Page 65 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES COM OSTEOARTRITE DE JOELHO:
ESTUDO TRANSVERSAL COM A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,
INCAPACIDADE E SAÚDE
Autores: GABRIELLE WATERMANN VIEIRA | Aline Cristiane Binda, Andersom Ricardo Fréz, Bruna Aparecida Metinoski Bueno. Instituição:
Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: Joelho. Osteoartrite. Classificação Internacional de funcionalidade.
Introdução: A osteoartrite de joelho é uma patologia comum que atinge a população mundial, causando vários déficits na vida
funcional da pessoa. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), proposta pela Organização
Mundial de Saúde permite classificar a funcionalidade e as incapacidades com uma abordagem multidimensional. Objetivos:
Avaliar a funcionalidade dos pacientes com osteoartrite de joelho por meio da versão abreviada do core set da CIF. Métodos:
Foi realizado um estudo observacional transversal na Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste
(UNICENTRO), em Guarapuava, Paraná. O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética da UNICENTRO, parecer 101.689. Foram
incluídos pacientes com diagnóstico clínico de osteoartrite de joelho, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos.
Foram excluídos indivíduos com amputações, malformações congênitas e/ou adquiridas distais ao joelho ou com histórico de
fratura de joelho. Para avaliar a funcionalidade foi utilizada a versão abreviada do core set da CIF para osteoartrite de joelho.
Este core set possui 16 categorias dos componentes “funções do corpo”, “atividade e participação” e “fatores ambientais”. Para
quantificar a funcionalidade serão utilizados os qualificadores da CIF. Para as variáveis quantitativas contínuas a análise foi feita
por cálculo da média e desvio-padrão e para as quantitativas categóricas foram calculadas as frequências absolutas e relativas.
Resultados: Foram avaliados 40 pacientes (35 mulheres, 87,5%), com idade média de 67,2±5,9 anos. Em nove categorias da CIF
mais de 65% da amostra relatou algum grau de deficiência: b134 funções do sono, b152 funções emocionais, b710 funções de
mobilidade das articulações, b715 funções da estabilidade das articulações, b730 funções da força muscular, b735 funções do
tônus muscular, d410 mudar a posição básica do corpo, d430 levantar e transportar objetos e e540 serviços, sistemas e políticas
relacionados com o transporte. Para as demais categorias a maioria da amostra (>50,0%) não relatou comprometimento: d455
deslocar-se d470 utilização de transporte, d530 cuidados relacionados com os processos de excreção, d640 realizar as tarefas
domésticas, d920 recreação e lazer, e320 amigos e e355 profissionais da saúde. Conclusão: A amostra avaliada apresentou
diversos comprometimentos funcionais, os quais refletem em dificuldades em diversos âmbitos de vida.
CONSUMO DE SUPLEMENTOS E ANABOLIZANTES PARA O ESPORTE ENTRE OS
UNIVERSITÁRIOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Autores: RAUL GOMES AGUERA | Thais dos Reis Freitas, Renata Sano Lini, Deborah Thais Palma Scanferla, Simone Aparecida Galerani
Mossini. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Suplementos. Anabolizantes. Universitários.
Introdução: Atualmente é comum o uso de substâncias químicas, como suplementos e anabolizantes, na busca de condicionamento
físico, estética, emagrecimento, força ou vida saudável. O consumo indiscriminado pode acarretar efeitos prejudiciais à saúde de
quem os consome. Estudos evidenciam o uso dessas substâncias por acadêmicos de Educação Física, o que aumenta a chance
dos mesmos indicarem o uso aos seus alunos, mesmo que não sejam capacitados para isso. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar
as características do consumo de substâncias químicas para o esporte entre os universitários de um Curso de Educação Física
em uma universidade pública. Método: Estudo transversal, envolvendo 235 acadêmicos do curso de Educação Física em uma
universidade pública, matriculados no ano letivo de 2019. Os participantes responderam a um questionário estruturado sobre o
uso de suplementos e anabolizantes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da instituição (CAAE n° 12076719.5.0000.0104,
parecer nº 3.430.374). Resultados: Observou-se que 56,2% dos participantes faziam uso de suplementos alimentares, sendo 36,4%
do sexo feminino e 63,6% do sexo masculino. Em relação ao consumo de anabolizantes, 3,4% dos entrevistados relataram o
uso, todos eles do sexo masculino. A fonte do uso de suplementos e anabolizantes foi a auto indicação por grande parte dos
respondentes. Foram relatados efeitos colaterais, devido ao consumo, pelos participantes. Observou-se que os homens utilizam
mais suplementos em relação às mulheres, e que os estudantes na faixa de 17 a 20 anos utilizam mais suplementos quando
comparados com a faixa de 21 a 25 anos. Os indivíduos que praticavam exercícios com frequência igual ou superior de 3 a 5 dias
na semana, utilizam mais suplementos em relação aos que praticavam com menor frequência. Os resultados mostram ainda que
os indivíduos que consideram sua alimentação ruim utilizam mais suplementos quando comparados aos que consideram sua
alimentação ótima. Conclusão: Os dados obtidos evidenciam os padrões de uso de suplementos e anabolizantes pela população
estudada e apontam a falta de informação dos respondentes sobre danos à saúde decorrentes do consumo. O alcance dos
padrões estéticos desejados se sobrepõe ao risco de efeitos colaterais. Evidencia-se a necessidade de maiores estudos buscando
o desenvolvimento de ações eficazes de prevenção e promoção à saúde, focadas no abuso de substâncias químicas para o
esporte junto à população.
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