Page 180 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS: REVISÃO DE
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                     Autores:  JESSICA  CRISTINA  RUTHS  |  FRANCIELLE  BRUSTOLIN  DE  LIMA  SIMCH.
                     Instituição: Universidade Federal do Paraná

                     Palavras-chave: Estratégias Locais; Órgãos dos Sistemas de Saúde; Vigilância em saúde
                     Pública.
                     O Brasil é um dos países que mais consome agrotóxicos no mundo e o número de estudos
                     que  identificam  e  acompanham  ações  de  saúde  voltadas  para  populações  cronicamente
                     expostas  ainda  é  incipiente.  Objetivou-se  identificar  as  ações  de  vigilância  em  saúde
                     orientadas para populações expostas a agrotóxicos implantadas no Brasil. Como instrumento
                     metodológico, optou-se pela revisão de Escopo, norteada pela Preferred Reporting Items for
                     Systematic  reviews  and  Meta-Analyses  extension  for  Scoping  Reviews.  O  levantamento
                     bibliográfico foi realizado em setembro de 2020, nas bases de dados Web of Science (WOS),
                     Scopus, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo, Cochrane e Pub Med. Foram empregados
                     os descritores “Public Health Surveillance”, “Agrochemicals” e “Surveillance of the Workers
                     Health”. Onze artigos fizeram parte desta revisão, foi possível identificar ações de vigilância
                     em saúde para populações expostas a agrotóxicos em nove artigos, dois não identificaram
                     nenhuma  atividade  no  âmbito  avaliado.  Entre  as  principais  ações  estão  a  notificação  de
                     intoxicações por agrotóxicos, suporte para diagnóstico e tratamento de intoxicações, uso de
                     sistemas  de  informação  para  gerenciamento  de  informações,  capacitação  técnica  de
                     profissionais da saúde, monitoramento de contaminações de água e alimentos e elaboração
                     de Planos de Ação Estadual para Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxicos. Sobre as
                     principais  fragilidades  das  ações,  apontam-se  as  subnotificações  de  intoxicações  por
                     agrotóxicos,  déficit  de  completitude  das  fichas  de  notificação  de  intoxicação,  o  número
                     reduzido de profissionais trabalhando na vigilância em saúde, falta de capacitação técnica,
                     limitações no acesso a dados de informação sobre o uso de agrotóxicos e a falta de interesse
                     político para efetivação das ações. Diante da importância da atuação da vigilância em saúde
                     e  da  magnitude  das  exposições,  espera-se  com  os  resultados  desta  auxiliar  gestores  e
                     profissionais  no  desenvolvimento  de  estratégias  de  prevenção  e  promoção  da  saúde  da
                     população expostas a agrotóxicos, bem como fomentar a importância de estudar ações de
                     saúde orientadas a estes grupos. Sugere-se a realização de novos estudos que identifiquem
                     in  loco  ações  e  lacunas  da  vigilância  em  saúde,  bem  como  trabalhos  que  divulguem
                     estratégias pertinentes e resolutivas de proteção a saúde dos expostos.


                     ACIDENTES        DE     TRABALHO        NO      AGRONEGÓCIO         PARANAENSE

                     Autores:  JESSICA  CRISTINA  RUTHS  |  MARCOS  PAULO  RODRIGUES  DE  SOUZA;
                     JEFFERSON  ANDRONIO  RAMUNDO  STADUTO;  CARLA  MARIA  SCHMIDT.  Instituição:
                     Universidade Federal do Paraná

                     Palavras-chave: Agroindústria; Notificação de Acidentes de trabalho; Trabalhadores Rurais.
                     Acidentes de trabalho se vinculam a diversificação dos processos produtivos e ao perfil de
                     produção, logo pesquisas sobre o tema devem considerar as especificidades das atividades
                     envolvidas. Apesar do número crescente de trabalhos sobre a temática, ainda há carência de
                     estudos que avaliem especificamente o setor do agronegócio, portanto, objetivou-se analisar
                     os  acidentes  de  trabalho  nos  segmentos  de  insumos,  primário  e  agroindustrial  do
                     agronegócio, notificados no Paraná, no período de 2012 a 2017. Desenvolveu-se um estudo
                     epidemiológico,  descritivo  e  quantitativo,  com  base  nas  Comunicações  de  Acidentes  de
                     Trabalho  (CAT),  registradas  no  Instituto  Nacional  de  Seguridade  Social  (INSS).  Foram
                     comunicadas 51.071 CAT relacionadas ao agronegócio no Estado, a taxa de incidência foi de
                     72,73 acidentes para cada 1000 trabalhadores. As mesorregiões mais vulneráveis foram a
                     Centro  Oriental  com  97,31/1000,  a  Oeste  com  89,8/1000  e  a  Metropolitana  de  Curitiba
                     86,03/1000.  No  período  estudado,  houve  diminuição  do  número  de  CAT  em  todos  os
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