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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE



                 Classificação Internacional da Funcionalidade e Saúde (CIF): Instrumentos para
                 Avaliação e Acompanhamento Psicomotor de Crianças para Uso da Fonoaudiologia e
                 Fisioterapia do Nasf Vila Garcia-Paranaguá

                 Autores: TAINÁ RIBAS MÉLO; Vanessa de Oliveira Lucchesi; Luize Bueno de Araujo; Bruna Yamaguchi; Vera Lúcia Israel. Instituição:
                 Prefeitura Municipal de Paranaguá; Universidade Federal do Paraná.

                 Palavras-chave: CIF; saúde da criança; NASF
                 Introdução:  Na  atenção  primária  em  saúde,  num  conceito  ampliado  de  responsabilização  e  resolutividade,  compete  às  Unidades
                 Básicas de Saúde (UBS) priorizar estratégias multi e interdisciplinares de promoção e prevenção à saúde da criança, tanto com sua
                 equipe básica (ESF) quanto com o NASF. Nesse sentido, torna-se necessário o acompanhamento de saúde da criança em consonância
                 com o modelo biopsicossocial e visão atual de saúde por meio dos domínios da Classificação Internacional de Saúde e Funcionalidade
                 (CIF),  priorizando  a  intervenção  precoce,  e  quando  tardia,  na  minimização  de  repercussões  funcionais.  Em  2015  houve  a  inserção
                 de  profissionais  como  fisioterapeuta  e  fonoaudiólogo  na  equipe  do  NASF  do  município  de  Paranaguá/PR  sendo  identificada  uma
                 demanda reprimida na UBS Vila Garcia de crianças com dificuldades de linguagem, e com alterações psicomotoras. Objetivo: verificar
                 instrumentos de acompanhamento psicomotor da saúde da criança que contemplem os domínios da CIF para utilização pelo NASF
                 (fisioterapeuta e fonoaudióloga) na UBS Vila Garcia. Metodologia: Após aprovação do Comitê de ética em Pesquisa da UNIANDRADE
                 CAAE:  57383916.6.0000.5218,  demandas  específicas  foram  levantadas,  e  identificadas  crianças  com  alterações  principalmente  na
                 linguagem, e psicomotoras (motricidade, equilíbrio e esquema corporal). Por meio do levantamento da literatura foram estabelecidos
                 os domínios da CIF e foram pesquisados instrumentos que pudessem ser utilizados no contexto da UBS, de baixo custo, fácil e rápida
                 aplicação. Resultado: para os domínios de função (b) e estrutura (s) foi utilizada a anamnese com a escuta qualificada, assim como a
                 avaliação observacional e funcional. Para os domínios de atividade e participação (d) optou-se pela adoção da AIMS (0-18 meses), Denver
                 II (0-6 anos), Escala do Desenvolvimento Motor (EDM) de Rosa Neto (2-11 anos) e teste de silhuetas de Kakeshita (maiores de 6 anos).
                 Os fatores pessoais e ambientais (e) são referentes às investigações a respeito da família e escola, ainda sem uso de escala específica.
                 Conclusão: a utilização de instrumentos padronizados facilitou a identificação de objetivos terapêuticos e funcionais, acompanhamento
                 da evolução das crianças, assim como no estabelecimento de programa de intervenção coletivo, com abordagens comuns, como os
                 grupos psicomotores por faixas etárias, entendendo a saúde no seu conceito ampliado, para além da doença e do diagnóstico, podendo
                 subsidiar políticas públicas em saúde.




                 Coberturas Especiais: Conhecimento de Enfermeiros da Atenção Primária de Curitiba-
                 PR

                 Autores: ADRIANA DE SOUZA PAIVA; Cristiano Caveião; Ana Paula Hey; Edson Luís Pereira Tavares; Elisangela de Souza. Instituição:
                 Centro Universitário Autônomo do Brasil; Centro Universitário Internacional UNINTER; Universidade Tuiuti do Paraná

                 Palavras-chave: Estomaterapia; Feridas; Atenção Primária à Saúde
                 O conhecimento do enfermeiro e suas competências em cuidados de feridas na Atenção Primária em Saúde (APS), são regulamentadas
                 por meio da Resolução de nº 501, de 9 de dezembro de 2015, onde define as atribuições: realizar curativos; supervisionar a equipe de
                 enfermagem nos cuidados com feridas; abertura de consultórios para cuidados com feridas; prescrever medicamentos e coberturas
                 para feridas e executar desbridamento químico e mecânico em feridas. O objetivo deste estudo foi identificar o conhecimento dos
                 enfermeiros  da  APS  do  município  de  Curitiba  –  PR  sobre  indicação  de  coberturas  especiais.  Trata-se  de  um  estudo  exploratório,
                 descritivo com abordagem quantitativa, realizado em 109 Unidades de Saúde da Atenção Primária em Saúde, no mês de setembro
                 de 2017, por meio de um instrumento estruturado, elaborado pelos próprios pesquisadores, com base no protocolo de tratamento de
                 feridas do referido município, edição 2015/2016. A pesquisa teve início após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo
                 Seres Humanos da SMS de Curitiba – PR, sob C.A.E.E. 69191517.3.0000.0101 e número 2.230.211. Dentre os participantes, 96% do sexo
                 feminino, média de idade de 44,2 anos com tempo médio de serviço de 13,1 anos, 77,2% possuem curso de capacitação em feridas
                 e 6,9% curso de aperfeiçoamento. Referente a especialização 84,2% possuí curso de especialização lato sensu, sendo que 45,8% na
                 área de saúde da família/saúde coletiva, e 3% são mestres. Durante a formação 65,3 relataram ter estudado conteúdos relacionados a
                 coberturas especiais. Quando perguntado sobre a cobertura ideal, 79,2% responderam que deve controlar exsudato e tecido não viável e
                 ser biocompatível. A porcentagem de indicação de cada cobertura especial foi inferior a 50% em quase todas as questões pesquisadas, o
                 que se denota um conhecimento insuficiente sobre o tema. Quando realizado a comparação entre o grupo de enfermeiros que possuem
                 capacitação/aperfeiçoamento em feridas com os que não possuem, não apresenta diferença estatisticamente significante. A cobertura
                 com maior porcentagem de acerto foi o hidrogel. Conclui-se que mesmo os enfermeiros com capacitação/aperfeiçoamento possuem
                 dificuldades para indicar a cobertura devido ao tipo de indicação de cada produto. Os dados chamam atenção, pois o atendimento na
                 APS possui um manual com a padronização para os tratamentos das feridas.

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