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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Desenvolvimento Infantil no Primeiro Ano de Vida: Estudo Sobre os Condicionantes
Territoriais do Atraso Motor em Bebês
Autores: DANIELA ALVES CARDEAL DOS SANTOS; Bárbara Thamires Schneider Bento; Luciana Vieira Castilho Weinert; Wagner
Rodrigo Weinert; Tainara Piontkoski Maldaner Boava. Instituição: Universidade Federal do Paraná - UFPR
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Condicionantes do Desenvolvimento Infantil; Território
A criança desenvolve grande parte do seu potencial físico, psicológico e emocional no período de zero a cinco anos de idade.
Este é um período fértil em eventos neurofisiológicos, que se associados a estímulos ambientais adequados potencializam o seu
desenvolvimento. A saúde atrelada ao desenvolvimento sustentável preconiza que as políticas públicas contribuam para a redução
da pobreza, uma vez que pessoas saudáveis atuam de forma mais produtiva em sociedade. Isto reitera a importância do incentivo
às políticas de saúde integral na primeira infância como fomento ao desenvolvimento social e sustentável no Brasil. O objetivo
deste estudo é relacionar os condicionantes de saúde no primeiro ano de vida ao território geográfico como forma de reorientar a
implementação das políticas públicas direcionadas à infância no município de Pontal do Paraná – PR. Esta é uma pesquisa qualitativa
observacional, transversal e retrospectiva, da qual participaram 687 crianças de ambos os sexos, e idade entre 1 e 12 meses, dividida
em quatro fases. Na primeira houve a coleta de informações primárias em um banco de dados sobre saúde e motricidade na primeira
infância, cujas informações foram obtidas ao longo de um quinquênio (2013 a 2018) por meio da puericultura do Sistema único de
Saúde do Município de Pontal do Paraná – PR. Na segunda fase ocorreu a identificação e a caracterização dos casos de atraso motor
por meio de uma escala para avaliação específica de atraso motor e dos padrões estabelecidos como critérios mínimos de habilidade
motoras a serem atingidas de acordo com a faixa etária do bebê estabelecidos pela Academia Americana de Pediatria. Na terceira
fase, em andamento, realiza-se o reconhecimento do territorial e o georreferenciamento, por meio da obtenção e do mapeamento
das coordenadas geográficas relativas ao domicílio dos participantes da pesquisa, com posterior análise de frequência espacial. Na
quarta fase pretende-se relacionar os resultados com as Políticas Públicas de atenção à saúde da criança. Os benefícios esperados
com esta pesquisa são possibilitar a identificação de atrasos do desenvolvimento neuropsicomotor através do conhecimento do
território com maior incidência e maior vulnerabilidade, com vistas a possibilidade de maior atenção do poder público, além de
desenvolver um instrumento educativo sobre as fases do desenvolvimento motor baseado nas informações coletadas, a fim diminuir
a incidência de atrasos.
Dificuldade que Os Usuários Enfrentam para Cessar o Hábito de Fumar
Autores: LIDIA DALGALLO; Erildo Vicente Muller; Talisson Boaventura ; Rafael da Rosa Maciel ; Camila Martins. Instituição: Universidade
Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Tabagismo; Atenção Primária à Saúde.
Introdução: O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo
o mundo, sendo reconhecido como uma doença epidêmica resultante da dependência de nicotina e classificado no grupo dos
transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de sUBStâncias psicoativas na Décima Revisão da Classificação
Internacional de Doenças (CID-10) (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2006). Esta organização presume que um terço da população
mundial adulta, isto é, cerca de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente
47% de toda a população masculina mundial e 12% da feminina fumam. (BRASIL, 2014). Historicamente, a propaganda e o marketing
foram decisivos para dar ao comportamento de fumar uma representação social positiva, através de um processo de associação
entre o consumo de derivados do tabaco e o ideal de autoimagem, o que, ao longo de décadas, levou o comportamento de fumar a
se tornar familiar e o cigarro a ser desejado por milhões de pessoas, especialmente a partir da década de 50, quando as técnicas de
publicidade se desenvolveram (BRASIL, 2001a). As manifestações organizadas para o controle do tabagismo no Brasil se tornaram
mais evidentes a partir da década de 1970, sendo inicialmente por iniciativa de associações médicas, religiosas e outras ONGS,
sem nenhum apoio governamental (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2001b). Ao longo desse período, o Programa Nacional de
Controle do Tabagismo (PNCT) foi elaborado, pelo Ministério da Saúde por meio do Instituto Nacional do Câncer (INCA), com o apoio
de alianças e parcerias, envolvendo dois grandes grupos de ações: o primeiro, voltado para a prevenção da iniciação do tabagismo,
tendo como público-alvo, crianças e adolescentes; e o segundo, envolvendo ações para estimular os fumantes a deixarem de fumar.
Ambos os enfoques são reforçados por ações legislativas, econômicas e ações de comunicação social (INSTITUTO NACIONAL
DO CÂNCER, 2001a). Para alcançar os objetivos do PNCT um dos esforços foi o Encontro de Consenso sobre a Abordagem e
Tratamento do Fumante em 2001, que deu origem ao documento “Consenso sobre a Abordagem e Tratamento do Fumante”. Tal
documento aponta como métodos eficazes para cessação de fumar a abordagem cognitivo-comportamental, individual ou em
grupo, e a farmacoterapia, que compreende a Terapia de Reposição de Nicotina (TRP) e as medicações para minimizar a ansiedade.
(INSTITUTO NACINAL DO CÂNCER, 2
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