Page 134 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO
COPING RELIGIOSO-ESPIRITUAL EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA EM
QUIMIOTERAPIA
Autores: CAMILA HARMUCH | Maria Isabel Raimondo Ferraz, Dannyele Cristina da Silva. Instituição: Universidade Estadual do Centro-
Oeste UNICENTRO
Palavras-chave: Neoplasias da mama. Religião. Espiritualidade.
O Coping Religioso-Espiritual (CRE) pode ser traduzido como o uso da religião e espiritualidade no enfrentamento de doenças
graves ou terminais, podendo ser interpretado como variadas estratégias utilizadas para a adaptação a situações estressoras
(PANZINI et al., 2007). Objetivou-se caracterizar a amostra segundo dados sociodemográficos de mulheres com câncer de mama
em quimioterapia e descrever as dimensões positivas e negativas do coping religioso-espiritual segundo escala CRE. Trata-se de
pesquisa quantitativa, de corte transversal. A coleta de dados foi realizada em um Ambulatório de Oncologia, em Guarapuava-
PR, no período de março a julho de 2019. Os dados foram coletados utilizando um questionário sociodemográfico e a versão
brasileira da escala Rcope Scale-Escala (PANZINI, 2004). Os dados foram digitados e armazenados no aplicativo ODK collect e
analisados pelo SPSS® versão nº 22, utilizando o teste de qui-quadrado. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos (COMEP) da Universidade Estadual do Centro-Oeste, mediante parecer número 3.185.711, datado
de 07 de março de 2019. Os resultados apontam que as participantes estão na faixa etária entre 18 e 59 anos (55,6%), com Ensino
Médio Incompleto (66,7%), o tempo de diagnóstico menor de dois anos (66,7%) e 77,8% não apresentam metástase. Considerando
o Coping positivo e os 8 fatores que o compõe, destacam-se o fator positivo 3 o qual teve associação com a variável até o ensino
fundamental completo (p=0,04); o FP4 houve associação na variável tempo de diagnóstico menos de 2 anos (p=0,046) e no FP7
houve associação com a ausência de dor (p=0,043). Considerando o Coping Negativo e os 4 fatores que o compõe destaca-se o
fator negativo 1 que teve associação com a variável renda familiar até 1 salário mínimo (p=0,005), na variável tempo de diagnóstico
2 anos ou mais (p=0,04), com a presença de metástase (p=0,004) e presença de dor (p=0,01). O estudo apontou para uma utilização
positiva do coping, assim avaliar o CRE em mulheres com câncer de mama em quimioterapia é fundamental, a fim de que
se possa identificar se seu uso é positivo ou negativo, compreendendo o seu percurso na doença e tratamento. Referências:
PANZINI, R. G. et al.; Qualidade de vida e espiritualidade. Revista de Psiquiatria Clinica, v. 34, n. SUPPL. 1, p. 105-115, 2007. PANZINI,
R. G. Escala de Coping Religioso-Espiritual (Escala CRE): Tradução,adaptação e validação da Escala RCOPE. Dissertação. RS.2004.
CUIDADOS COM O CUIDADOR DE CRIANÇA E ADOLESCENTE COM DOENÇA RENAL
CRÔNICA (DRC): UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Autores: ELUANE MIRIAN SANTOS SANCHEZ | Carolina Domingues de Mattos, Daiane Aparecida Ripka , Mariana Faucz Munhoz Cunha,
Vivien de Paula Mantovani Joaquim. Instituição: HOSPITAL PEQUENO RPINCIPE
Palavras-chave: Cuidados. Doença renal crônica. Infância.
Caracterização do Problema: O paciente infantil e adolescente com DRC, demanda muitos cuidados e, com o diagnóstico, a
família precisa buscar conhecimentos para lidar com questões físicas, sociais e culturais geradas pela patologia e pelo tratamento.
A equipe de saúde da clínica de hemodiálise, do hospital Pequeno Príncipe (HPP), localizado em Curitiba/PR identificou a
necessidade de aprimorar o trabalho com o cuidador, ofertando espaço de troca de saberes e experiências, com intuito de
melhorar o conhecimento e o cuidado. Fundamentação Teórica: A disciplina “educação em saúde” é um campo acadêmico para
que profissionais da saúde e da educação possam compartilhar seus saberes a fim de elaborar novos conhecimentos. O cuidador
familiar exerce um papel fundamental no processo no tratamento de saúde, portanto deve buscar meios para aprimorar seu
trabalho. Descrição da experiência: Foi proposta a estratégia “Rodas de conversa entre cuidadores de crianças e adolescentes
portadores de DRC”. Foram realizados 4 encontros mensais com duração de 1 hora e meia, durante 5 meses, entre os anos de 2017
e 2019. Eram convidados os principais cuidadores dos pacientes com DRC acompanhados no serviço de hemodiálise, bem como
acompanhantes de pacientes internados na enfermaria de nefrologia da instituição. As rodas foram coordenadas por profissionais
da educação e psicologia, e cada encontro teve um convidado: médicos, enfermeiros, serviço social e nutricionistas. Os temas
trabalhados foram: cuidados com o cuidador (aspectos individuais, culturais e sociais); o trabalho do cuidador e DRC e seus
impactos. Efeitos alcançados: De acordo com a observação sobre o processo realizado, foram encontradas três características
distintas entre os participantes: alguns cuidadores consideraram a educação como um valor para a obtenção de mudança de
hábitos em saúde e utilizaram os conhecimentos obtidos nas rodas para aprimorar-se; outros consideraram a educação como um
valor, contudo, afirmaram buscar a cura ou a solução dos problemas no processo de hospitalização; e por fim, um terceiro grupo,
que buscou no processo de saúde a resolução total do problema. Observou-se ainda que cuidadores no início do tratamento
tenderam a ser mais receptivos à proposta do que aqueles que estavam há mais tempo. Como meta a ser alcançada, busca-se
escrever um material norteador para que as rodas aconteçam de modo cotidiano na enfermaria.
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