa escolaridade das mães. A pouca adesão
                 dos parceiros ao tratamento aumenta o risco de reinfecção, mesmo quando o tratamento é realizado de maneira rigorosa. Tais
                 fatores, são potenciais para não adesão adequada ao tratamento resultando em um desfecho desfavorável. É necessário a
                 criação de estratégias que busquem fortalecer as ações de vigilância, assim como, é primordial a capacitação dos profissionais
                 para educação em saúde em busca da prevenção e uma adesão efetiva ao tratamento da doença.



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