Page 140 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO
PERFIL DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS EM CUIDADOS PALIATIVOS DO SERVIÇO DE
ATENÇÃO DOMICILIAR DE LONDRINA
Autores: NATALIE MARIA RODRIGUES BATISTA | Aline Loiola Moura Bianconi, Mara Solange Gomes Dellaroza. Instituição: Autarquia
Municipal de Saúde - Londrina - Pr
Palavras-chave: Cuidados paliativos. Atenção domiciliar. Pacientes oncológicos.
Introdução: Os cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, tem por finalidade
melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias diante do risco de morte associado a uma doença (BRASIL,2018). De
acordo com Inca (2019) em recente estimativa mundial, ano 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos
de câncer e 9,6 milhões de óbitos. A abordagem dos cuidados paliativos pode ser realizada no hospital, ambulatorialmente e no
domicílio, a assistência dentro do ambiente domiciliar tem a vantagem do paciente ser acolhido dentro do próprio lar e próximo da
sua família. De acordo com a portaria do Ministério da Saúde nº 825 de 2016, a atenção domiciliar é uma modalidade de atenção
à saúde integrada às Rede de Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de
doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados. Objetivo:
Descrever o perfil dos usuários oncológicos em cuidados paliativos que foram assistidos pelo Serviço de Atenção Domiciliar
público. Método: pesquisa descritiva, retrospectiva realizada por meio de análise de informações obtidas nos registros de 53
pacientes adultos e idosos, que foram admitidos no Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Londrina – PR, entre os anos de 2017 a
2019. Do total de pacientes oncológicos prevaleceu o gênero feminino 54,71% (n= 29). O grupo de 61 a 80 anos foi mais prevalente
54,71% (n= 29), seguido da faixa de 41 a 60 anos 28,3 % (n= 15). Com relação aos locais de neoplasia, os mais frequentes foram
pulmão 16,98% (n=9), seguido de neoplasia de mama 37,10% (n=7). Quanto a origem dos encaminhamentos, dos n=53 pacientes,
62,26% (n=33) tiveram origem das Unidades Básicas de Saúde, seguido de 35,84% (n=19) dos hospitais. Quanto ao motivo do
desligamento, 5,66% (n=3) receberam alta com estabilidade do quadro, 94,33% (n= 50) faleceram. Conclusão: os cuidados paliativos
devem ser amplamente divulgados nos serviços que prestam assistência à saúde dentro do município de Londrina. Estima-se
que há uma demanda reprimida na identificação precoce destes pacientes, exigindo a necessidade de engajamento de políticas
públicas capacitando as portas de entrada da atenção primária, dando a este indivíduo a assistência necessária e se for o desejo,
dentro do seu ambiente familiar.
A HORTA COLABORATIVA COMO ALTERNATIVA NA REDUÇÃO DE CONFLITOS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: ELISANA JULEK. Instituição: Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa
Palavras-chave: Relacionamentos. Multiprofissional. Sustentabilidade.
Caracterização do problema: A instabilidade no relacionamento interpessoal das equipes de saúde impacta no cuidado ao
paciente, como estratégia de melhora implementou-se uma Horta em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Ponta Grossa-
PR. Fundamentação teórica: O emprego das hortas comunitárias, resultam na produção de verduras e legumes, que favorecem
além da alimentação saudável, a colaboração entre os participante, sendo que essa é uma das opções constantemente utilizada,
por proporcionar as relações interpessoais, de amizade e ética, gerando produtos para o consumo próprio da comunidade e
oportunizando o diálogo entre os envolvidos (DI NARDO, et al., 2009). Descrição da experiência: O projeto ainda ativo, iniciou em
novembro de 2019, de forma interprofissional (uma médica veterinária residente, um auxiliar de enfermagem e um zelador). Os
conflitos da equipe e a falta de recursos trouxeram resistência para iniciar o projeto. Contudo, com o incentivo e conhecimento
da cultura de hortaliças da médica veterinária, a mobilização para angariar adubo, mudas e equipamentos, com o trabalho de
usuários e funcionários e com a organização da equipe em torno de um bem comum, foi possível suprir as demandas do projeto
e contribuir com a melhoria dos conflitos interpessoais no local de trabalho. O ambiente do jardim de inverno foi o escolhido,
após a remoção das plantas, a terra passou pelo processo de aragem, adubação orgânica e sucessivamente realizou-se o plantio
de mudas de legumes e verduras, colhidos em dezembro do mesmo ano. Efeitos alcançados: Foram observados impactos
positivos: na relação interpessoal, por meio do ponto de encontro para refeições coletivas com os produtos colhidos; a melhoria
de habilidades pessoais; estímulo ao trabalho em equipe; proatividade; possibilidade da aplicação de práticas e mudança de
hábitos; melhoria da ambiência e imagem do local, favorecendo uma visão positiva sobre a UBS e seus funcionários. Sendo assim,
foi possível relacionar as atividades de horta como uma estratégia de resolução de conflitos, uma vez que a prática permite a
melhoria do relacionamento interpessoal, promovendo a conversação, cooperação, além de mudanças de hábitos com relação
à alimentação saudável e a atividade física. Recomendações: Recomenda-se a ampliação do projeto para outras UBS, escolas,
serviços de saúde e outros lugares, pois é um espaço de promoção da saúde e de resolução de conflitos com as equipes de
trabalho, pacientes, famílias e comunidade
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