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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Estratégia de Farmacoeconomia: Remanejamento de Contraceptivos do Programa
Saúde da Mulher em Municípios da 18ª Regional de Saúde/PR
Autores: ALIDE MARINA BIEHL FERRAES; Nicolas Biehl Ferraes; Tobias Biehl Ferraes; Ricardo Neves de Aquino; Thomas Biehl Ferraes.
Instituição: SESA/PR - 18ª Regional de Saúde - Cornélio Procópio
Palavras-chave: Programação de Anticoncepcionais; Saúde da Mulher; Farmacoeconomia
Contraceptivos orais e injetáveis do Programa Saúde da Mulher fazem parte do elenco básico da assistência farmacêutica. Os
medicamentos contemplados são noretisterona 50mg+estradiol 5mg (injetável mensal), medroxiprogesterona 150mg/ml (injetável
trimestral), etinilestradiol 0,03mg+levonorgestrel 0,15mg (pílula combinada), levonorgestrel 0,75mg (pílula de emergência) e
noretisterona 0,35mg (mini-pílula). Sua aquisição se dá com recurso federal centralizada pelo Ministério da Saúde (MS), que realiza
distribuição aos estados e estes aos municípios para dispensação às usuárias. O objetivo deste estudo foi quantificar as pacientes
cadastradas para cada anticoncepcional e os estoques remanescentes nos 21 municípios da 18ªRegional de Saúde (18ªRS), em
Cornélio Procópio, para posterior remanejamento. Trata-se de um estudo de utilização de medicamentos, com corte transversal
e análise documental. Para coletar dados foi usado o modelo de relatório enviado pelo Centro de Medicamentos do Paraná, em
abril/2017, à Seção de Insumos (SCINE). Os dados foram compilados, e os estoques municipais remanescentes foram encaminhados
pelos farmacêuticos à SCINE entre maio e julho/2017, para remanejamento na região até janeiro/2018. Para cada unidade de
medicamento foi considerado o valor em reais praticado pelo MS. Resultado: somente 66,7% dos municípios conheciam o número de
usuárias cadastradas para cada tipo de contraceptivo, e até então poucos farmacêuticos realizavam esta programação. Verificou-se
estoque remanescente de contraceptivos orais e injetáveis em 8 municípios (38,1%), num valor de R$ 40.690,68. Foram remanejadas
3.540 seringas de injetável mensal (R$ 21.275,40), 2.077 ampolas de injetável trimestral (R$ 6.542,55), 13.534 cartelas de pílula
combinada (4.655.69), 95 pílulas de emergência (R$ 95,0) e 3.236 cartelas de mini-pílula (R$ 8.122,04). Quatro diferentes municípios
de destacaram nas devoluções: 2.860 seringas de injetável mensal (R$ 17.188,6), 2.084 cartelas da mini-pílula (R$ 5.230,63), 7.560
cartelas de pílula conjugada (R$ 2.600,64), e 715 ampolas de injetável trimestral (R$ 2.252,25). Concluiu-se que o remanejamento dos
contraceptivos orais e injetáveis evitou desperdícios, permitiu economia aos cofres públicos, mesmo que singela, e estimulou o uso
racional destes medicamentos na região. O farmacêutico antes ausente desta programação e sem conhecer o Programa Saúde da
Mulher foi inserido para trabalhar em conjunto com a equipe de saúde.
Estratégia Saúde da Família: Foco na Prevenção do Câncer Cérvico-uterino
Autores: NITZA FERREIRA MUNIZ; Thaini do Nascimento Vieira; Tereza Maria Mageroska Vieira; Willian Augusto de Melo; Maria Antonia
Ramos Costa. Instituição: Universidade Estadual do Paraná
Palavras-chave: Atenção primária; Câncer de colo uterino; Exame colpocitológico.
Introdução: O principal método e mais amplamente utilizado para o rastreamento do Câncer do Colo do Útero é o teste de
Papanicolau, o exame citopatológico do colo de útero, além de anamnese, exame especular, toque vaginal e o tratamento de
lesões precursoras com alto potencial de malignidade ou carcinoma “in situ”. A colpocitologia é utilizada como meio de diagnóstico
indispensável com inúmeras vantagens como: baixo custo, fácil realização, tratamento adequado com possibilidade de cura e esta
atividade esta entre as principais realizadas pelos profissionais enfermeiros no atendimento dispensado à mulher na estratégia
saúde da família. Objetivos: Analisar a cobertura dos exames citopatológicos do colo do útero realizados em mulheres adscritas na
Unidade de Saúde da Estratégia Saúde da Família de um Município da região Noroeste do Paraná. Método: Trata-se de um estudo
transversal e descritivo, realizado com um grupo de 120 mulheres com idade entre 25 à 64 anos. Foram coletadas informações
através da aplicação de questionário estruturado de características demográficas e socioeconômicas, quanto à realização do exame,
periodicidade e motivos que levaram a não realização. Os dados quantitativos foram processados com auxílio do software Microsoft
Excel 2010. Resultado: Em relação ao perfil sociodemográfico das mulheres, as que mais realizaram o exame citopatológico se
encontravam entre a faixa etária de 36 à 45 anos 43 (35,83%). Os resultados apontam que do grupo das 120 mulheres do estudo, 112
(93,33%), com idade de 25 á 64 anos realizaram o exame citopatológico, sendo que 08 (6,67%) nunca realizarão. Das 112 mulheres
que realizaram o exame citopatológico, 73 (60,83%) realizam uma vez a cada ano e 23 (19,17%) realizam uma vez a cada dois anos Os
resultados demonstraram que 97,50% das entrevistadas, reconhecem a importância de realizar o exame. Conclusão: A cobertura do
grupo de mulheres estudado está dentro do limite exigido pelo Ministério da Saúde para obter impacto epidemiológico na prevenção
do câncer cérvico-uterino. Porém ainda existem mulheres que nunca realizaram o exame, porque não tinham companheiro e/
ou por vergonha, ou ainda por não considerarem necessário/importante. Faz-se necessário reorganizar os serviços quanto ao
funcionamento da unidade básica e promover ações educativas favorecendo o acesso da população a informações sobre saúde
da mulher.
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