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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE



                 Avaliação de Feridas: Conhecimento de Enfermeiros da Atenção Primária de Curitiba
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                 Autores: ADRIANA DE SOUZA PAIVA; Cristiano Caveião; Ana Paula Hey; Edson Luís Pereira Tavares; Elisangela de Souza. Instituição:
                 Centro Universitário Autônomo do Brasil; Centro Universitário Internacional UNINTER; Universidade Tuiuti do Paraná
                 Palavras-chave: Feridas; Conhecimento; Atenção Primária à Saúde
                 A atuação do enfermeiro e o seu conhecimento para avaliação de feridas são primordiais para alcançar excelentes resultados na
                 assistência ao usuário, incluindo a organização do fluxo de atendimento e a realização da consulta. O estudo teve como objetivo
                 identificar o conhecimento dos enfermeiros sobre avaliação de feridas com base no Protocolo de Tratamento de Feridas da Secretaria
                 Municipal de Saúde de Curitiba, edição 2015/2016. Estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa, realizado em 109
                 Unidades de Saúde da Atenção Primária em Saúde, no mês de setembro de 2017, por meio de um instrumento estruturado, elaborado
                 pelos próprios pesquisadores, com base no protocolo de tratamento de feridas do referido município. A pesquisa teve início após a
                 aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da SMS de Curitiba – PR, sob C.A.E.E. 69191517.3.0000.0101
                 e número 2.230.211. Participaram do estudo 101 enfermeiros, sendo 96% do sexo feminino, média de idade de 44,2 anos com tempo
                 médio de serviço de 13,1 anos, 77,2% possuem curso de capacitação em feridas e 6,9% curso de aperfeiçoamento em feridas. O
                 principal critério para início do tratamento indicado pelos enfermeiros foi ser portador de ferida crônica ou aguda sem resposta ao
                 tratamento com curativo simples por mais de 30 dias, citado por 84,2%. Referente aos exames que podem ser solicitados para auxiliar
                 o Enfermeiro na avaliação das feridas foram: 94,1% glicemia capilar; 88,1% hemograma e 51,5% albumina sérica. Em relação aos tipos
                 de feridas foram citadas por: 88,1% lesão por pressão, 86,1% úlceras venosas, 80,2% úlceras arteriais, 76,2% úlceras mista; 65,3%
                 úlceras neuropáticas; 63,4% úlceras neoplásicas e 59,4% úlceras isquêmicas. Consideram os constituintes para avaliação de feridas:
                 91,1% diagnóstico da ferida e plano de ação, 89,1% avaliação nutricional, 87,1% exame físico e 86,1% avaliação específica da ferida.
                 Quanto ao acompanhamento da evolução da ferida com intervalo de 15 dias, utilizam-se as técnicas de: 76,2% profundidade, 55,4%
                 técnica de mensuração da profundidade da ferida e 39,6% técnica de mensuração do descolamento da ferida. Conclui-se que os
                 enfermeiros não possuem conhecimento do protocolo utilizado pelo município. Sugere-se para aprofundamento do conhecimento,
                 a realização de capacitação periódica, e também a designação de enfermeiros especialistas na área para a avaliação de feridas.



                 Avaliação Subjetiva de Saúde em Idosos Usuários da Atenção Básica

                 Autores: JOSSIANA WILKE FALLER; Silvia Matumoto. Instituição: Universidade de São Paulo

                 Palavras-chave: Percepção; Atenção Primária à Saúde; Fragilidade
                 Introdução: A avaliação subjetiva de saúde, ou seja, a saúde percebida, é o resultado que cada pessoa faz sobre sua saúde
                 física e emocional, sua cognição, funcionalidade, comportamento social e o uso que faz do tempo, bem como sobre o impacto
                 dessas condições sobre seu bem-estar. A autoavaliação em saúde na velhice se mostra como preditor robusto de mortalidade
                 e morbidade, havendo associação de aumento do risco de mortalidade quando a saúde é avaliada como ruim ou muito ruim.
                 Objetivo. Avaliar  a  autopercepção  negativa  da  saúde  entre  idosos  usuários  da  atenção  básica  de  saúde.  Métodos: Estudo
                 transversal, realizado com 295 idosos, em três distritos sanitários e dezenove unidades de saúde, no município de Foz do
                 Iguaçu, PR. Os idosos foram avaliados individualmente por meio da questão: “Em geral, comparando com outras pessoas de
                 sua idade, você diria que sua saúde é: “Excelente, muito boa ou boa” ou “Regular ou ruim”. Dados como sexo, idade, renda,
                 escolaridade, doenças crônicas e uso de fármacos também foram investigados. Utilizou-se para análise estatística descritiva.
                 O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, de
                 acordo com a Resolução 466/2012 – CNS/MS. Resultado: Do total de idosos entrevistados, 47,8% consideraram sua saúde
                 como “Regular ou ruim”. Esta autoavaliação negativa foi referida em maior proporção pelas mulheres (49,8,8%), nos indivíduos de
                 60-69 anos (49,4%), naqueles que declararam renda de até três salários mínimos (49,0%), com até oito anos de estudos (92,2%),
                 que utilizam menos de cinco medicamentos diários (65,2%) e nos que referiram até duas doenças crônicas (61%). As avaliações
                 positivas de saúde reveladas mesmo em presença de doenças e limitações funcionais podem ter origem na capacidade dos
                 idosos em realizar ajustes em suas expectativas para melhor conviver com as eventuais limitações. A comparação social é um
                 mecanismo utilizado, na qual idosos tendem a avaliar pessoas que se encontram em piores condições de saúde do que as suas
                 para atribuir critérios de superioridade. Conclusão: A baixa renda e escolaridade foram variáveis que demonstraram impacto
                 significativo na autopercepção de saúde dos idosos. Os resultados destacam a importância de estratégias de promoção da
                 saúde de modo especial aos idosos de maior vulnerabilidade. A autoavaliação em saúde tem relação com indicadores de
                 fragilidade, o que torna motivo para inserção na avaliação geriátrica global.



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