Page 92 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Cuidados Paliativos e sua Aplicabilidade na Rede de Atenção Primária a Saúde
Autores: CÁTIA PATRIARCA FONSECA. Instituição: Rede de Assistência a Saúde Metropolitana
Palavras-chave: cuidado; paliativo; atenção;
A OMS define como cuidado paliativo o “Cuidado ativo e total para pacientes cuja doença não é responsiva a tratamento de cura.
Controle da dor, de outros sintomas e de problemas psicossociais e espirituais são primordiais. O objetivo do Cuidado Paliativo
é proporcionar a melhor qualidade de vida possível para pacientes e familiares”. Objetivando compreender melhor o cuidado de
fim de vida e as dificuldades em aplicá-lo na atenção básica, foi realizado uma revisão bibliográfica em artigos científicos. Alguns
autores citam nove concepções sobre cuidados paliativos, são elas: qualidade de vida, abordagem humanista e valorização
da vida, controle e alivio da dor e dos sintomas, questões éticas, abordagem multidisciplinar, morrer como processo natural, a
prioridade do cuidado sobre a cura, a comunicação, a espiritualidade e o apoio no luto. Também descrevem cinco fases que o
paciente pode vivenciar em seu estágio final: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Um sinal de sensibilidade para
este cuidado é o aprimoramento de centros de alta complexidade em oncologia, o programa nacional de assistência a dor e
cuidados paliativos do sistema único de saúde também são programas que visam aprimorar este atendimento. O programa
saúde da família e os agentes comunitários de saúde exercem ampla função no âmbito das visitas domiciliares, estreitando o
vínculo de confiança entre paciente, família e equipe da atenção básica, isso se dá pelo profundo conhecimento que o agente
tem com seus pacientes. O suporte domiciliar dos cuidados paliativos requer uma rede de assistência onde seja fornecido
alivio da dor e dos sintomas, além de uma morte digna em um ambiente de escolha do paciente, geralmente sua própria casa,
onde seu desejo seja respeitado, na medida do possível. Lembrando que esta situação gera estresse á família, o que exige da
equipe sensibilidade e habilidade para contornar situações difíceis que vão surgindo. Enfim, nota-se a carência de profissionais
formados e preparados para realizar esta abordagem complexa, o Brasil ainda não tem estrutura física e técnica suficiente,
para atender a demanda de pacientes fora da terapêutica de cura, acredita-se que a inserção da disciplina “cuidados paliativos”
durante a graduação dos profissionais da saúde seria um começo para a difusão e organização do setor.
Desenvolvimento do Grupo de Práticas Corporais em uma Estratégia Saúde da
Família do Município de Guarapuava-PR a Partir da Inserção do Programa de
Residência Multiprofissional em Saúde da Família: Relato de Experiência.
Autores: FELIPE DE OLIVEIRA FONTANELLA; Matheus Federizzi; Dianessa Cogô de Freitas; Francine Meira da Cruz; Danilo Barbosa.
Instituição: Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná
Palavras-chave: Educação Física; Promoção da Saúde; Práticas Corporais.
A lei 9696/98 ampliou horizontes para o profissional de Educação Física. Partindo desta resolução, com o passar dos anos a educação
física foi ganhando espaço, prova disso são as políticas públicas que o governo vem desenvolvendo para trabalhar com a promoção
da saúde. Hoje vemos a expansão do profissional chegar a atenção básica, através do núcleo de apoio a saúde da família (NASF) e
nos programas de residência multiprofissional. Este trabalho tem por finalidade descrever a processo de desenvolvimento de um
grupo de práticas corporais com a população da ESF Industrial Xarquinho I através da equipe de residentes do local. Ao iniciar os
trabalhos na residência a equipe realizou um mutirão da saúde para divulgar o seu trabalho e conhecer a comunidade, sendo assim
através do contanto com a população levantar a necessidade da comunidade. Uma dessas necessidades era o desenvolvimento
de um grupo de práticas corporais para melhorar as condições de saúde da população, logo após foi feito uma avaliação física para
conhecer os indivíduos participantes do grupo e averiguar se aquele exercício seria o melhor para a sua saúde, em um segundo
momento já iniciando as atividades, o grupo se desenvolveu com inúmeras atividades, como step, ginastica localizada, trabalhos
isométricos e caminhadas. Levando em consideração as 4 dimensões das práticas corporais devendo oportunizar diferentes situações
motoras, levar em consideração as interações dos sujeitos, localização em que as atividades vão ser desenvolvidas e promover uma
articulação intersetorial para potencializar a oferta para população. Essas dimensões servem para nortear o profissional em seu
trabalho na atenção básica uma vez que devemos olhar o indivíduo com um todo, sendo assim além de oportunizar que ele vivencie
um programa de exercício, questões afetivas, sociais, psicológicas devem estar entrelaçadas com as atividades proposta pelo
profissional, seguindo essa dinâmica o grupo foi formado com várias práticas diferentes sendo 3 encontros semanais com duração
de aproximadamente 1h, além disso uma vez ao mês a um encontro em um dia diferente do grupo para trabalhar as questões de
interação social e fortalecimento dos laços afetivos dos participantes do grupo, o local escolhido foi um espaço público central do
bairro que todos os habitante conhecem e de fácil acesso, além da parceria com a escola, igreja da comunidade que veio a fortalecer
o vínculo e o compromisso dos residentes com a comunidade.
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