Page 84 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Campanha: Hipertensão Arterial no Idoso - um Relato de Experiência
Autores: AMANDA LAMÓGLIA BITTENCOURT; Vitor Gouveia de Almeida; Bruna Frigo Bobato; Marianne Bianca de Almeida Rodrigues;
Vitor Hugo Jacob Barreto. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: hipertensão; assistência integral a saúde; sistema único de saúde
Caracterização do problema: Diante da prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), é essencial a realização de campanhas
com intuito de analisar o comportamento da população frente a essa patologia e orientá-la sobre a prevenção da HAS e suas
complicações. Fundamentação Teórica: A HAS é uma doença de alta prevalência, com fatores de risco modificáveis, que atinge
principalmente a população idosa. Entretanto, existem várias complicações que podem ser evitadas a partir das mudanças nos
hábitos de vida. Descrição da Experiência: Foi realizada uma campanha com o tema “Hipertensão Arterial no Idoso”, organizada
por estudantes de medicina por meio do Comitê de Saúde Pública da International Federation of Medical Students (IFSMA), a partir
da vivência na área da saúde e embasada por revisão bibliográfica. Nos dias 05 e 06/05/18 foram abordados os fiéis da Paróquia
Imaculado Coração de Maria (Av. presidente Getulio Vargas, 1193 - Rebouças, Curitiba). É sabido que a população que frequenta
essa paróquia é, em sua maioria, idosa. Assim, aplicamos um questionário e orientamos sobre a importância de prevenir a HAS.
Efeitos alcançados: No total de 103 participantes, as mulheres tiveram maior participação (61,2%) na faixa etária dos 60-70 anos
(40,5%). Entre os resultados mais expressivos 51,5% dos entrevistados afirmaram ter tido ao menos uma vez um pico hipertensivo,
sendo os valores mais prevalentes entre 160-180/100-110 mmHg e acima de 180/110 mmHg, ambos com 32,7%. Em relação a
prevenção da HAS, 74,5% dos participantes afirmaram já ter recebido alguma orientação, sendo a prática mais comum a redução
do uso de sal de cozinha na alimentação. Porém, mesmo com a redução do uso do sal, 39,4% afirmaram que comem fastfoods,
enlatados ou alimentos industrializados semanalmente, 12,1% mensalmente e 48,5% anualmente. Ao todo 58,1% tinham HAS, destes
56% utilizam apenas um medicamento, sendo o mais comum a Losartana (51,9%). Contabilizou-se que 64,1% possuem familiares com
HAS, reafirmando a condição familiar da doença. Por fim, foi orientado como buscar atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS)
decorrente da doença. Recomendações: É fundamental a realização de mais campanhas para que a população torne-se cada vez
mais informada sobre como prevenir a HAS, seus riscos e como melhorar seus hábitos de vida evitando possíveis complicações;
além de orientações sobre como é feito o atendimento no SUS tendo em vista essa doença.
Capacitação de Profissionais da Atenção Básica em Saúde Auditiva Infantil: Validação
de Aplicabilidade
Autores: CRISTIANA MAGNI; Mariane Amaral; Cristina Ide Fujinaga. Instituição: Universidade Estadual do Centro Oeste
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Saúde da Família; Audição.
Introdução: As Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal (BRASIL, 2012) sugerem que o monitoramento do desenvolvimento
da audição das crianças que apresentam risco para deficiência auditiva deve ocorrer na Atenção Básica. Para isso, os profissionais
devem ser capacitados na área de saúde auditiva infantil e considerando a extensão territorial do Brasil, emerge a necessidade de
idealizar ferramentas de ensino à distância aplicáveis às diversas regiões do país para capacitar os profissionais de saúde. Objetivo:
Investigar os desdobramentos da aplicabilidade de uma ferramenta educacional validada para a capacitação de profissionais da
atenção básica, na área de saúde auditiva infantil, no município de Rebouças-PR. Método: Participaram 35 profissionais, sendo 24
Agentes Comunitários de Saúde e onze técnicos de enfermagem. A capacitação à distância, via Hangouts foi realizada utilizando
o material audiovisual elaborado por Alvarenga et al. (2008) no projeto Modelo de Saúde Auditiva Infantil no Programa de Saúde
da Família (SAÚDI) e ocorreu em tardes previamente agendadas, inserida na rotina de trabalho dos profissionais. Para que todos os
profissionais interessados pudessem participar sem prejudicar suas atividades profissionais, foram realizadas três vídeo-aulas com
o mesmo conteúdo e duração. Um tutor esteve presente para monitorar aspectos técnicos da transmissão da aula. Para avaliar
o conhecimento dos participantes e a aplicabilidade da ferramenta, antes e imediatamente após a vídeo-aula os profissionais
responderam um questionário, traduzido e adaptado por Alvarenga et al. (2008) e um questionário de avaliação da vídeo-aula
como ferramenta educacional. Todos os questionários foram respondidos em papel impresso e recolhidos posteriormente pela
pesquisadora. Resultado: A análise descritiva mostra concordância superior a 85% quanto à avaliação da ferramenta como adequada
para capacitação na área de saúde auditiva infantil, sob o ponto de vista dos participantes. A análise inferencial mostrou diferença
significante de acertos para três dos quatro de assunto estudados (Conceituação, Prevenção e Aspectos Gerais da deficiência
auditiva) após a capacitação. Conclusão: Houve aumento significativo do conhecimento dos profissionais após a capacitação, bem
como aplicabilidade da ferramenta para capacitação em saúde auditiva infantil no município de Rebouças/PR.
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