Page 138 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO  EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO



                 A VIVÊNCIA DO ACOLHIMENTO E ESCUTA ATIVA EM ATENDIMENTO CLÍNICO
                 NUTRICIONAL NO ÂMBITO DO SUS – RELATO DE EXPERIÊNCIA

                 Autores: JULIANE FERNANDES DE LIMA. Instituição: Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná - CISCOPAR
                 Palavras-chave: Acolhimento. Escuta ativa. Humanização.

                 O acolhimento e a escuta ativa são diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), em vigor desde 2003. Esses processos
                 possuem como objetivo construir relações de confiança, compromisso e vínculo, além de assegurar que todas as necessidades
                 do paciente sejam garantidas a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco (MINISTÉRIO DA SAÚDE). Desde 2018
                 o atendimento nutricional aberto à população do Consorcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (CISCOPAR), conta
                 com as ferramentas de acolhimento e escuta ativa como forma de melhorar a qualidade da assistência prestada. As diversas
                 problemáticas  que  interferem  no  processo  saúde/doença  do  paciente  são  conhecidas  e/ou  reconhecidas  por  meio  de
                 interação adequada, com respeito e empatia, visando à produção de saúde qualificada e a resolução assertiva de problemas.
                 Ao considerar o estado de saúde em constante transformação, tornar o atendimento nutricional mais próximo à realidade do
                 paciente, integro e interdisciplinar, trouxe retorno perceptível. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência,
                 sobre a percepção do nutricionista em relação à implementação da escuta ativa e acolhimento como ferramentas de cuidado.
                 Após 2 anos de avaliação, os resultados atingidos foram: formação de vinculo, maior adesão ao tratamento dietético com
                 corresponsabilização, menor taxa de absenteísmo, maior entendimento das dificuldade e potencialidades de cada paciente,
                 maior capacidade de intervenção e resolutividade uma vez que o paciente sente maior confiança para abordar suas questões
                 de saúde (melhora na comunicação). Os principais entraves ao processo de escuta ativa foram: falta de capacitação técnica,
                 barreiras  impostas  pelo  modelo  biomédico  hegemônico  e  ausência  de  articulação  entre  serviços  e  profissionais.  Apesar
                 das dificuldades encontradas, os resultados positivos demonstram a importância da humanização nos processos de saúde,
                 devendo esta ser constantemente fortalecida e incentivada. Referência: Política Nacional de Humanização – HumanizaSUS.
                 Ministério  da  Saúde.  Disponível  em:  https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/projeto-lean-nas-emergencias/693-acoes-e-
                 programas/40038-humanizasus. Acesso em Fevereiro de 2020.



                 PERFIL ASSISTENCIAL DE UMA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
                 (UCCI)
                 Autores: LUCIANA BRANCO CARNEVALE | Diovanna Catarina Sabin, Gabriela Thais da Silva, Bárbara Ribas Mello de Lara Reginato.
                 Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
                 Palavras-chave: Continuidade da assistência. Serviços de reabilitação. Doenças crônicas não-transmissíveis.

                 Introdução:  No  debate  acerca  da  questão  do  envelhecimento  da  população  despontam  as  condições  crônicas  e  a
                 necessidade premente de redimensionar os serviços e as práticas de saúde em direção à produção de um cuidado continuado,
                 integral e interdisciplinar, centrado nas necessidades do usuário e de sua família. Nessa perspectiva, unidades de cuidados
                 intermediários entre Atenção Básica e Hospital convencional têm se oferecido como proposta alternativa à internação hospitalar
                 e à redução do tempo de permanência do usuário no hospital. Objetivo: Levantar o perfil assistencial de uma Unidade de
                 Cuidados Continuados Integrados (UCCI). Método: Trata-se de pesquisa quantitativa de caráter descritivo. Foram analisados 213
                 prontuários físicos, correspondentes ao atendimento concluído, de usuários do SUS, que frequentaram o serviço pesquisado
                 no período de dezembro de 2014 (mês de início dos atendimentos na unidade) a junho de 2018 (mês final da coleta de dados).
                 Foram coletadas informações sobre os perfis socioeconômico dos usuários e assistencial da unidade. Foi efetuada uma análise
                 descritiva  simples  por  meio  do  Programa  Estatístico  SPSS  versão  15.0  visando  à  obtenção  de  porcentagens  válidas  para
                 determinadas categorias. Os resultados foram discutidos com base na literatura subsidiária desta pesquisa. Resultados: Foram
                 atendidos 136 usuários do sexo masculino e 77 do sexo feminino. Houve predominância da faixa etária de 61 a 79 anos. A maioria
                 dos usuários é residente de municípios da 4ª Regional de Saúde e possui nível elementar de escolaridade. Registros referentes
                 à ocupação laboral apontam para um perfil socioeconômico menos favorecido. O quadro clínico predominante, motivador do
                 internamento, foi o AVE. Com relação ao destino e às necessidades de cuidados no momento de alta, a maioria dos usuários
                 retornou ao domicílio necessitando de apoio de cuidados da equipe da Unidade Básica de Saúde. Em relação a outros tipos
                 de cuidado pós-alta, a Fisioterapia, seguida da Psicologia, Assistência Social e Fonoaudiologia foram indicadas. Não existem
                 registros nos prontuários, ou em outros documentos da Unidade, relativos à continuidade do cuidado pós-alta. Conclusão: Foi
                 evidenciada certa fragilidade da Unidade em relação ao monitoramento do cuidado após a alta dos usuários e a dificuldade da
                 UCCI em estabelecer articulação com a Atenção Básica, bem como com outros serviços da REDE.



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