Page 6 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE



                  JUDICIALIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA 8ª REGIONAL DE SAÚDE (PR)

                  Autores: BENVENUTO JULIANO GAZZI | Darlan Clovis Vettorello Rech, Josemar Cirilo Pantano. Instituição: SCAFAR/8ªRS/SESA/
                  PR
                  Palavras-chave: Assistência farmacêutica. Judicialização.
                  Caracterização do problema: A judicialização na área de saúde gera demanda e impacto financeiro constante e crescente
                  na área da 8ª Regional de Saúde (8ª RS) e ao Sistema Único de Saúde (SUS). Fundamentação teórica: É extensa e conflitante
                  a discussão sobre a judicialização da Saúde, destacando-se a recente decisão do Supremo Tribunal Federal sobre este
                  assunto.  Descrição da experiência:  De  2000  a  2019  foram  judicializados  1699  produtos  para  atender  983  pacientes  na
                  Farmácia Especial da 8ª RS (FE08RS). Em 31/12/2019 havia 851 produtos ativos para atender 534 pacientes. O crescimento
                  de demandas judiciais tem sido crescente a partir de 2013. Os motivos deste crescimento podem estar relacionados a vários
                  fatores, como melhor acesso a informação, ações do Ministério Público em relação aos municípios quanto ao cumprimento
                  normativas do SUS, entre outras. Todavia há incoerências: Dos produtos judicializados ativos, 63 estão disponíveis no SUS
                  na apresentação solicitada, 72 estão previstos, mas talvez não para o CID do paciente; 18 estão previstos porém ainda não
                  disponíveis à população, e 07 determinados compra pela marca comercial, e 90 não na apresentação disponível no SUS. Dos
                  702 produtos não disponíveis no SUS de alguma forma, haveria alternativa no SUS para 540(77%) dos casos, ainda que não seja
                  específica (mesma classe de medicamento ou outra forma terapia). Para tentar reduzir estas contradições a FE08RS realizou
                  revisão de usuários judiciais; reuniões com o Ministério Público, Câmaras Municipais, Ouvidorias e Secretarias Municipais de
                  Saúde. Pela Comissão Regional de Saúde, iniciado reuniões específicas com ouvidorias e Secretarias Municipais de Saúde e
                  poder judiciário com alto índice de judicialização de usuários, capacitação para estudantes de medicina, entre outras ações.
                  Efeitos alcançados: No período de 2008-2009 ocorreu migração de vários pacientes com medicamentos incorporados
                  em PCDT, ou fornecimento por via administrativa, encaminhamento para retirada de medicamentos do componente básico
                  nas farmácias municipais e qualificação da ouvidoria em saúde. Recomendações: Necessidade de implantação de Núcleo
                  de Apoio  em Tecnologia  em  Saúde  -  NATS  no  poder  judiciário  para  orientação  nos  processos;  continuidade  ações  da
                  Comissão Regional de Saúde; Solicitação de revisão de processos judiciais; e Revisão de REREME para contemplar alguns
                  medicamentos não padronizados e que são de baixo custo.





                  ÓBITOS POR LESÃO AUTOPROVOCADA: CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA NO
                  BRASIL DE 2008-2018

                  Autores: PAULA ANTUNES BEZERRA NACAMURA | Gabriela Varela Ferracioli, Maria Gabriela Cordeiro Zago , Willian Augusto de
                  Melo, Maria Aparecida Salci, Marcelle Paiano. Instituição: Universidade Estadual de Maringá - UEM

                  Palavras-chave: Mortalidade. Políticas públicas. Sistemas de informação.
                  Introdução: Ao entender o fenômeno do suicídio como complexo e influenciado por vários fatores, o mesmo tornou-se
                  um problema de saúde pública. Neste sentido, destaca-se a necessidade de avaliar a extensão do problema, identificando
                  os  grupos  de  risco  e  buscando  por  políticas  públicas  de  prevenção  e  promoção  a  saúde.  Objetivo:  Descrever  o  perfil
                  sociodemográfico de óbitos por lesão autoprovocada no Brasil da população economicamente ativa de 2008 a 2018. Método:
                  Trata-se de um estudo transversal e descritivo, com dados secundários coletados a partir do Sistema de Informações sobre
                  Mortalidade (SIM), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no período de 2008
                  a 2018 referente as lesões autoprovocadas. As variáveis do estudo foram sexo, escolaridade e causa básica de morte de
                  acordo com a 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), em adultos de 20 a 59 anos. Os dados foram
                  compilados em programa Microsoft Excel e analisados por meio de estatística descritiva simples, utilizando frequências
                  absolutas e relativas. Resultados: Dos 61.847 óbitos por lesão autoprovocada registrados no Brasil entre 2008 a 2018, a região
                  de maior ocorrência é a Sudeste (38,8%), seguida da região Sul (22,8%), Região Norte (21,5%), Região Centro-Oeste (9%) e a
                  Região Norte (7,7%). Em relação ao sexo predomina-se os óbitos no sexo masculino (78,5%) e sobre a escolaridade 34,9 % da
                  população tinham de 4 a 7 anos de estudo. A causa básica de morte predominante foi o enforcamento com 63,9% dos óbitos,
                  enquanto as demais categorias se distribuem com taxas inferiores a 6% dos óbitos cada. Conclusão: Os achados apontam o
                  suicídio como um problema de saúde pública, e com o conhecimento da população e região mais afetada é possível maior
                  investimento em programas para desmistificação do tema visando a promoção e prevenção a saúde.





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