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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 O GTARO na 14ª Regional de Saúde de Paranavaí-PR

                 Autores: MARIA DA PENHA FRANCISCO; Samira Pereira da Silva ; Fabiane Maria de Jesus; Isabel Cristina A. Vasconcelos; Jane
                 Camargo; Lara de Carvalho Gral. Instituição: Secretaria Estadual de Saúde-14ª Regional de Saúde/Paranavaí-PR
                 Palavras-chave: GTARO; investigação; mortalidade-materna-infantil.
                 O I Encontro Estadual dos Grupos Técnicos de Agilização e Revisão do Óbito (GTARO), ocorreu em 10/2016, onde se identificou
                 a necessidade da formalização do GTARO na 14ª Regional de Saúde de Paranavaí (14ª RS). De acordo com o Ministério da Saúde
                 o Brasil teve cerca de 1.178 óbitos maternos declarados em 2015, sendo que a Região Sul foi a segunda do país com menor
                 frequência de óbitos maternos e o Paraná teve o maior número desta Região. Em 2012 a Secretaria Estadual de Saúde (SESA),
                 iniciou ações que se consolidaram em 2013 com o potencial do monitoramento de possíveis óbitos maternos e dos processos
                 investigatórios dos óbitos de MIF (MELANDA et al., 2014). Com relação às Taxas de Mortalidade Infantil (TMI) em 2013 o Brasil
                 apresentou uma TMI de aproximadamente 13 óbitos de menores de 01 ano/1000 nascidos vivos e no Paraná, a TMI foi de
                 10,94 óbitos/1.000 nascidos vivos. No Paraná em 2015, três Regionais das 22, tiveram menores TMI (até 9,1 óbitos de menores
                 de 01 ano por 1.000 N.V.), a 14ª RS foi uma delas, enquanto outras cinco tiveram as maiores TMI, entre 13,8 e 15,3. Estabelece-
                 se a necessidade da análise dos Óbitos Materno Infantil e fetal de forma conjunta e articulada para adequação das ações
                 locoregionais referentes à vigilância do óbito infantil. Na perspectiva de formalizar o GTARO Regional, o I Encontro Regional de
                 Vigilância do Óbito Materno Infantil e Atenção a Saúde da Mulher e da Criança, aconteceu com o apoio dos técnicos do nível
                 central da SESA e a participação dos gestores e profissionais das áreas de vigilância ( Epidemiológica e Sanitária), assistência
                 em saúde e Acadêmicos da área de abrangência da 14ª RS, e da Macrorregional. Os temas abordados foram: aspectos éticos
                 na investigação dos óbitos; o papel da vigilância sanitária; instrumentos de analises de óbitos; programa mãe paranaense;
                 a  experiência  do  ambulatório  do  Centro  Regional  de  Especialidades  e  estudos  de  caso.  As  discussões  trouxeram  novas
                 perspectivas ao processo de investigação dos óbitos, demandando novas formas de trabalho, assim como a necessidade de
                 agregar novos olhares nesta dinâmica. Outro resultado foi o calendário de implantação do GTARO REGIONAL. As mudanças
                 nos locais e nos processos de trabalhos são constantes, desta forma novos espaços de trocas de conhecimentos e com novas
                 metodologias devem criados junto aos profissionais, assim como um segundo momento para avaliar os resultados deste I
                 Encontro e assim ter um feedback das ações desenvolvidas.




                 O Impacto da Vigilância em Saúde da Esporotricose Humana e Felina em Duque de
                 Caxias, RJ, entre 2007 e 2016

                 Autores: CLAUDIA LIMA CAMPOS ALZUGUIR; Maria Inês Fernandes Pimentel; Sandro Antônio Pereira. Instituição: Instituto Nacional de
                 Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz

                 Palavras-chave: vigilância em saúde pública; epidemiologia; esporotricose
                 Introdução: A esporotricose é uma micose subaguda ou crônica causada por espécies patogênicas pertencentes ao Complexo
                 Sporothrix schenckii. Os felinos infectados são a principal fonte de infecção em humanos. A esporotricose humana é endêmica
                 no estado do Rio de Janeiro (RJ) e os municípios mais acometidos dentro do estado são: Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São
                 João de Meriti. A partir de 2013 a esporotricose humana passou a ser uma doença de notificação compulsória mudando o status
                 de notificação da doença. Objetivo geral: Avaliar a importância da vigilância em saúde da esporotricose humana e felina em
                 Duque de Caxias, RJ, entre 2007 e 2016. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo seccional e descritivo. As fontes de dados
                 utilizadas foram o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINANNET) do RJ e do Laboratório de
                 Pesquisa Clínica em Dermatozoonoses em Animais Domésticos (Lapclin-Dermzoo)/Instituto Nacional de Infectologia Evandro
                 Chagas (INI)/Fiocruz. Resultado: Foram notificados 804 casos de esporotricose humana e 300 casos de esporotricose felina
                 no período. Os bairros com maior incidência em humanos foram: Parque Sarapuí (1066 casos/100.000 habitantes), Capivari
                 (343 casos/100.000 habitantes) e Vinte e Cinco de Agosto (282 casos/100.000 habitantes). Os bairros de maior ocorrência da
                 esporotricose em felinos foram: Vinte e Cinco de Agosto (36 casos), Gramacho (36) e Bar dos Cavalheiros (28). O número de
                 casos notificados de esporotricose humana aumentou a partir de 2013, quando a vigilância passou a ser municipal. Ao contrário,
                 o número de casos de esporotricose felina atendidos no INI/Fiocruz a partir de 2013 diminuiu. Conclusões: A incidência em
                 humanos aumenta pela diminuição da subnotificação após a municipalização da vigilância. Por outro lado, o número de caos
                 em felinos atendidos no INI/Fiocruz diminui pois, o município passou a monitorizar os casos em felinos. Observa-se que os
                 bairros  mais  acometidos  pela  esporotricose  humana  e  felina  se  sobrepõem,  principalmente  onde  ocorreram  mais  casos
                 (primeiro distrito), sugerindo que a esporotricose felina é um evento sentinela, que deve ser cuidadosamente monitorizado
                 dentro dos territórios de ocorrência a fim de que sejam tomadas medidas necessárias para se evitar a disseminação da doença
                 entre outros felinos e em humanos.


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