Page 87 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Classificação Internacional da Funcionalidade e Saúde (CIF): Instrumentos para
Avaliação e Acompanhamento Psicomotor de Crianças para Uso da Fonoaudiologia e
Fisioterapia do Nasf Vila Garcia-Paranaguá
Autores: TAINÁ RIBAS MÉLO; Vanessa de Oliveira Lucchesi; Luize Bueno de Araujo; Bruna Yamaguchi; Vera Lúcia Israel. Instituição:
Prefeitura Municipal de Paranaguá; Universidade Federal do Paraná.
Palavras-chave: CIF; saúde da criança; NASF
Introdução: Na atenção primária em saúde, num conceito ampliado de responsabilização e resolutividade, compete às Unidades
Básicas de Saúde (UBS) priorizar estratégias multi e interdisciplinares de promoção e prevenção à saúde da criança, tanto com sua
equipe básica (ESF) quanto com o NASF. Nesse sentido, torna-se necessário o acompanhamento de saúde da criança em consonância
com o modelo biopsicossocial e visão atual de saúde por meio dos domínios da Classificação Internacional de Saúde e Funcionalidade
(CIF), priorizando a intervenção precoce, e quando tardia, na minimização de repercussões funcionais. Em 2015 houve a inserção
de profissionais como fisioterapeuta e fonoaudiólogo na equipe do NASF do município de Paranaguá/PR sendo identificada uma
demanda reprimida na UBS Vila Garcia de crianças com dificuldades de linguagem, e com alterações psicomotoras. Objetivo: verificar
instrumentos de acompanhamento psicomotor da saúde da criança que contemplem os domínios da CIF para utilização pelo NASF
(fisioterapeuta e fonoaudióloga) na UBS Vila Garcia. Metodologia: Após aprovação do Comitê de ética em Pesquisa da UNIANDRADE
CAAE: 57383916.6.0000.5218, demandas específicas foram levantadas, e identificadas crianças com alterações principalmente na
linguagem, e psicomotoras (motricidade, equilíbrio e esquema corporal). Por meio do levantamento da literatura foram estabelecidos
os domínios da CIF e foram pesquisados instrumentos que pudessem ser utilizados no contexto da UBS, de baixo custo, fácil e rápida
aplicação. Resultado: para os domínios de função (b) e estrutura (s) foi utilizada a anamnese com a escuta qualificada, assim como a
avaliação observacional e funcional. Para os domínios de atividade e participação (d) optou-se pela adoção da AIMS (0-18 meses), Denver
II (0-6 anos), Escala do Desenvolvimento Motor (EDM) de Rosa Neto (2-11 anos) e teste de silhuetas de Kakeshita (maiores de 6 anos).
Os fatores pessoais e ambientais (e) são referentes às investigações a respeito da família e escola, ainda sem uso de escala específica.
Conclusão: a utilização de instrumentos padronizados facilitou a identificação de objetivos terapêuticos e funcionais, acompanhamento
da evolução das crianças, assim como no estabelecimento de programa de intervenção coletivo, com abordagens comuns, como os
grupos psicomotores por faixas etárias, entendendo a saúde no seu conceito ampliado, para além da doença e do diagnóstico, podendo
subsidiar políticas públicas em saúde.
Coberturas Especiais: Conhecimento de Enfermeiros da Atenção Primária de Curitiba-
PR
Autores: ADRIANA DE SOUZA PAIVA; Cristiano Caveião; Ana Paula Hey; Edson Luís Pereira Tavares; Elisangela de Souza. Instituição:
Centro Universitário Autônomo do Brasil; Centro Universitário Internacional UNINTER; Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Estomaterapia; Feridas; Atenção Primária à Saúde
O conhecimento do enfermeiro e suas competências em cuidados de feridas na Atenção Primária em Saúde (APS), são regulamentadas
por meio da Resolução de nº 501, de 9 de dezembro de 2015, onde define as atribuições: realizar curativos; supervisionar a equipe de
enfermagem nos cuidados com feridas; abertura de consultórios para cuidados com feridas; prescrever medicamentos e coberturas
para feridas e executar desbridamento químico e mecânico em feridas. O objetivo deste estudo foi identificar o conhecimento dos
enfermeiros da APS do município de Curitiba – PR sobre indicação de coberturas especiais. Trata-se de um estudo exploratório,
descritivo com abordagem quantitativa, realizado em 109 Unidades de Saúde da Atenção Primária em Saúde, no mês de setembro
de 2017, por meio de um instrumento estruturado, elaborado pelos próprios pesquisadores, com base no protocolo de tratamento de
feridas do referido município, edição 2015/2016. A pesquisa teve início após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo
Seres Humanos da SMS de Curitiba – PR, sob C.A.E.E. 69191517.3.0000.0101 e número 2.230.211. Dentre os participantes, 96% do sexo
feminino, média de idade de 44,2 anos com tempo médio de serviço de 13,1 anos, 77,2% possuem curso de capacitação em feridas
e 6,9% curso de aperfeiçoamento. Referente a especialização 84,2% possuí curso de especialização lato sensu, sendo que 45,8% na
área de saúde da família/saúde coletiva, e 3% são mestres. Durante a formação 65,3 relataram ter estudado conteúdos relacionados a
coberturas especiais. Quando perguntado sobre a cobertura ideal, 79,2% responderam que deve controlar exsudato e tecido não viável e
ser biocompatível. A porcentagem de indicação de cada cobertura especial foi inferior a 50% em quase todas as questões pesquisadas, o
que se denota um conhecimento insuficiente sobre o tema. Quando realizado a comparação entre o grupo de enfermeiros que possuem
capacitação/aperfeiçoamento em feridas com os que não possuem, não apresenta diferença estatisticamente significante. A cobertura
com maior porcentagem de acerto foi o hidrogel. Conclui-se que mesmo os enfermeiros com capacitação/aperfeiçoamento possuem
dificuldades para indicar a cobertura devido ao tipo de indicação de cada produto. Os dados chamam atenção, pois o atendimento na
APS possui um manual com a padronização para os tratamentos das feridas.
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