Page 16 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE
PERCEPÇÃO DE DISTÚRBIO DE VOZ RELACIONADO AO TRABALHO EM
PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO E FATORES OCUPACIONAIS
ASSOCIADOS
Autores: MICHELLE MOREIRA ABUJAMRA FILLIS | Arhur Eunmann Mesas, Selma Maffei de Andrade, Douglas Fernando Dias,
Francine Nesello Melanda, Alberto Durán González. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Voz. Professor. Saúde do trabalhador. Condições de trabalho. Ensino fundamental e médio.
A profissão de professor é considerada de alto risco para a presença do distúrbio de voz. Além das características do
vínculo de trabalho, como carga horária e quantidade de alunos por sala de aula, certas condições estruturais da escola,
a exposição a cargas físicas e psíquicas e o risco de sofrer violência escolar são aspectos que merecem destaque na
prevenção e no tratamento de problemas vocais. Objetivos: Analisar a associação entre fatores ocupacionais e percepção
de distúrbio de voz em professores de escolas públicas estaduais Metodologia: Estudo longitudinal, realizado mediante
entrevistas de 427 professores atuantes em escolas estaduais de Londrina, PR, analisados inicialmente em 2012-13 e, em
uma segunda ocasião, após 24 meses. A mediana de idade foi de 44 anos, e 65,8% dos professores eram do sexo feminino.
A manutenção/piora de percepção de distúrbios de voz frequentes (PDVF) foi de 19,7% após o período de seguimento, e
tal condição associou-se ao sexo feminino, idade mais elevada, trabalhar em um só local, tempo de profissão maior que 12
anos, sentir-se afetado pela exposição ao pó de giz, não se sentir realizado profissionalmente e referir exposição a insultos
e violência física. Após análise ajustada por sexo e idade, associou-se ao GPDVF a percepção de não realização profissional
e a exposição a insultos e violência física. Este estudo conclui que um de cada cinco professores mantiveram ou pioraram
a percepção de distúrbio de voz após 24 meses de seguimento, e evidenciou que a insatisfação profissional e a exposição
a condições adversas do trabalho, como a violência, são fatores de risco para a percepção de distúrbio de voz frequentes.
CORRELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE
PACIENTES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATENDIDOS NA REDE PÚBLICA
DE PRESIDENTE PRUDENTE
Autores: JUZIANE TEIXEIRA GUIÇA | Dayane Cristina Queiroz, Luana Fróes Losnak, Alessandra Madia Mantovani Fabri, Izabela dos
Santos Ferro, Jamile Sanches Codogno. Instituição: Faculdade de Ciências e Tecnologia- UNESP Campus Presidente Prudente
Palavras-chave: Qualidade de vida. Composição corporal. Doenças cardiovasculares.
Introdução: O aumento na incidência de doenças crônicas, principalmente as de ordem cardiovascular, tem sido causada,
principalmente, por mudanças no estilo de vida que podem levar a modificações na composição corporal, podendo afetar
a qualidade de vida e gerar custos elevados para a saúde pública. Objetivo: Avaliar a correlação entre qualidade de vida e
composição corporal de pacientes com doenças cardiovasculares atendidos na rede pública de Presidente Prudente - SP.
Métodos: O estudo contou com a participação de pacientes atendidos pelo Hospital Regional da cidade de Presidente
Prudente, com idade entre 35 a 75 anos, de ambos os sexos, diagnosticados com uma ou mais doenças cardiovasculares.
Para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o questionário do grupo EuroQol EQ-5D, através da Escala Analógica Visual
(EAV), a escala varia entre o número 0 (pior estado de saúde) e o número 100 (melhor estado de saúde), o participante
pode relatar o valor que achar adequado para sua saúde, dentro desse intervalo. Quanto à composição corporal, após a
entrevista os pacientes passaram por profissionais capacitados para avaliação do Índice de Massa Corpórea (IMC) (através
das medidas de peso e estatura) e Circunferência de Cintura (CC). Para análise estatística, foi utilizado o teste de correlação
de Pearson realizada no software Stata versão 16, e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram avaliados
307 pacientes (160 homens e 147 mulheres) com média de idade de 54,38 (8,29). O IMC médio foi de 30,39 (5,71) kg/m2
e a média da CC foi de 100,83 (14,85) cm. Foi encontrado que quanto maior a CC menor o valor relatado para a EAV (r=-
0,149, p-valor: 0,009), entretanto para o IMC não foi encontrada diferença significativa (-0,108, p-valor: 0,060). Conclusão:
Indivíduos com medidas de circunferência de cintura aumentada apresentam menores pontuações em relação a seu
estado de saúde. Assim, estratégias voltadas para diminuição de gordura corporal central podem contribuir para a melhora
da qualidade de vida.
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