Page 149 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: INTEGRALIDADE DO CUIDADO
ATENÇÃO FARMACÊUTICA COM AS PACIENTES PORTADORAS DE HIV NO
AMBULATÓRIO MULTIPROFISSIONAL DE ATENÇÃO EM SAÚDE DA MULHER (AMASM/
HC)
Autores: ANA CLARA CERATO BISPO | Joice Mara Cruciol, Ester Massae Okamoto Dalla Costa. Instituição: Universidade Estadual de
Londrina
Palavras-chave: Adesão. Antirretrovirais. Farmacoterapia.
Caracterização do problema: Um público com dificuldades de adesão ao tratamento são os pacientes HIV positivos. Segundo
os dados do Ministério da Saúde, apenas 594 mil infectados com este vírus realizam o tratamento. Estes valores evidenciam
um problema público de saúde que possivelmente repercute sobre a taxa de transmissibilidade. Fundamentação teórica:
Mediante a isto, a atenção farmacêutica com estes pacientes é essencial, no qual envolve entender e trabalhar as dificuldades
associadas ao uso das medicações; analisar prescrições; monitorar terapia farmacológica; encaminhar quando pertinente aos
demais profissionais e educação em saúde. Descrição da experiência: Dois relatos de experiência dos acompanhamentos
farmacêuticos ocorridos no AMASM (HC). Este procedimento é parte do projeto de pesquisa integrado e aprovado pelo CEP/
UEL. Ambas as pacientes foram encaminhadas da clínica de Moléstia Infecciosa (HC). A primeira A.F.P., 53 anos, cor declarada
negra, renda inferior a um salário mínimo, ensino fundamental incompleto, profissional autônoma, diagnosticada com HIV
(aproximadamente 3 anos), hipertensão, esquizofrenia, hipotireoidismo, poli medicamentosa (11). Identificou-se nesta paciente
a não adesão terapêutica por limitações cognitivas, esquecimento, desconhecimento do funcionamento das medicações e
desorganização com as medicações. Nestas consultas foram monitorados exames, sinais e prescrições, trabalhados questões
relacionadas ao HIV, funcionamento dos antirretrovirais, uso racional de analgésicos, organização da sacola de medicamentos
e a associação das medicações com atividades rotineiras. A segunda paciente E.S., 28 anos, mesmas características
sociodemográficas que a primeira, HIV positiva (7 anos), uso de apenas um antirretroviral. Identificou-se a sua não adesão ao
tratamento por questões emocionais. A psicologia, acompanhava-me durante suas consultas. Nesta paciente trabalhou-se
as mesmas questões relacionadas ao HIV que a anterior, com o acréscimo da desconstrução em conjunto dos conceitos
extremistas que possuía sobre o HIV. Efeitos alcançados: Conquistou-se a confiança delas; consequentemente sensibilizou o
uso adequado dos medicamentos; saneou dúvidas; estimulou as participações no processo de saúde e ajudou na obtenção
de carga viral indetectável da A.F.P. Recomendações: Os relatos refletem que o atendimento humanizado e integral influencia
na adesão terapêutica e vínculo.
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