Page 12 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE  EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE



                 DESAFIOS DA GESTÃO DO SUS EM UMA MACRORREGIÃO DO PARANÁ

                 Autores: WENDELL HENRIQUE CÂNDIDO BUENO | Elisangela Pinafo, Stela Maris Santini, Fernanda de Freitas Gonçalves , Brigida
                 Gimenez Carvalho, Elisabete de Fátima Polo de Almeida Nunes. Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

                 Palavras-chave: Gestão em saúde. Descentralização. Saúde pública.
                 Introdução: A gestão do SUS é um compromisso da União, dos Estados, e dos Municípios, que, por meio de seus órgãos
                 gestores,  utilizam vários  instrumentos  de  gestão  que visam  o  aperfeiçoamento  do  sistema  de  saúde.  Com  o  processo  de
                 descentralização, o município tornou-se o principal responsável pela gestão da rede de serviços de saúde e pela execução de
                 tarefas e ações no âmbito da Atenção Básica, além de buscar a garantia do acesso do usuário aos serviços ofertados no SUS.
                 Objetivo: Analisar a percepção dos gestores municipais de saúde sobre os desafios enfrentados na gestão, em municípios de
                 pequeno porte. Método: Trata-se de um subprojeto, fruto de uma pesquisa maior realizada com gestores de Municípios de
                 Pequeno Porte (MPP) da Macrorregião Norte do Paraná. O presente estudo fez um recorte dos dados qualitativos coletados
                 e analisados por meio de entrevista com roteiro semi-estruturado e grupo focal/curso, no período de agosto de 2013 a julho
                 de 2015. Submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da UEL com parecer n. 146/2012, de acordo com a resolução 196/96.
                 Resultados: Dentre os enfrentamentos apontados observou-se que a rotatividade entre os gestores, entre os cargos de gestão
                 (equipe gestora), são fragilidades para a continuidade de um plano de gestão. Por se tratar de cargos de indicação do poder
                 executivo, conforme ocorrem as mudanças políticas existe certa instabilidade e não fixação das pessoas nestes cargos. Outro
                 desafio enfrentado consiste nas pactuações e no acesso aos serviços de média e alta complexidade. Existe uma falha, ou vazio
                 assistencial que prejudica a oferta de serviços de média e alta complexidade em alguns locais, o que repercute diretamente
                 na qualidade e continuidade da assistência à saúde aos usuários do SUS. O município se vê sozinho, sem a ajuda do estado e
                 da união para a provisão dos serviços mais complexos. Conclusão: Os desafios enfrentados nos municípios pequenos também
                 são realidades enfrentadas por outros municípios maiores e revelam as fragilidades que o SUS precisa enfrentar. Torna-se
                 necessário  que  os  municípios  se  unam  em  redes,  compartilhem  serviços,  façam  pactuações, visando  ampliar  a  oferta  de
                 serviços de média e alta complexidade, para que o enfrentamento dos problemas seja de forma coletiva e compartilhada. O
                 nível estadual e federal também necessita auxiliar os municípios na provisão de serviços de média e alta complexidade.




                 ATENÇÃO SECUNDÁRIA EM SAÚDE: DESAFIOS E PROPOSIÇÕES PARA A OFERTA DA
                 INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA

                 Autores: JOÃO FELIPE MARQUES DA SILVA | Edinalva de Moura Ferraz, Brígida Gimenez de Carvalho, Fernanda de Freitas Mendonça ,
                 Silvia Karla Azevedo Vieira Andrade, Stela Maris Lopes Santini. Instituição: Universidade Estadual de Londrina - UEL

                 Palavras-chave: Atenção Secundária. Integralidade. Regionalização.
                 Introdução: O sistema público de saúde brasileiro tem como princípios a integralidade da assistência e a regionalização de
                 serviços, organizados por meio de redes de atenção. Na constituição dessa rede, a atenção secundária ambulatorial, mesmo
                 concentrando expressiva importância na garantia do direito à saúde dos cidadãos, tem representado um problema de grande
                 relevância, constituindo-se em um desafio para a organização da atenção em saúde, seja no campo da gestão ou no campo
                 da assistência, no Brasil, assim como em outros países. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar desafios e propor
                 estratégias para efetivar a oferta da atenção secundária ambulatorial no Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Trata-se
                 de um estudo qualitativo, exploratório, desenvolvido na macrorregião norte do Estado do Paraná. A coleta de dados deu-
                 se por meio de entrevistas semiestruturadas, com a participação de gestores públicos e privados, e de outros sujeitos que
                 compõem a rede assistencial e de gestão da região entre os anos de 2016 e 2017. Os dados foram organizados por meio da
                 análise de discurso, com apoio do referencial de análise de políticas. Quanto às questões éticas, a pesquisa foi aprovada pelo
                 Comitê de Ética da instituição o qual os pesquisadores estão vinculados. Resultados: Evidencia-se uma expressiva demanda
                 para esta fração da assistência na região analisada, sendo ofertada majoritariamente por instituições privadas. Sua elevada
                 demanda está atrelada à baixa resolutividade da atenção primária em saúde e à um ineficaz sistema de comunicação entre os
                 diferentes pontos de atenção. Outros desafios destacados neste fenômeno são: a falta de solidariedade e de compartilhamento
                 de responsabilidades entre os entes; fragilidades dos entes municipais; assimetrias de poder entre gestores públicos e privados;
                 o frágil planejamento integrado e regionalizado; o subfinanciamento do sistema; o incipiente sistema regulatório; e interferências
                 políticas. Conclusão: Para organização da oferta integral das ações e serviços de saúde, um dos requisitos primordiais é a
                 qualificação da assistência nos diferentes pontos de atenção que compõe a rede, legitimando seus atributos. Além disso, para
                 superar os desafios para oferta da atenção secundária em saúde se faz necessário fortalecer a cooperação entre os entes,
                 viabilizando políticas de saúde coerentes com a necessidade coletiva.


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