Page 7 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE



                 FUNCIONAMENTO DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS:
                 UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

                 Autores: PAULA ANTUNES BEZERRA NACAMURA | Maria Aparecida Salci, Cremilde Aparecida Trindade Radovanovic, Marcelle Paiano.
                 Instituição: Universidade Estadual de Maringá - UEM
                 Palavras-chave: Centros de tratamento de abuso de substâncias. Saúde Mental. Intervenção na Crise.
                 Caracterização do problema: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como instituição substitutiva e atenção especializada
                 possui  o  objetivo  de  atender  aos  transtornos  mentais  graves  e  evitar  as  internações  desnecessárias,  por  meio  da  oferta  de
                 atividades terapêuticas. Contudo a chegada de pacientes em situação de crise, que também devem ser recebidos nestes centros,
                 acabam gerando preocupações nos profissionais que realizam este acolhimento inicial. Fundamentação teórica: Os CAPS devem
                 oferecer acolhimento diurno e, quando possível e necessário, noturno. Devem ter um ambiente terapêutico e acolhedor, que
                 possa incluir pessoas em situação de crise. O sucesso do acolhimento da crise é essencial para o cumprimento dos objetivos de
                 um CAPS. Objetivo: Relatar a experiência durante observação realizada em Centro de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas
                 (CAPS ad) sobre o funcionamento do serviço. Descrição da experiência: A atividade de observação foi realizada em um CAPS
                 ad, com duração 158 horas. Foi realizada a observação das atividades multiprofissionais durante os atendimentos aos usuários
                 e os familiares, bem como da rotina diária do serviço. Durante a prática notou-se algumas dificuldades vivenciadas pela equipe
                 multiprofissional diante o manejo a pacientes em situação de crise, considerando a ausência do profissional médico no momento
                 da crise, a dificuldade de encaminhamento do paciente, em virtude dos diferentes olhares dos profissionais, além do despreparo
                 para o cuidado deste paciente. Efeitos alcançados: A vivência do período de observação possibilitou compreender as dificuldades
                 vivenciadas  pela  equipe  multiprofissional  assim  como  a  insegurança  dos  profissionais  na  conduta  e  manejo  ao  paciente  em
                 situação de crise. Considerando o CAPS ad como um serviço multiprofissional e especializado em transtorno relacionado ao uso
                 de álcool e outras drogas a composição adequada da equipe durante todo período de atendimento é entendida como primordial
                 para a condução dos casos, além do investimento em capacitações para equipe multiprofissional destinado ao atendimento
                 em  crises.  Recomendações:  A  observação  possibilita  o  conhecimento  na  prática  da  assistência,  reconhecendo  o  trabalho
                 multiprofissional como principal articulador da assistência ao paciente com transtornos mentais, assim necessita-se de protocolos
                 a serem seguidos pela equipe e investimentos em atividades de educação em saúde.



                 ACESSO AOS SERVIÇO DE SAÚDE SOB A ÓTICA DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE:
                 RESULTADOS PARCIAIS

                 Autores: NATACHA BOLORINO | Laís Cristina Gonçalves Ribeiro, Erika Bernardo da Silva, Izabela Nayara Ricardo, Bianca Passi Mafra
                 Barato, Simone Cristina Castanho Sabaini de Melo. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
                 Palavras-chave: Acesso aos Serviços de Saúde. Atenção Primária à Saúde. Agente Comunitário de Saúde.

                 Introdução: O acesso aos serviços de saúde, indica um importante atributo da Atenção Primária à Saúde (APS), representando a
                 característica de procura e entrada na rede de atenção à saúde. Objetivo: Descrever o acesso aos serviços de saúde da Atenção
                 Primária à Saúde (APS) sob a ótica dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Método: Trata-se de uma pesquisa transversal e
                 quantitativa, realizada no município de Londrina – PR, no período de janeiro a abril de 2020. A população alvo foi constituída por
                 242 ACSs, distribuídos entre as 51 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, incluindo zona urbana e rural. A coleta de dados
                 se deu por meio da aplicação de um instrumento estruturado e individual, baseado PCAtool, contendo respostas tipo Likert (1 –
                 com certeza, não; 2 - provavelmente, não; 3 - provavelmente, sim; 4 – com certeza, sim; 8 – não sei/não lembro). A pesquisa foi
                 desenvolvida segundo os preceitos éticos, aprovada pelo CAEE: 21617519.0.0000.5231, com o consentimento livre e esclarecido
                 dos participantes e assinatura do termo de sigilo. A análise dos resultados parciais ocorreu pelo Software Statistical Package for
                 the Social Science, utilizando a frequência simples. Resultados: Majoritariamente 72%(n=175) dos ACSs concordam (“com certeza,
                 sim”) em afirmar que as UBSs ficam abertas após às 18 horas em pelo menos um dia da semana e que 75% (“com certeza, sim”)
                 das unidades contêm um telefone para os usuários possam ligar e pedir informações. No que tange à localização da UBS, os
                 participantes referiram que 62% (entre “com certeza, não” e “provavelmente, não”), não demonstram dificuldades para se deslocar
                 do seu domicílio até a UBS e que ainda, 51% (entre “com certeza não” e “provavelmente não”) concordam em dizer que o usuário
                 não necessita de um transporte motorizado devido à localização. Em contrapartida, 29% acreditam que os usuários necessitam de
                 transporte motorizado para se obter o acesso. Com relação ao horário de funcionamento, 54%(n=131) referiram que provavelmente
                 os usuários perdem o turno de trabalho para comparecerem à unidade. Conclusão: Pode-se verificar que, na opinião dos ACSs,
                 os usuários possuem facilidades quanto ao acesso a informações e localização da unidade. No entanto, reforça-se a importância
                 na ampliação quanto aos horários alternativos de atendimento nas unidades por região, gerando um dano menor em seu período
                 laboral.


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