Page 143 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO



                 HIDROTERAPIA NA OSTEOARTRITE BILATERAL DE JOELHO: UM ESTUDO DE CASO

                 Autores: LARISSA TURCO DE GÓES | Bruna Aparecida Metinoski Bueno, Luiz Alfredo Braun Ferreira. Instituição: Universidade Estadual
                 do Centro Oeste
                 Palavras-chave: Osteoartrite de joelho. Hidroterapia. Reabilitação.
                 A osteoartrite (AO) de joelho é uma condição degenerativa e inflamatória, em que acontece a degeneração da cartilagem
                 articular, além do espessamento do osso subcondral e formação de rachaduras. E a hidroterapia é um tratamento que oferece
                 bons resultados para melhorar os aspectos clínicos dessa doença, porque oferece benefícios como diminuição da sobrecarga
                 articular, redução da dor e das chances de novas lesões. O objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos da hidroterapia
                 na osteoartrite bilateral de joelho. O estudo contou com a participação de uma paciente do sexo feminino, 56 anos de idade,
                 com diagnóstico de osteoartrite bilateral de joelho, com ênfase em dor no joelho direito. A avalição fisioterapêutica foi realiza
                 pré e pós tratamento, e incluiu anamnese, inspeção, teste de amplitude de movimento articular (ADM), de força muscular
                 (FM), perimetria de joelho, escala visual analógica (EVA), palpação e avaliação da qualidade de vida por meio da aplicação do
                 questionário WOMAC. O estudo foi realizado em piscina de natação aquecida da Associação Cultural, Recreativa e Esportiva da
                 Unicentro (ACRE), na cidade de Guarapuava. Foram realizadas 7 sessões de hidroterapia, 1 vez por semana com duração de 40
                 minutos, as quais envolveram técnicas de Watsu, Halliwick e Bag Ragaz, além de atividades de aquecimento, alongamentos
                 de MMII de forma ativa e passiva, exercícios resistidos e de equilíbrio, treino de marcha e relaxamento. Os resultados mostram
                 que após as sessões de hidroterapia, houve melhora na FM, ADM, dor, perimetria, rigidez articular e realização de atividades de
                 vida diária. Porém, na palpação de joelho não foi encontrado diferença e foi observado também uma redução da ADM passiva
                 de flexão de joelhos. Conclui-se que a hidroterapia por meio de suas propriedades físicas, proporcionou melhora na FM, ADM,
                 dor, perimetria de joelho, e do questionário WOMAC, e como resultado, melhora na qualidade de vida.





                 A ESTRATÉGIA DO MATRICIAMENTO COMO FORTALECIMENTO DE CUIDADOS
                 COMPARTILHADOS ENTRE O AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL DO CISVIR E A
                 ATENÇÃO PRIMÁRIA DE APUCARANA/PR

                 Autores: WESLEY VINÍCIUS DA SILVA . Instituição: Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região - CISVIR

                 Palavras-chave: Matriciamento. Saúde mental. Atenção primária.
                 Caracterização do problema: A experiência em questão empenhou-se em avaliar a efetividade do apoio matricial na proposição
                 de  ações  integradas  pelas  equipes  dos  níveis  de  atenção  primário  e  secundário,  consolidando  um  cuidado  continuado  e
                 efetivo no tratamento de pacientes acompanhados por ambos. Fundamentação teórica: O matriciamento é definido como
                 uma  proposta  de  intervenção  pedagógico-terapêutica  construída  de  maneira  compartilhada  entre  equipes  (MINISTÉRIO
                 DA SAÚDE, 2011), traduzindo em esforços e ganhos conjuntos. A linha guia da rede de atenção à saúde mental no Paraná
                 elenca o matriciamento como uma das competências dos centros regionais de atenção especializada (SESA, 2014), tornando
                 esta técnica imprescindível para sua formação e qualificação. Descrição da experiência: A primeira etapa foi realizada em
                 Novembro de 2019 a partir de uma reunião das equipes com discussões dos casos de pacientes atendidos no ambulatório
                 e pertencentes ao território de uma UBS, utilizando um instrumento próprio que considera as impressões dos casos e lista
                 propostas de intervenção. A segunda reunião foi efetivada em Janeiro de 2020, objetivando o desfecho das ações elencadas e
                 o planejamento da continuidade do acompanhamento. As equipes contaram com os profissionais da psiquiatria, psicologia e
                 serviço social da AAE e clínica geral e enfermeiras da APS. Efeitos alcançados: O número de pacientes faltosos e a gravidade
                 dos  quadros  eram  fatores  de  grande  preocupação,  pois  o  distanciamento  do  território  e  o  acompanhamento  espaçado
                 caracterizavam barreiras ao cuidado continuado. Estes obstáculos são atenuados na atenção primária, sendo assim possível
                 sugerir visitas domiciliares focadas e com instruções aos pacientes, traduzindo em retorno da vinculação com o serviço e
                 adesão medicamentosa com promoção de estabilidade dos quadros. Os ganhos também se configuraram no estreitamento
                 de laços entre os níveis de atenção, tornando possível reduzir o chamado “efeito velcro” a partir do fortalecimento do cuidado
                 compartilhado. Recomendações: A experiência demonstrou a efetividade do matriciamento na proposição de ações de melhor
                 cuidado aos pacientes, indicando que o vínculo entre serviços é uma parte essencial ao tecer da rede de atenção. Salienta-se
                 a importância da participação dos ACS para ampliar a extensão do cuidado, sabendo que estes profissionais estão ativamente
                 situados no território e conhecem a realidade dos pacientes.



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