Page 144 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO
A REALIZAÇÃO DO GRUPO DE INSERÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE TRABALHO NO CAPS 1
DE CAMBIRA/PR
Autores: WESLEY VINÍCIUS DA SILVA. Instituição: Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região - CISVIR
Palavras-chave: CAPS. Grupos terapêuticos.
Caracterização do problema: A investigação versou sobre a aplicabilidade do Grupo de Inserção, criado com o intuito de melhorar
a assimilação das queixas dos acessantes do serviço e assim o manejo dos casos, procurando observar se há ganhos reais em
sua promoção na atenção psicossocial. Fundamentação teórica: Os CAPS são tidos como pontos de atenção estratégicos da
RAPS, em caráter aberto, comunitário e multiprofissional, visando atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002), para tanto utiliza-se de diversas modalidades de intervenção, dentre elas o atendimento em
grupos. A atividade coletiva se caracteriza como um elemento organizador da subjetividade (RIBEIRO; SALA; OLIVEIRA, 2008),
traduzindo melhor a demanda dos sujeitos e a proposta de cuidado. Descrição da experiência: O Grupo de Inserção iniciou
em Novembro de 2019 com a proposta de avaliar e acompanhar pacientes em que, após a discussão de caso multiprofissional,
entende-se que não possuem perfis para para atendimento médico e/ou para grupos existentes, desse modo os acessantes
participam do grupo até se organizarem ou serem redirecionados de acordo com as demandas identificadas. O grupo permite aos
acessantes contarem sobre suas queixas, realizando intervenções verbais e atividades reflexivas como propulsoras da prática. É
coordenado por um ou dois profissionais da equipe técnica, sendo realizado semanalmente e mantendo-se em funcionamento
às terças-feiras pela tarde, com duração entre uma e duas horas e participação de no mínimo dois e ao máximo oito acessantes.
Efeitos alcançados: A partir das atividades terapêuticas focadas no diálogo e escuta ativa dos participantes fora observado em
diversos momentos a possibilidade de dar vazão ao sofrimento, assim como a validação de sentimentos pelos presentes. Essa
modalidade oferta a potencialização da história de cada indivíduo, promovendo assim a autonomia e instrumentalizando-os para
o enfrentamento das queixas. Recomendações: A experiência do Grupo de Inserção demonstrou sucesso na resolutividade de
casos pontuais, entretanto, pela rotatividade dos acessantes, não seria o ideal para acompanhamento de longo prazo. A utilização
do grupo é entendida como benéfica para a organização do fluxo do serviço, pois gera uma agilidade no direcionamento dos
casos e possibilidade de acompanhamento com maior proximidade.
DANÇATERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: ANNE CRISTINE BECCHI | Patricia Gomes Fritzen, Alyne Cristina Silva, Amanda Ciappina, Altair Vinicius Gasparetto, Valdelice Vaz
Coelho. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Dançaterapia. Promoção à saúde. Atenção básica.
Caracterização do problema: Em 2014, ao iniciar o trabalho no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-
AB) 9 da região central de Londrina, que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Guanabara, Centro, Casoni e Vila Brasil,
decidimos reunir os usuários para a prática de exercícios físicos, constituindo-se um novo espaço de promoção à saúde através
da Dançaterapia. Fundamentação teórica: A dança está presente na vida do homem desde os primórdios. O homem dançava nos
rituais pela sobrevivência, para a natureza em busca de alimentos, água e em forma de agradecimento. Atualmente a dança é uma
explosão de movimentos e reflexo da sociedade e cultura na qual estamos inseridos. Enfoca o aspecto motor, biopsicossocial,
condicionamento físico, emagrecimento, bem estar e saúde. Na busca de melhorar a qualidade de vida, um dos melhores
recursos terapêuticos que pode ser trabalhado é a prática da dança, devido ao baixo custo e a ligação direta com a atenção básica
(OPAS, 2005). Descrição da experiência: Atualmente são ofertados oito grupos de Dançaterapia semanalmente aos usuários das
Unidades de Saúde, utilizando-se espaços no território (igrejas, praças, quadras). Os grupos são abertos a todos os ciclos de vida,
com variação entre 33 e 90 anos de idade, e predominância da população idosa. Participam cerca de 331 pessoas, com média de
30 a 40 pessoas por grupo. Estes chegam aos grupos por encaminhamentos das UBS ou procura espontânea. Para iniciar a prática
realizam uma anamnese com o intuito de colher informações gerais (hábitos de vida, doenças, uso de medicações, antropometria).
As aulas tem duração de uma hora, sendo organizadas em três partes: aeróbico - 30 minutos (dançaterapia), anaeróbico - 20
minutos (exercícios de fortalecimento muscular, coordenação e equilíbrio) e alongamento – 10 minutos. Na dançaterapia o corpo
segue movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre). Efeitos alcançados: Os usuários
relatam diversos benefícios com a dançaterapia: melhora da autoestima, bem estar, melhor resistência física, diminuição das
dores, alivio da ansiedade e estresse, melhor percepção do corpo e seus limites, além da convivência em grupo que favorece a
troca de experiências. Recomendações: Implementar ações de promoção à saúde como os grupos de atividade física e práticas
corporais, utilizando- se a dançaterapia como instrumento para melhorar a qualidade de vida e promover a saúde das pessoas.
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