Page 99 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Estratificação de Risco em Saúde Bucal: Relato de Experiência
Autores: DANIELA MARIA GAIO; Sheyla Schneider Bertella; Patricia Locatelli Alves; Joelma Filimberti; Keila Gambeta. Instituição:
Secretaria Municipal de Saúde de Chopinzinho
Palavras-chave: Saúde, Estratificação de Risco
A estratificação de risco se iniciou a partir do Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (APSUS) e do processo
de Tutoria, o qual busca organizar a Atenção Primária em Saúde em todos os municípios para que a mesma atue como porta
de entrada, com resolutividade e responsabilidade pelos cuidados dos seus cidadãos, estabelecendo padrões e protocolos,
organizando processos de trabalho com vistas a garantir a segurança do usuário e da equipe, gerenciar processos para a
melhoria do cuidado e melhorar os indicadores de saúde da população. As Estratégias de Saúde da Família do Bairro Nossa
Senhora Aparecida I e II entraram para processo de conquista do Selo Prata no início de 2017, e no decorrer do processo,
observou-se a dificuldade de conseguir atingir as metas de estratificação de risco que eram propostas, devido a pouca procura
dos usuários para ações de promoção e prevenção de doenças, os quais procuram principalmente quando um problema já
está instalado. Para conseguir atingir as metas, as auxiliares de odontologia tiveram a ideia de desenvolver um comunicado
às famílias sob suas responsabilidades, e os agentes comunitários de saúde foram os responsáveis pela entrega e orientação
às famílias. Para organização das informações, foi desenvolvido pelo técnico de informática uma planilha em rede, na qual o
médico, a enfermeira e a dentista possuíam acesso e dados importantes para todos. A estratificação aconteceu para os idosos,
diabéticos e hipertensos, gestantes, crianças de 0 a 3 anos e pessoas portadoras de transtornos mentais. A equipe apresentou
algumas dificuldades no início, dentre elas, os idosos acreditavam que devido ao uso de prótese, não precisavam de dentista,
precisaram realizar este atendimento sem agendamento, para não atrapalhar a agenda e a realização do atendimento somente
apresentando o cartão SUS. Apesar das dificuldades, Houve êxito na ação desenvolvida, pois um maior número de pacientes
passaram a dar continuidade no tratamento odontológico, a estratificação no pré-natal atingiu 100% das gestantes e houve
maior adesão à clínica do bebê – primeiras orientações na consulta de estratificação.
Experiência de um Grupo de Auriculoterapia em uma Unidade de Saúde ESF em
Curitiba-PR
Autores: CHAYANNE FEDERHEN; Linda Tieko Kakitani Morishita; Rose Maria Bueno; Beatriz Ribeiro Ditzel Patriota. Instituição: FEAES/
SMS Curitiba
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Terapias Complementares; Saúde da Família
A auriculoterapia é uma prática terapêutica, que deriva da acupuntura, parte da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Sua ação se
deve ao estímulo (pressão) de pontos específicos na orelha, os quais estão relacionados às demais partes do corpo, conforme a
lógica da Reflexologia. Pela orelha também passam Meridianos, responsáveis pelo fluxo de chi (energia) em nosso corpo, assim
como terminações nervosas, logo o estímulo dos pontos auriculares atua sobre esses canais e nervos. No Brasil, a auriculoterapia
se enquadra como uma Prática Integrativa e Complementar (PICS), reconhecida pelo Ministério da Saúde, incluso por meio de
cursos de capacitação na técnica, voltados para trabalhadores/as do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial da atenção
básica, com o intuito de difundir a técnica para atendimento aos/às usuários/as. O objetivo desse trabalho é apresentar a
experiência de realização de um Grupo de Auriculoterapia voltado para pessoas que convivem com dor. A proposta do grupo
surge com 2 farmacêuticas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (1 servidora e outra Residente em Saúde da Família) e de 1
enfermeira de Unidade de Saúde (US) de Estratégia de Saúde da Família. A proposta surge com o intuito de atender pessoas já
vinculadas ao grupo de atividade física da US. Composto majoritariamente por idosos, a queixa principal das/os participantes
era referente à dor (dores crônicas, dor por esforço, decorrentes de artrite, artrose, dentre outras). As profissionais realizavam a
anamnese, avaliavam o caso e selecionavam os pontos adequados. Durante a anamnese, identificou-se que muitos dos casos
de dor, também estavam associados a questões emocionais de sofrimento e/ou tensão nervosa. Foram 5 encontros, durante
o mês de janeiro e início de fevereiro de 2018. Os principais pontos utilizados foram: Shen men, Simpático, Rim, Ansiedade,
Região Lombar, Região Cervical, Joelho, Pescoço, Quadril. O grupo teve boa adesão tendo em média 25 participantes e relatos
de melhora nos quadros e desejo de continuidade. Os relatos de melhora estimulavam a participação de novas pessoas a cada
encontro. A ação demonstra uma experiência positiva de implementação de PICS. O trabalho com PICS ainda é incipiente. A
Política Nacional de Praticas Integrativas e Complementares é de 2006, sendo complementada em 2017 com a Portaria nº 849,
assim, ainda pode ser considerada recente, do ponto de vista histórico.
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