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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE



                 Conhecimentos, Percepções e Uso das Práticas Integrativas e Complementares de
                 Profissionais da Atenção Básica à Saúde do Município de Curitiba

                 Autores: LUCIANA ELISABETE SAVARIS; Anna Savian; Beatriz Boger; Andressa Jasen; Milene Zanoni da Silva. Instituição: Universidade
                 Federal do Paraná
                 Palavras-chave: Atenção Básica; PICS; SUS
                 Introdução: No Brasil os termos Medicina Alternativa e Complementar (MAC) ou simplesmente, Medicina Tradicional (MT), foram
                 denominados de Práticas Integrativas e Complementares na Saúde (PICs), e as mesmas surgem no país numa perspectiva de
                 integralidade da atenção à saúde da população. Em fevereiro de 2006, foi aprovado a Política Nacional de Práticas Integrativas
                 e Complementares (PNPIC) no SUS. Objetivo: Investigar o conhecimento, percepções e uso da PICs por profissionais de saúde
                 que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Estratégia de Saúde da Família (ESF). Método: Trata-se de uma pesquisa
                 quantitativa de dados, com delineamento transversal, realizada em UBS com ESF, através de entrevistas semi estruturadas,
                 realizada  com  240  profissionais  das  equipes  multiprofissionais,  em  um  dos  dez  Distritos  Sanitários  de  Saúde  da  capital
                 Paranaense. Resultado: Dentre os entrevistados 81,3% desconhecem a PNPIC, mas quando questionados citando algumas
                 PICS (98,7%) acreditam que a implantação de tais práticas no seu território trariam benefícios aos usuários, tais como: (22,1%)
                 melhorar as condições de saúde mental, (20,8%) diminuição do uso de medicação, (19,6%) manejo da dor aguda e crônica,
                 (12,9%) melhora da qualidade de vida e bem estar e (9,2%) redução do estresse. Questionados sobre quais PICs deveriam
                 ser  implementadas  no  seu  território  14,6%  apontam  a  acupuntura.  Conclusão:  Embora  a  PNPIC  seja  predominantemente
                 desconhecida  pelos  profissionais  de  saúde  pesquisados,  as  práticas,  tem  grande  aceitação.  Referente  a  percepção  dos
                 profissionais de saúde quanto aos benefícios das PICS, os achados assemelham-se a outros estudos científicos. Os profissionais
                 de saúde mostram-se favoráveis a implementação das PICs no território, e destacam a acupuntura como uma das práticas que
                 traria melhoria na qualidade de vida e saúde de seus usuários, se disponível no Sistema Único de Saúde,



                 Consultório na Rua de Curitiba- Auxiliares em Saúde Bucal na Construção do Vínculo
                 com a População em Situação de Rua para Promoção à Saúde

                 Autores: DEISI GALVÃO CARDOSO; Andreia Alves de Oliveira; Fernanda Rafaela Toaldo. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de
                 Curitiba/ Consultório na Rua de Curitiba

                 Palavras-chave: Consultório na Rua; População em Situação de rua; Auxiliar em Saúde Bucal
                 Consultório na Rua de Curitiba- Auxiliares em Saúde Bucal na Construção do Vínculo com a População em Situação de Rua
                 para Promoção à Saúde Desde 2013 as Equipes de Consultório na Rua de Curitiba (eCR´S) atuam nas ruas da cidade com a
                 População em Situação de Rua (PSR), na tentativa de promover a saúde para aqueles que, por inúmeros motivos, deixaram seu
                 cuidado em saúde como sendo de menor importância. Regidas por portarias do Ministério da Saúde, as equipes odontológicas
                 compõem as eCR´s e o Município foi pioneiro na inclusão destes profissionais para compor o quadro de pessoas atuantes no
                 cuidado à PSR. As auxiliares em saúde bucal têm grande importância na construção do vínculo com a população de rua. Elas
                 atuam no território, in loco, e na cadeira odontológica auxiliando o cirurgião dentista no atendimento, bem como trabalham na
                 lógica do cuidado integral junto às demais categorias profissionais que compõem as equipes de Consultório na Rua. Os vínculos
                 são construídos e fortalecidos com uma relação dialógica sincera, de acolhimento da condição e realidade que cercam suas
                 histórias de vida e condicionantes de saúde. O acolhimento é irrestrito e frequentemente ocorre no meio fio ou em um banco
                 de praça, até que se possa apoiar um próximo momento na cadeira odontológica. A importância do vínculo é de singular
                 dimensão para o estabelecimento de um Plano de cuidado, que é percebido muitas vezes, pelo fato dos pacientes relatarem
                 o comparecimento à consulta por saberem que são estes profissionais que estarão na unidade de saúde para recebe-los.
                 Chegam às Unidades de Saúde referenciando características físicas de quem os atendeu na rua, ou com um bilhetinho com
                 folha de caderno arrancada no meio de uma praça mesmo. Relatam dificuldades diversas relacionadas à manutenção da Saúde
                 Bucal como guardar uma escova de dente e pasta dental, locais adequados para higiene pessoal, dentre outros, ainda assim, o
                 atendimento é sempre realizado, independentemente de qualquer limitação e como condições de higiene, uso de sUBStâncias
                 psicoativas, dificuldades em referenciar suas necessidades de saúde e muitas outras. O vínculo é estabelecido com a pessoa
                 e o Plano de cuidado sempre respeitará as suas condições de vida, seu momento e tempo e principalmente primando pela
                 incondicionalidade do cuidado humanizado.





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