Page 409 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE
A Utilização da Metodologia Ativa de Aprendizagem Baseada em Problemas como
Fortalecimento da Aprendizagem em Práticas Clínicas em Enfermagem.
Autores: SABRINA RONCONI BENEDET; Damiana Guedes da Silva. Instituição: Centro Universitário Integrado
Palavras-chave: Aprendizagem baseada em problemas; educação em saúde; enfermagem
Há alguns anos, vários debates acerca da Educação em Saúde no ensino superior e a necessidade de formar profissionais
que estejam em consonância com os princípios preconizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), se fazem presentes nas
instituições de ensino. Portanto, o profissional em saúde deve ser capaz de desenvolver durante a sua formação competências,
habilidade e atitudes. Para aquisição habilidades e competências, as metodologias ativas de aprendizagem são pertinentes
para incitar o processo de ensino-aprendizagem de estudantes, nas quais o discente assume o papel de instituidor de seu
conhecimento e não somente receptor de informações, como há muito tempo o ensino tradicional preconiza. Dentre essas
metodologias, se destaca a chamada Aprendizagem Baseada em Problemas (“Problem Based Learning – PBL”). O objetivo
deste estudo foi descrever a implantação de PBL nas disciplinas de práticas clínicas do Curso de Graduação em Enfermagem.
Trata-se de um relato de experiência da implantação de PBL com as turmas do 3º, 5º, 7º período do curso de graduação
em Enfermagem, na disciplina práticas clínicas, ocorrida 2017 e 2018 e sendo realizado nos Laboratórios Tutoria do Centro
Universitário Integrado de Campo Mourão/PR, sob a supervisão e a orientação do facilitador responsável pela disciplina. O PBL
foi aplicado nas sete fases e cada uma das turmas realiza uma prática clínica voltada para o seu período de aprendizagem. A
proposta de implantação do PBL, vem de encontro com as novas tendências pedagógicas de ensino-aprendizagem que são
conceituadas como um meio que possibilita o aprender a aprender, centrando-se nos princípios da pedagogia interativa, crítica
e reflexiva. Por meio desse processo foi possível perceber que o acadêmico se torna construtor de seu conhecimento, e se
torna capaz de adquirir as habilidades, tão necessárias atualmente no que se refere à prática em saúde. Conclui-se que hoje
o mercado espera um profissional em saúde capaz de criar, planejar, implementar e avaliar políticas e ações que visem o bem
estar geral de determinada comunidade, além de possuir habilidades que possam transformar a prática técnica em subsídios
para fornecer acolhimento e prestar cuidados aos vários aspectos de necessidade em saúde das pessoas, e a utilização do
PBL como ferramenta de aprendizagem pode ser um dos pilares para esta construção de competências, habilidade e atitudes.
Associação do Gene Drd2 com a Dependência ao Crack
Autores: MILENA BINHAME ALBINI MARTINI; Indiara Welter Henn; Ingra Taís Malacarne; Cleber Machado de Souza; Luciana Reis
Azevedo-Alanis. Instituição: Pontificia Universidade Católica do Paraná
Palavras-chave: Cocaína Crack; Biomarcadores; Polimorfismo genético
Introdução: No Brasil, o consumo de crack tem sido alvo de grande preocupação. Estudos epidemiológicos têm demostrado
que cerca de 50% do risco para consumo de cocaína ou outra droga tem influência genética. A cocaína tem efeito especialmente
sobre a dopamina e cada receptor dopaminérgico é proteína, sendo assim, os genes que codificam estas proteínas são alvos
interessantes de estudo da susceptibilidade para a dependência à cocaína. Objetivo. Analisar uma variante genética no gene
DRD2 (rs1800497) e determinar um preditor relacionado com a dependência ao crack. Método. O grupo caso foi composto
por 515 homens dependentes de crack e o grupo controle de 106 homens não dependentes de crack. Foram considerados
dependentes do crack aqueles indivíduos que se encontravam internados nos hospitais participantes do estudo e apresentavam
escore de 16 a 20 para cocaína/crack no teste de triagem do envolvimento com fumo, álcool e outras drogas. Foram avaliados
CPO-D, índices gengival, de placa e de cálculo e padrão de higiene bucal. O DNA foi obtido a partir de células epiteliais
da mucosa bucal e o rs1800497 do gene DRD2 foi genotipado pela técnica de PCR em tempo real. Resultado: A maioria
dos participantes de ambos os grupos eram leucodermas, solteiros, com ensino fundamental incompleto, trabalhadores
de manutenção e reparação, tabagistas e etilistas. Quanto a condição bucal, houve alta frequência de inflamação gengival,
acúmulo de placa bacteriana e experiência cárie no grupo caso. Os grupos estavam em equilíbrio de Hardy Weinberg (0,8373).
Não foi observado valor representativo na análise genética entre o gene DRD2 (rs1800497) e o crack nos grupos caso/controle
(p=0,38). Conclusão. O marcador rs1800497 do gene DRD2 não se mostrou associado com a dependência ao crack na amostra
estudada.
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