Page 11 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE

EIXO: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO NA SAÚDE

UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS E O PROCESSO DE
REABILITAÇÃO

Autores: GABRIELA THAÍS DA SILVA | Priscila Zem. Instituição: Hospital Darcy Vargas - Unidade de Cuidados Continuados Integrados

Palavras-chave: Reabilitação. Unidade de cuidados continuados. Multiprofissional.
Este relato de experiência tem como intuito discorrer sobre uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) em um
município do interior do Paraná e a atuação de sua equipe multidisciplinar com os internos. O que se observa na atualidade é
a falta de serviços de apoio à recuperação da funcionalidade e continuidade de cuidados de reabilitação integral e promoção
de autonomia dos sujeitos. Devido a isto, e em um cenário crescente de demandas de cuidado às pessoas em situação de
fragilidade, acometidas por doenças crônicas, patologias múltiplas e dependência funcional foi instituído a rede de Cuidados
Continuados Integrados com o apoio do governo Federal e Estadual. A UCCI é um modelo em que propõe um novo conceito
de cuidados de saúde de curta e média permanência, entre a alta hospitalar e a atenção primária dos usuários. Que busca a
reabilitação além do enfoque físico e restrito a uma categoria profissional, pois compreende que estratégias de adaptação para
as anomalias podem promover o estabelecimento de uma nova norma funcional para o individuo, minimizando, assim, seu
sofrimento, e que as indigências da reabilitação vão muito além do saber biomédico. Por isso quando se fala em reabilitação,
trabalha-se com a função perdida, com a autonomia, com questões psicológicas e com os familiares/cuidadores acerca do
diagnóstico e acometimentos. A UCCI experienciada conta, hoje, com 22 leitos, em que admite usuários de seis regionais
do estado do Paraná. Nesta Unidade em questão, o usuário recebe assistência nas áreas da Fisioterapia, Fonoaudiologia,
Assistência Social, Psicologia, Nutrição, Medicina, Farmácia e de Enfermagem. Todos estes profissionais tem contato com os
usuários, independente de sua demanda de saúde, em que realizam acolhimento, escuta qualificada, desenvolvem atividades
individuais e coletivas, preconizando práticas de reabilitação com viés da promoção da saúde, do vinculo profissional-usuário,
do cuidado humanizado, integral e horizontal, em que busca a recuperação e bem estar bio-psico-social do individuo. Para
a manutenção de tais práticas, semanalmente realizam-se reuniões, com a equipe multidisciplinar, para discutir o processo
terapêutico e o plano terapêutico singular (PTS) do interno. Conclui-se com esta experiência a necessidade de investimentos
e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e na formação dos profissionais da saúde para a saúde coletiva e atuação
no SUS.

A RELAÇÃO FEDERATIVA COMO CAMINHO PARA CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE
REGIONALIZAÇÃO NO SUS

Autores: SILVIA KARLA AZEVEDO VIEIRA ANDRADE | Fernanda de Freitas Mendonça. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave: Regionalização. Planejamento e gestão em saúde. Cooperação.
A regionalização é um os maiores desafios para o sistema público de saúde desde a descentralização. Para a consolidação do
processo de regionalização, a relação federativa torna-se uma ferramenta essencial, em meio aos desafios atuais do sistema
público de saúde. Um desses desafios é a desvalorização dos espaços de deliberação e a verticalização no processo de
tomada de decisão, que marcam uma relação de submissão e pouca autonomia aos entes federativos subnacionais. Nesse
sentido, a regionalização é um dos fatores mais importantes para estruturar os espaços democráticos, permitindo subsidiar
a construção de uma identidade regional, por meio de estratégias dialógicas e da cooperação. Este estudo visa identificar
e entender as estratégias de cooperação, se presentes ou potenciais de práticas da regionalização por meio da relação
federativa e propor o compartilhamento destas experiências entre os entes dos diferentes territórios. A pesquisa possui
abordagem qualitativa, exploratória e intervencionista e foi submetida ao processo de aprovação do comitê de ética. O caminho
metodológico contempla a coleta de datas pelos questionários aplicados durante um curso de extensão de sessenta horas
desenvolvido por meio de oficinas e rodas de conversa. Os participantes são gestores municipais de cinco regiões de saúde
do norte do Paraná, organizados em pequenos grupos. Depois disso, alguns dos participantes do curso serão convidados para
entrevistas complementares com roteiros semiestruturados. A metodologia adotada para a análise dos resultados será a análise
do discurso. Após identificar e categorizar as iniciativas, elas serão compartilhadas entre os participantes através de oficinas
para a disseminação do conhecimento e a aproximação de realidades distintas entre as regiões de saúde. Dessa forma, os
resultados esperados do estudo são permitir o fortalecimento do processo de regionalização nos territórios e contribuir para o
estabelecimento de uma nova ordem na relação federativa, impulsionando um processo democrático de tomada de decisão,
por meio da cooperação e solidariedade.

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