Page 91 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Cuidado de Enfermagem à Doenças Crônicas na Atenção Básica: Estudo de Caso
Autores: AMANDA CORRÊA ROCHA BORTOLI; Caroline Bergamo Xavier; Josiane Vivian Camargo de Lima; Sara Cristine Bueno Bicudo
Takeda. Instituição: Universidade Estadual de Londrina - UEL
Palavras-chave: Atenção Básica; Unidade Básica de Saúde.
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis constituem um dos maiores problemas de saúde pública atualmente. A
hipertensão arterial (HA) é uma condição clinica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. A
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção hepática de
glicose, é causada por uma interação de fatores genéticos e ambientais. O acompanhamento e o controle dos níveis pressóricos,
bem como das complicações dos usuários que vivem com estes agravos é um dos desafios para equipe da atenção básica à saúde
(ABS) Objetivo: Apresentar um relato do cuidado usuário na AB. Metodologia: Trata-se de um estudo no qual foi utilizada estratégia
do usuário guia, que é o relato da produção do cuidado à um usuário que acompanhado pela equipe de AB. Experiência: Usuário
com 68 anos, sexo masculino, nasceu no Ceará, a família tem histórico de HA, DM2, câncer, acidente vascular encefálico, infarto.
O usuário tem diagnóstico de HA, DM2, dois infartos, cirurgia para colocação de pinos na coluna após queda, hanseníase tratada,
artrite. Atualmente participa do ambulatório de insulinodependentes de uma Unidade Básica de Saúde no município de Londrina.
Comparece para atendimento multiprofissional no dia do ambulatório, apresentando-se bastante choroso devido às perdas familiares
e afetivas, refere alimentação irregular com alto consumo de sódio, gorduras, carboidratos e doces. Refere que gosta de dançar, mas
não esta indo. Ao exame físico: IMC de 29,3. Nos pés, constataram-se unhas espessas e não consegue cortar, a pele estava seca
e com rachaduras, sensibilidade intacta. Resultado: foram realizadas diversas visitas domiciliares e construído sua historia de vida
e da doença e partir daí foi elaborado um plano de cuidado que contemplasse as questões que são significativas e que propiciam
uma maior disposição para o autocuidado, tais como: encaminhamento ao podólogo, a nutricionista, caderno de receitas saudáveis,
grupo de alongamento, entre outras orientações de hábito de vida que foram realizadas durante as visitas. Conclusão: Após o
acompanhamento de duas semanas, com visitas domiciliares e idas do mesmo a UBS, o usuário hoje se encontra comunicativo,
alegre e mais disposto, participativo. A mudança entre outros fatores se deu devido ao mesmo sentir-se amparado pela equipe.
Evidenciando a importância da continuidade do tratamento na atenção básica.
Cuidado Farmacêutico Dispensado às Pessoas Vivendo com HIV/Aids em Terapia
Antirretroviral na 4ª Regional de Saúde - Irati/PR
Autores: MARCIO RODRIGO SCHOENHERR; Ângela Maria Campanha. Instituição: SESA - 4ª Regional de Saúde
Palavras-chave: Antirretrovirais, Assistência Farmacêutica
Introdução: O tratamento antirretroviral (TARV), para ser eficaz, depende de boa adesão dos pacientes. O acompanhamento
farmacoterapêutico (AF) pode ser utilizado como estratégia na fidelização ao tratamento. Objetivos: Prestar cuidado farmacêutico a
pacientes em TARV, determinar o grau de adesão, identificar e resolver os problemas relacionados aos medicamentos (PRMs) através
da intervenção farmacêutica. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, de intervenção, voltados às pessoas em TARV. Para
coleta de dados foram utilizados: questionário de AF e Cuestionario para La Evaluación de La Adhesión al Tratamiento Antiretroviral
(CEAT-HIV), validado para o Brasil. Resultado: Na amostra total (n=44), resultados preliminares apontaram o predomínio de mulheres
(59%), com idade superior a 33 anos (77%), solteiros (43%), e renda de até 3 salários mínimos (86%). Sobre a adesão, 39% dos pacientes
apresentaram adesão boa/adequada, 34% apresentaram adesão baixa/insuficiente, e 27%, adesão estrita. Considerando dados
clínicos, 82% apresentaram carga viral indetectável e 63% possuíam comorbidades. Com relação aos antirretrovirais (ARV), 43%
utilizavam esquema com 3 ou + comprimidos/dia. Dos pacientes com adesão baixa/insuficiente, 60% utilizavam esquema ARV
contendo Inibidor de Protease + Inibidor de Transcriptase Reversa Análogo de Nucleosídeos (ITRN), utilizando 3 ou + comprimidos/
dia. Dos pacientes com adesão estrita, 67% utilizavam esquema ARV contendo Inibidor de Transcriptase Reversa não-Análogo de
Nucleosídeos + ITRN, sendo que destes, 50% utilizavam esquema com apenas 1 comprimido/dia. Sobre os PRMs identificados (n=72),
destacou-se: subdosagem (29%), doença sem tratamento e automedicação indevida (13% cada), frequência/horário de administração
incorreto (11%), outros problemas de administração ou adesão não especificados (8%) e descontinuação do medicamento (7%). Foram
realizadas 135 intervenções, sendo as principais: aconselhamento ao paciente sobre tratamento farmacológico especifico (32%),
aconselhamento sobre medidas não farmacológicas (20%), suspensão de medicamento (9%), encaminhamento ao médico (7%) e
fornecimento de diário para automonitoramento (7%). Conclusão: O cuidado Farmacêutico mostrou-se importante estratégia, dentro
da equipe multiprofissional, no manejo da TARV, na manutenção da adesão pelos pacientes já aderentes, e no resgate daqueles com
baixa adesão; também pela identificação de grande número de PRMs e intervenções realizadas.
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