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EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Número de Casos Notificados e Tratamentos Disponibilizados de Hepatite B e C no
Estado do Paraná de 2012 a 2017
Autores: ELAINE CRISTINA VIEIRA DE OLIVEIRA; Merari Gomes de Souza; Margely Nunes de Souza ; Francisco Carlos dos Santos; Júlia
Valéria Ferreira Cordellini. Instituição: Secretaria do Estado de Saúde do Paraná
Palavras-chave: hepatite B; hepatite C
Introdução: As hepatites virais são doenças infecciosas que atingem o tecido hepático. Constituem-se em um grave problema de
saúde pública no Brasil e no mundo, podendo causar complicações como cirrose hepática e hepatocarcionoma. A simplificação
do diagnóstico por meio da tecnologia dos testes rápidos para hepatite B e C, a introdução de novos medicamentos com alta
probabilidade de cura aliados a ampliação da faixa etárias da vacinação para hepatite B constitui-se nos mais significativos
progressos para diagnóstico e tratamento das hepatites virais. O objetivo do presente trabalho foi descrever o número de
casos de hepatites B e C notificados e os registros de tratamentos fornecidos pelo sistema público de saúde do Paraná entre
os anos de 2012 e 2017. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo em que foram verificados
os registros de notificação de casos de hepatite B e C no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e os
registros de dispensação de medicamentos para tratamento dessas doenças no Sistema Informatizado de Gerenciamento e
Acompanhamento dos Medicamentos Excepcionais (Sismedex) no Paraná no período de 2012 a 2017. Resultado: No período
avaliado foram notificados no Sinan 10.392 e 6.934 casos de hepatite B e hepatite C crônicas, respectivamente. As farmácias do
estado do Paraná dispensaram 4.031 tratamentos para hepatite B e 4.413 tratamentos para hepatite C. Os Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para as hepatites B e C estabelecem os critérios para o tratamento da hepatite crônica. Até o ano
de 2017 era necessário o estadiamento da fibrose, sendo elegíveis ao tratamento de hepatite C aqueles pacientes com grau F3
e F4 e isso explica porque uma parcela dos casos detectados não receberam o tratamento. Conclusão: Observa-se que nem
todos os pacientes diagnosticados com hepatite B ou C no período analisado receberam ao tratamento. Com a publicação do
novo PCDT para hepatite C e coinfecções que estabelece o tratamento para todas as pessoas infectadas pelo vírus da hepatite
C no país independente do grau de fibrose hepática, o número de tratamentos fornecido pelo sistema público de saúde
aumentará significativamente e isso contribuirá para o alcance da meta de eliminação da doença no Brasil até o ano de 2030.
O Aumento de Registros dos óbitos com Causa Básica Definida no Municipio de
Laranjeiras do Sul
Autores: PATRICIA MASSUQUETO; Priscila Baptistel; Valdeci Nogueira dos Santos. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de
Laranjeiras do Sul
Palavras-chave: Análise da Informação;Mortalidade; Investigação de Óbitos;
Taxas elevadas de óbitos por causas mal definidas dificultam o real perfil epidemiológico, comprometendo a fidedignidade
das informações, posto que os indicadores de mortalidade sUBSidiam o planejamento das ações de saúde, sendo um dos
instrumentos de gestão utilizados para realizar a análise das tendências e principais causas de mortalidade, quanto maior a
proporção de óbitos por causas mal definidas, menor é a exatidão das análises. Visando a redução do percentual de óbitos com
causa mal definida e com a finalidade de inserir no sistema de informações dados de qualidade, a vigilância epidemiológica
juntamente com a atenção primária adotou o Formulário de Investigação de Óbito com Causa Mal Definida, a qual permite aos
profissionais identificar a causa do óbito. Conforme os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, o município
de Laranjeiras do Sul no ano de 2014 apresentou uma proporção de 6,8% dos óbitos por causas mal definidas, em 2015 4% e nos
anos de 2016 e 2017 1%, onde o Capítulo XVIII da CID-10 (R00-R99) teve uma prevalência. Ao compararmos os anos de 2014 e
2017 evidencia a diminuição dos óbitos por causas mal definidas e como resultado positivo um aumento 5,8% dos óbitos com
causa básica definida. O aprimorando destas informações de mortalidade mostram a relevância da organização do processo de
trabalho e alinhamento das investigações criteriosas e de qualidade. Outro ponto para ser exposto é em relação às Estratégias
Saúde da Família, na ocorrência de óbitos em residências a equipe de saúde desloca-se ao local e o médico assistente consegue
preencher a Declaração de Óbito colocando o causa básica definida. Contamos com duas unidades hospitalares as quais
sempre que necessário os médicos fazem o preenchimento da Declaração de Óbito, em algumas situações utilizam como
causa mal definida, onde cabe a vigilância epidemiológica encaminhar para as estratégias saúde da família e assim desenvolver
a investigação. Fica clara a importância dos sistemas de informações das estatísticas vitais e para garantir a funcionalidade do
mesmo o trabalho em rede deve ser constante, transcrevendo desse modo o verdadeiro perfil epidemiológico.
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