Page 66 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


                 APROXIMAÇÕES DO TRABALHO DA PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO FÍSICA: RELATO DE
                 EXPERIÊNCIA DE GRUPOS INTERPROFISSIONAIS

                 Autores: DEBORA LYDINÊS MARTINS CORSINO | Edilaine Fungari Cavalcante, Sandra Cristina Cavalli Moisés, Celina Teruko Hokama, Ester
                 Massae Okamoto Dalla Costa, Joice Mara Cruciol. Instituição: Universidade Estadual de Londrina; Autarquia Municipal de Saúde;

                 Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Atividades grupais. Vínculo.
                 Sabe-se que prática regular de exercícios físicos pode melhorar a condição de saúde, e trazer o bem-estar geral para o indivíduo.
                 Entretanto, existem várias barreiras para a aderência de programas de exercícios, como a falta de tempo e/ou de motivação. Um
                 dos facilitadores para a aderência a programas de exercícios é estabelecer vínculos entre os participantes do grupo para fortalecer
                 as relações sociais. Sabe-se que grupos de práticas corporais são uma importante ferramenta para promoção de saúde, e além
                 disso possibilitam a construção de redes de apoio para propiciar saúde mental. Neste trabalho será relatada a experiência de
                 intervenções realizadas com articulação interprofissional, em dois grupos de práticas corporais, que teve por intuito promover
                 coesão grupal e funcionamento coletivo. O trabalho foi desenvolvido no espaço cedido por duas igrejas católicas na área de
                 abrangência da Unidade Básica de Saúde do Lindóia, em Londrina, com a participação integrada de profissionais da Residência
                 Multiprofissional de Saúde da Mulher (RMSM) da Universidade Estadual de Londrina, e do Núcleo Ampliado de Saúde da Família
                 e Atenção Básica (NASF-AB). Os grupos de práticas corporais ocorriam em dois encontros semanais, e em cada encontro era
                 realizado  um  programa  de  exercícios  para  fortalecimento  muscular,  melhora  da  capacidade  aeróbica  e  mobilidade  articular,
                 proposto pelas profissionais de Educação Física. Iniciado em março de 2019, observou-se que os participantes estavam dispersos
                 e receosos com a nova profissional de Educação Física da RMSM. Para promover a interação e vínculo no grupo, propôs-se a
                 atuação integrada da Psicóloga da RMSM em encontros semanais, realizando jogos, atividades e dinâmicas grupais. Com o início
                 das atividades da Psicóloga, além das atividades corporais, também foram proporcionados momentos de descontração, reflexões,
                 inquietações e discussões acerca dos sentimentos. Com essa integração, observou-se maior coesão entre os participantes, maior
                 adesão às atividades e aumento de participantes. Assim, conclui-se que a articulação interprofissional entre as Profissionais de
                 Educação  Física  e  a  Psicóloga  foi  uma  ferramenta  relevante  para  contribuir  com  os  grupos  do  território, visto  que  além  dos
                 benefícios para a saúde biológica, promove-se um espaço de diálogo e escuta no laço social.



                 EFEITO DO TREINAMENTO RESISTIDO E FISIOTERAPIA SOBRE PARÂMETROS
                 MORFOFUNCIONAIS E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOR LOMBAR CRÔNICA
                 ATENDIDOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

                 Autores: RAFAEL PEREIRA DA SILVA | Henrique Izaias Marcelo, Jamile Sanches Codogno, Robson Chacon Castoldi, Everton Alex Carvalho
                 Zanuto. Instituição: Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)

                 Palavras-chave: Treinamento resistido. Fisioterapia. Dor lombar.
                 Introdução: A dor lombar é considerada uma doença incapacitante de alta prevalência social, porém, algumas intervenções não
                 farmacológicas exercem importante fator de prevenção e tratamento. Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento resistido e
                 fisioterapia nos aspectos morfofuncionais e qualidade de vida de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com
                 dor lombar crônica. Métodos: Participaram 15 voluntários de ambos os sexos atendidos pelo SUS, onde eles foram distribuídos
                 em  duas  modalidades  (treinamento  resistido  e  fisioterapia).  Inicialmente  realizou-se  avaliação  composta  por  coleta  de  peso,
                 flexibilidade (banco de Wells), teste de caminhada de 6 minutos (TC 6min), teste de dinamometria de membros inferiores (MMII)
                 e lombar. Aplicou-se também o questionário de Roland-Morris composto por 24 perguntas para verificar a capacidade funcional
                 (CF), escala visual analógica (EVA) levando em consideração somente a região lombar do paciente, e por fim, o questionário de
                 qualidade de vida SF-36 que posteriormente foi estratificado em seus oito domínios. As intervenções tiveram duração de oito
                 semanas e todas as avaliações foram efetuadas em dois momentos (pré e pós). A análise estatística foi descrita utilizando o teste
                 Anova para medidas repetidas e todas as análises foram realizadas no software SPSS versão 25.0 com nível de significância de 5%.
                 Resultados: Observou-se significância no peso (p-valor “tempo”= 0,013/ p-valor “grupo”= 0,672/ p-valor “tempo*grupo”= 0,660),
                 flexibilidade (p-valor “tempo”= 0,002/ p-valor “grupo”= 0,310/ p-valor “tempo*grupo”= 0,660), dinamometria MMII (p-valor “tempo”=
                 0,018/ p-valor “grupo”= 0,958/ p-valor “tempo*grupo”= 0,735), dinamometria lombar (p-valor “tempo”= 0,006/ p-valor “grupo”=
                 0,728/ p-valor “tempo*grupo”= 0,228), TC 6min (p-valor “tempo”= 0,008/ p-valor “grupo”= 0,574/ p-valor “tempo*grupo”= 0,774),
                 EVA (p-valor “tempo”=0,009/ p-valor “grupo”= 0,043/ p-valor “tempo*grupo= 0,802), CF (p-valor “tempo”= 0,002/ p-valor “grupo”=
                 0,026/ p-valor “tempo*grupo= 0,875) e SF-36 (p-valor “tempo”= 0,024/ p-valor “grupo”= 0,046/ p-valor “tempo*grupo”= 0,022).
                 Com relação entre os grupos, não houve diferença estatística. Conclusão: Conclui-se que ambas intervenções melhoraram os
                 aspectos morfofuncionais e qualidade de vida de pacientes com dor lombar crônica atendidos pelo SUS.


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