Page 69 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
PUERICULTURA COMPARTILHADA: UM NOVO OLHAR PARA A SAÚDE DA CRIANÇA
Autores: ANNE CRISTINE BECCHI | Karin Elizabeth Silva Puschel, Amanda Ciappina, Altair Vinicius Gasparetto, Adriana Yuki Izumi,
Valdelice Vaz Coelho. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Puericultura. Saúde da criança.
Caracterização do problema: A equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Casoni, município de Londrina, reestruturou a forma de
acompanhamento da saúde da criança, em especial a Puericultura. Fundamentação teórica: A Puericultura, estratégia de atenção
à saúde da criança, efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático, para avaliação do crescimento e desenvolvimento,
por meio de um conjunto de ações que proporcionam monitorização, avaliação e oportunidade de intervenção precoce quando
identificados danos e agravos que possam interferir no processo saúde/doença da criança. Descrição da experiência: Inicialmente
as crianças e familiares são convidados pelos agentes comunitários de saúde (ACS). A puericultura foi estruturada para atender as
crianças desde o nascimento até 1 ano de vida. Acontece em formato de grupo, de forma compartilhada por diferentes saberes. As
crianças são avaliadas através da antropometria, avaliação do estado nutricional e verificação da situação vacinal. Na sequência é
realizado a educação em saúde, sendo abordado um tema a cada mês. No 1º mês, a enfermagem e o médico realizam orientações
sobre classificação de risco, aleitamento materno e desenvolvimento neuropsicomotor. A psicóloga orienta sobre o vínculo mãe e
filho no 2º mês. O farmacêutico no 3º mês, explica quanto ao uso de medicamentos e primeiros socorros. No 4º e 9º mês a enfermeira
aborda os cuidados e prevenção de acidentes. A importância do aleitamento materno e instruções sobre a introdução alimentar é
no 5º mês com a profissional nutricionista. No 6º mês o médico reavalia a criança. Com 7 meses a fisioterapeuta aconselha sobre os
estímulos do desenvolvimento neuropsicomotor. No 8º mês a equipe de odontologia aborda os cuidados com a saúde bucal. Quando
a criança completa 11 meses o profissional de educação física explica sobre a importância do brincar, os riscos da exposição as mídias
eletrônicas e o desenvolvimento neuropsicomotor infantil. E no 12º mês o profissional médico faz nova reavaliação finalizando o ciclo
da puericultura compartilhada. Efeitos alcançados: O atendimento à saúde da criança foi fortalecido e o processo de trabalho em
equipe valorizado. A integralidade da atenção e cuidado envolvendo os profissionais e familiares tem produzido uma assistência mais
eficaz e de qualidade. Recomendações: O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil de forma compartilhada
deve estruturar a Atenção à Saúde da criança nos serviços básicos de saúde.
QUALIDADE DO SONO E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES DO PROGRAMA SAÚDE
DA COLUNA.
Autores: SORAYA GEHA GONÇALVES. Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Sono. Transtornos mentais. Qualidade de vida.
Introdução: O sono é um importante determinante da saúde e reconhecido como um problema comum de saúde pública. Sendo
uma necessidade humana básica, o sono representa um processo diário de restituição e recuperação fisiológica. A qualidade
e quantidade do sono pode ser afetada por vários fatores de influências fisiopatológicas, psicológicas, comportamentais,
ambientais, culturais e sociais, com amplos impactos negativos na saúde. A avaliação da qualidade do sono vem sendo feita por
diferentes instrumentos e em especial pelo Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). Um dos itens desse instrumento questiona,
especificamente, sobre a avaliação subjetiva da qualidade do sono e alguns autores têm utilizado uma única pergunta para
efetuar essa avaliação. Objetivo: Identificar a prevalência da qualidade do sono e fatores associados em mulheres participantes
do programa saúde da coluna, Londrina/ PR. Método: Estudo transversal de abordagem quantitativa foi realizada nos grupos
das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Ideal, Mister Thomas e Novo Amparo pertencentes ao município de Londrina/PR. A
coleta de dados foi composto por um questionário autoaplicável, contendo questões relacionadas a variáveis sociodemográfica
e saúde mental. A variável dependente do estudo foi autoavaliação do sono, construída a partir da questão “Durante o último
mês, como você classificaria a qualidade do seu sono de uma maneira geral? ”. Foram agrupadas as alternativas muito boa e boa,
formando a categoria melhor qualidade do sono; as respostas ruim e muito ruim compuseram a categoria de pior qualidade do
sono. Resultados: Participaram do estudo 37 mulheres, idade média 65,4±7,9 anos (idade mínima e máxima respectivamente,
48 e 82 anos), possuem companheiro 15 (40,5%), moradia própria 35 (94,6%), escolaridade de nível fundamental 15 (40,5%), não
residem sozinhas 26 (70,3%), com renda de até dois salários mínimos 28 (75,7) e presença de transtornos mentais comuns 11
(29,7%). A prevalência de pior qualidade do sono foi 35,1% e verificou-se associação significativa entre sono e transtornos mentais
comuns (p= 0,002) e moradia (p= 0,048). Conclusão: Conclui-se a necessidade de sensibilizar todos os profissionais da saúde,
frente a importância na prática clínica da avaliação do sono. Dentre as diversas alterações na qualidade do sono podem resultar
no aumento da propensão a distúrbios psiquiátricos e comprometer a qualidade de vida.
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