Page 96 - ANAIS_4º Congresso
P. 96
EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Empatia de Profissionais com Graduação da Estratégia Saúde da Família Sob a ótica
de Usuários
Autores: VIVIAN CARLA VASCOSKI; Geiza Rafaela Bobato; Cristina Berger Fadel; Fabiana Bulcholdz Teixeira Alves; Danielle Bordin.
Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Palavras-chave: Empatia; Pessoal da Saúde; Sistema Único de Saúde.
Introdução: A empatia é uma habilidade multidimensional que permite perceber e entender o sentimento e a perspectiva
do outro. O comportamento empático é um elemento importante do profissionalismo na área da saúde e envolve: escuta
ativa, identificação de problemas e das emoções vinculadas a eles, linguagem corporal e expressão da empatia. Objetivo:
Avaliar o comportamento empático de enfermeiros, médicos e cirurgiões dentistas da rede pública de saúde, do âmbito da
Atenção Primária em Saúde, tendo como referência a percepção de usuários. Método: Trata-se de um estudo transversal, tipo
inquérito, quantitativo, desenvolvido junto a 1038 usuários da Estratégia Saúde da Família do município de Ponta Grossa/PR.
A entrevista ocorreu no interior das unidades de saúde, com a aplicação do questionário validado “Consultation and Relational
Empathy” (CARE), contendo dez questões, relacionadas a contextos comportamentais, cognitivos e afetivos. Os dados foram
analisados de forma descritiva e através dos testes qui-quadrado e Kruskal-Wallis. Resultado: O índice de empatia global
dos profissionais foi muito semelhante entre os profissionais, sendo 0,95(dp±0,15) para o dentista, 0,94(dp±0,13) para o médico
e 0,93(dp±0,15) para o enfermeiro, não havendo diferença significativa (p=0.243). Em todos os quesitos avaliados, a maioria
dos usuários entrevistados considerou ser boa a conduta empática de seus enfermeiros, médicos e cirurgiões dentistas de
referência, não havendo diferença significativa entre os grupos profissionais em nenhum dos quesitos investigados (p>0,05). O
contexto empático com o mais elevado percentual de uma avaliação boa foi: “deixar o paciente a vontade” (94% enfermeiros,
95% médicos e 96% cirurgiões dentistas). O segundo contexto com maior percentual para enfermeiros e médicos foi “realmente
ouvir” (93% enfermeiros e 93% médicos). Já o que recebeu a mais baixa avaliação positiva foi o referente à “planejar junto com
paciente o que será feito”, com porcentagens de 86% para enfermeiros, 86% para médicos e 89% para cirurgiões dentistas.
Conclusões: Conclui-se ser o comportamento empático de enfermeiros, médicos e dentistas atuantes na Estratégia Saúde da
Família do município de Ponta Grossa semelhante e satisfatório aos olhos de seus usuários de referência.
Escolha da Via de Parto Conforme a Faixa Etária
Autores: LETÍCIA YUMI GIRDOSEK; Karolaine Fernanda Marques; Thaís Proença Meirelles Correa Raphael; Kawany de Paula Lima ;
Maira Sakay Bortoletto. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Idade materna; Tipo de parto; Estudo transversal
Introdução: A gestação e o parto são acontecimentos biossociais permeados por valores culturais, familiares e emocionais
que envolvem crenças e mitos. Fatores como medo, informações distorcidas, experiências de gestações anteriores, influência
médica, nível econômico, educação e acesso aos serviços de saúde interferem e talvez determinem a afinidade que a mulher
terá em relação ao parto normal e a cesariana. (CARNIEL, 2007). Objetivo: Analisar a prevalência de tipos de parto de acordo
com idade materna. Metodologia: Estudo transversal, composto por 629 mulheres da UBS Ernani Moura Lima, (Londrina – PR
2014), com idade que variou de 14 a 45 anos. Os dados foram fornecidos pela Secretaria de Saúde de Londrina e as variáveis
utilizadas para análise foram: idade materna e tipo de parto. Os referidos dados foram processados no programa Epi-Info 3.4.1
para todas as análises estatísticas. A pesquisa segue os requisitos éticos propostos pela resolução nº 466 (BRASIL, 2012) e será
submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (CEP/UEL). Resultado: Após
análise dos dados, verificou-se que mulheres com idade inferior a 34 anos tem 2 vezes mais probabilidade de realizar parto
vaginal que mulheres com idade superior a 35 anos, sendo esse resultado estatisticamente significativo (P=0,005). Discussão:
A frequência de 68,2% de partos cesáreos verificada em nossa pesquisa foi maior que a encontrada na literatura, que baseava-
se em 46,6% de incidência de parto cesáreo (ANDRADE. P.C. et al.). É possível que a idade materna mais avançada possa fazer
com que muitos médicos tornem-se ansiosos quanto ao bem estar fetal ou uma legítima intenção de assegurar um prognóstico
adequado para a gestante com mais idade induz a escolha da via de parto, aumentando o número de cesáreas sem indicação
obstétrica. Considerações Finais: Com base na pesquisa realizada, observou-se que mulheres com idade mais avançada estão
mais propensas a realizarem parto cesáreo do que mulheres mais novas.
96