Page 14 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE
O PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS USUÁRIOS QUE INTERROMPERAM O
TRATAMENTO NO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM ÁLCOOL E OUTRAS
DROGAS DE JOINVILLE/SC NOS ANOS DE 2016-2018
Autores: ANDREA HEIDEMANN | Maria Eduarda de Souza. Instituição: Instituto Federal de Santa Catarina
Palavras-chave: Saúde mental. SUS. Interrupção de tratamento.
O presente estudo tem como temática principal o perfil socioeconômico dos usuários que interromperam o tratamento
no Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras Drogas de Joinville/SC nos anos de 2016 – 2018. O CAPS AD é uma
unidade de saúde pública regida pela Secretária Municipal de Saúde de Joinville, sendo um serviço específico para pessoas
com abuso e dependência de álcool e outras drogas. O trabalho se concretiza como pesquisa quantitativa, sendo a coleta
de dados por meio de pesquisa documental, cujo qual utilizou os prontuários dos usuários nos anos de 2016 a 2018. Após
a análise dos dados, foi possível verificar em linhas gerais que, o perfil geral dos usuários que interromperam o tratamento,
caracterizou-se como: adulto, idade entre 30 a 49 anos, masculino, cor/raça branca, solteiro, somente com um filho, reside
com a família, apresenta patologia na família, como abuso de substância, com fundamental incompleto, desempregado,
autônomo, natural de Joinville, em situação de rua, localizado na região sudeste, tabagista, fazendo consumo abusivo
de álcool, utilizando somente uma substância, já foi internado em clínica terapêutica, realizou de duas a cinco consultas
antes de interromper o tratamento, e é procedente de demanda espontânea. Através das informações obtidas foi possível
sugerir melhorias como, sensibilizar os profissionais envolvidos no atendimento quanto a importância do preenchimento do
prontuário de forma clara e completa; o investimento na digitalização dos prontuários antigos e a manutenção dos atuais;
cuidado com a atualização cadastral e reforçar a importância do trabalho de rede efetivando, assim, a referência e a contra-
referência na busca incessante de manter o usuário no serviço e, assim, alcançar sucesso no tratamento.
ESTUDO DA AMBIÊNCIA HOSPITALAR NA PERSPECTIVA DOS TRABALHADORES DE
UM HOSPITAL ESCOLA UNIVERSITÁRIO
Autores: ROSELY JUNG PISICCHIO | Amanda Araújo. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Ambiência hospitalar. Saúde mental. Humanização.
Esse estudo procura compreender o trabalho e os sentimentos mobilizadores dele na Central de Materiais Esterilizados
(CME) de um hospital escola, partindo de um diagnóstico qualitativo da ambiência hospitalar. No cotidiano Hospitalar,
observa-se que os espaços, embora sendo os mesmos estruturalmente, modificam-se a cada momento, de acordo
com a atuação humana e as intervenções de saúde que se processam continuamente. O modo como às atividades são
organizadas, os protocolos, as formas de relacionamento e a integração são incentivados pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) no sentido de promover funcionários com uma formação qualificada e ativa, com vistas no atendimento humanizado.
Para o Programa Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, Ambiência refere-se ao tratamento dado ao espaço
físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atuação acolhedora,
resolutiva e humana. (BRASIL, 2008, p.5). Assim, como metodologia de pesquisa, foram realizadas observações participantes
e entrevistas semi-estruturadas com funcionários de todos os períodos da Central de Materiais Esterilizados (CME-HU), no
sentido de entender e de obter o máximo possível de pontos de vista. As respostas foram categorizadas e separadas em 03
eixos de análise: sentidos e significados do trabalho, como eixo um; o de confortabilidade, organização e ambiência, no eixo
dois, e por último, o terceiro eixo; mudanças e ações. A avaliação da ambiência destacou que no eixo um; os funcionários
afirmam gostar muito do trabalho que realizam, seus sentidos se ligam a importância das atividades que desenvolvem
para o hospital e usuários. No eixo confortabilidade, há necessidades de mudanças no setor de expurgo e também
problemas gerados pela falta de pessoas ocorrendo stress e dificuldades nos relacionamentos interpessoais, muitas vezes
ocasionadas pelo controle e demanda com que necessitam entregar o serviço. No último eixo aponta-se a importância
da valorização interna e externa, já que muitos setores desconhecem o que a CME realiza. Esse desconhecimento cria
uma falta de identidade no setor de materiais. Assim as pesquisadoras pretendem propiciar discussões e melhorias no
planejamento da CME como um todo, além de discutir sua missão e visão junto ao hospital. Propiciar espaços de fala,
ações e intervenções que visem melhorias na qualidade de vida dos trabalhadores, na humanização e em todo processo
de ambiência no setor pesquisado.
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