Page 10 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
P. 10

EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE  EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE




                   ESTRATÉGIA DE GESTÃO DO TRABALHO NA AÇÃO CONSORCIADA EM SAÚDE: UM
                   REFORÇO PARA AS TECNOLOGIAS LEVES

                   Autores: ROSSANA BADUY | Silvia KarlaAzevedo Vieira Andrade, VALERIA MENDONÇA BARREIROS. Instituição: CISMEPAR

                   Palavras-chave: Gestão em saúde. Tecnologias em saúde.
                   O consórcio público de saúde é uma ferramenta de apoio à gestão municipal, que atua por meio da ação coletiva entre os
                   gestores de saúde, desenvolvendo programas e políticas públicas que atendam às necessidades do território. Sua principal
                   característica de trabalho é colocar em relação interesses técnicos e políticos diversos e as ferramentas de trabalho dos
                   programas, em geral, são as tecnologias duras e leve-duras, uma vez que oportuniza a realização de consultas médicas,
                   exames  diagnósticos,  procedimentos  cirúrgicos,  plantões  de  urgência  e  emergência,  entre  outros.  Essas  ferramentas
                   conferem ao cenário de atuação do consórcio um desequilíbrio, surgindo como grande necessidade a estruturação de
                   espaços dialógicos e de reflexão dos trabalhadores acerca de suas práticas. Como estratégia para oferecer respostas à essa
                   necessidade, o consórcio, por meio de sua Escola de Saúde, implantou um evento científico, a ser repetido anualmente,
                   que reúne os trabalhadores de saúde atuantes no âmbito de sua ação consorciada. O intuito foi enriquecer as rotinas de
                   trabalho e promover a integração entre os trabalhadores de diferentes áreas de atuação no serviço, por meio da inscrição
                   e apresentação de trabalhos em um colóquio. O 1º Colóquio do Cismepar pensado como um encontro onde as pessoas
                   pudessem olhar para si mesmas, refletir sobre o próprio processo de trabalho, compartilhar o que fazem, como fazem,
                   seus desafios e sonhos, de forma que as tecnologias leves ganhassem espaço, uma vez que elas permeiam o trabalho
                   do cotidiano todo o tempo, embora sejam imperceptíveis e proporcionar a organização de uma identidade coletiva. O
                   Colóquio teve setenta trabalhos inscritos e apresentados em forma de rodas de conversa e conduziu os participantes a um
                   processo de construção de seus trabalhos, passando de relatos de expectativas diferentes, dúvida sobre a importância de
                   sua participação e receio acerca de sua capacidade de produção acadêmica à um novo panorama misto de confiança, auto
                   realização, auto valorização e reconhecimento da importância de seu trabalho para a região de saúde, entendimento acerca
                   das limitações do outro, ânimo e empolgação para mudar. Ademais, como resultados complementares, registrou-se ainda
                   a integração ensino-serviço, entre os gestores de saúde, trabalhadores do consórcio, alunos e docentes de dois programas
                   de pós graduação da universidade pública do território.






                   PERFIL DO ABSENTEÍSMO-DOENÇA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA SECRETARIA
                   DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL NO ANO DE 2019


                   Autores: GÉSIA MARGARIDA NEIVA RABELO | Leonardo Pereira Mello, Daiane Carle de Souza Santos, Gledes José Ferreira, Hélida
                   Gonçalves Rodovalho Vaz, Ana Paula Delgado de Lima. Instituição: Governo do Distrito Federal

                   Palavras-chave: Absenteísmo-doença. Profissionais de saúde.
                   A exposição dos profissionais de saúde aos diversos agentes nocivos pode comprometer a integridade física, gerando o
                   afastamento destes servidores. O objetivo deste trabalho é analisar o absenteísmo-doença nos profissionais da Secretaria
                   de  Estado  de  Saúde  do  Distrito  Federal  durante  o  ano  de  2019.  Os  dados  foram  obtidos  do  Sistema  Único  de  Gestão
                   de Recursos Humanos e analisados em planilhas eletrônicas do Software Microsoft Excel. Os índices de frequência de
                   licença, duração e frequência de trabalhadores afastados foram calculados conforme recomendação do Subcomitê de
                   Absenteísmo da Comissão Internacional de Saúde Ocupacional – ICOH. As variáveis analisadas foram as licenças médicas
                   por mês, dias afastados, cargo, carreira, categoria, tempo de serviço, sexo, faixa etária e motivo do afastamento por capítulo
                   da  Classificação  Internacional  de  Doenças  –  CID  10.  No  ano  analisado,  15.469  servidores  se  afastaram  por  motivo  de
                   saúde, gerando 592.771 dias de afastamentos. Foram concedidas 40.651 licenças. O índice de frequência de licenças foi
                   de 1,23, o de duração foi de 17,92 e a frequência de trabalhadores afastados foi de 0,47 no ano. Os enfermeiros (1,54) e os
                   cirurgiões dentistas (1,50) tiveram maior índice de frequência. Dentre as causas de afastamento por motivo de saúde, os
                   Transtornos Mentais e Comportamentais (18,97%) e as doenças do Sistema Osteomuscular e do Tecido Conjuntivo (16,64%),
                   se destacaram com maior percentual de licenças. Os índices encontrados neste estudo fornecem informações importantes
                   para viabilizar intervenções que promovam e protejam a saúde destes servidores.




                                                                                                               9
   5   6   7   8   9   10   11   12   13   14   15