Page 19 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
P. 19
EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE
PERSPECTIVA ENTRE EXPECTATIVA DE VIDA E CUSTOS PARA O SUS DO PACIENTE
DIABÉTICO COM ALTO RISCO CARDIOVASCULAR FRENTE AOS RESULTADOS DO MACC
Autores: AMELIA MIKAMI ORIKASA | Hugo Marcos Conte da Silva, Priscila Hitomi Nagata Maeoka. Instituição: CISMEPAR - Consórcio
Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema
Palavras-chave: Alto risco cardiovascular. Diabetes. Condições crônicas.
Esse trabalho contém resultados obtidos no programa MACC (MODELO DE ATENÇÃO EM CONDIÇÕES CRÔNICAS –
HIPERTENSÃO E DIABETES) no CISMEPAR evidenciando nossa impactação positiva à perspectiva de vida de nossos pacientes
gerando um menor custo financeiro para o Sistema Único de Saúde.A expectativa de vida das pessoas com diabetes tipo 2 e
doença cardiovascular prévia é em média, até doze anos inferior, sendo que aproximadamente 50% das mortes em pessoas com
diabetes tipo 2 são causadas por doença cardiovascular.Assim sendo, realizamos o acompanhamento e traçamos metas aos
pacientes diabéticos usando os parâmetros da Hemoglobina Glicada. Esse exame é realizado através de uma coleta de sangue
e nos dá a média da Glicemia dos últimos 3 meses do paciente. Os valores referenciais vão de 4% à 12% sendo respectivamente
correspondentes à glicemia de 65 à 345; sendo o ideal entre 5 à 7%. Estudos comprovam que a cada 1% de diminuição na
Hemoglobina Glicada reduz-se em 21% os óbitos relacionados ao diabete, 14% dos Infartos, 43% das amputações, entre outras
complicações que poderiam ser citadas como o AVC e lesões renais. Lembrando também que essas reduções, enxugam também
os custos do SUS, que por exemplo, tem como custo médio nacional de atendimento hospitalar para o AVC de R$ 1,5 bilhões.
Sabendo disso, coletamos dados dos nossos próprios pacientes nos últimos 12 meses para analisar quanto estamos impactando
na vida dos mesmos. Tivemos uma taxa de sucesso na redução da Hemoglobina Glicada em 85% dos nossos pacientes. Sendo a
média de diminuição de aproximadamente 2% nos valores referenciais. Isso significa que conseguimos reduzir em 86% a chance
de um dos nossos pacientes se submeter a uma amputação, em quase 30% de sofrer um Infarto e em 42% a taxa de óbitos em
geral. Traduzindo em valores e em nível nacional, o programa MACC gera um ótimo impacto na expectativa e qualidade de vida
dos pacientes e uma enorme economia aos cofres públicos. Frente à essa realidade, o MACC tem prosperado em sua missão,
aina que não plenamente e com muitos desafios a serem superados, no entanto com um olhar otimista tanto no presente quanto
no futuro.
COMSUS: PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO AMBULATORIAL
ESPECIALIZADA NO PARANÁ
Autores: JACKELINE DA ROCHA VASQUES | Juliana Istchuk Bruning de Oliveira, Marise Gnatta Dalcuche, Felipe Assan Remondi, Carolina
Belomo de Souza, Regina Paula Guimarães Vieira Cavalcante da Silva. Instituição: Secretaria de Estado da Saúde
Palavras-chave: Atenção Secundária. Condições crônicas. Gestão em saúde.
Na busca pela melhora da organização dos sistemas de saúde e seus resultados, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
(SESA) implantou, em 2012, o COMSUS, um programa de qualificação da atenção ambulatorial secundária para melhor gestão,
qualidade e segurança do cuidado oferecido aos usuários. O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência da organização
estadual para a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) a partir do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC)
implantados por meio do COMSUS. Trata-se de um estudo descritivo da implantação do COMSUS no Paraná, com base em
análise documental do COMSUS e do MACC entre 2012 e 2019. O COMSUS possui três eixos: 1) investimento em infraestrutura
e equipamentos, 2) incentivo financeiro para o custeio das ações e 3) a qualificação do corpo técnico e gerencial. Os Consórcios
Intermunicipais de Saúde (CIS) representam uma importante estratégia da AAE. O Paraná conta com 24 CIS e destes, 22 (92%) CIS
aderiram ao COMSUS. Até 2019, 12 (55%) dos CIS receberam incentivo de investimento para estrutura física e 22 (100%) dos CIS
receberam investimento para aquisição de equipamentos. O incentivo de custeio tem como base a população de abrangência
e a capacidade instalada, sendo 40% deste valor fixo e 60% variável. Em 2014 foi realizado curso para os gestores dos CIS
posicionando-os nas redes de atenção à saúde prioritárias do Estado, foi introduzido o Modelo de Atenção às Condições Crônicas
(MACC) e as tecnologias de gestão da clínica nos Centros de Especialidades do Paraná (CEP). Os indicadores apontam que a
implantação do MACC, inicialmente nos CIS piloto (Maringá e Toledo), contribuiu com a melhoria significativa na estabilização da
pressão arterial e hemoglobina glicada dos hipertensos e diabéticos de alto risco atendidos, bem como a redução da mortalidade
materna e infantil de crianças menores de um ano de risco intermediário e alto. O COMSUS tem contribuído para a organização da
AAE e implantação do MACC, porém para que seja efetivo na integração entre APS e AAE e reorganização da Rede de Atenção
à Saúde, observa-se a necessidade de melhoria no seu instrumento de avaliação, mais investimentos financeiros e implantação
de um sistema de monitoramento de indicadores de processo e resultado para todas as linhas de cuidados atendidas no MACC,
mensurando assim, a efetividade, a eficácia e a eficiência dos serviços.
18