Page 177 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     INTERRUPÇÕES COM MÍDIAS SOCIAIS DURANTE O TRABALHO REMUNERADO DE
                     MULHERES EM HOME OFFICE NA PANDEMIA DA COVID-19

                     Autores:  ISABELLA  BAHIA  DUTRA  REZENDE  |  RAPHAELA  PIAZZA  DA  CRUZ  DE
                     CARVALHO; MARIA ELIANA MADALOZZO SCHIEFERDECKER. Instituição: Universidade
                     Federal do Paraná

                     Palavras-chave: Mulheres Trabalhadoras; Pandemia; Redes Sociais Online
                     Introdução:  com  a  pandemia  da  COVID-19,  o  distanciamento  social  se  tornou  essencial,
                     impondo  mudanças  como  o  home  office,  que  traz  desdobramentos  ligados  ao  bem-estar
                     emocional e relações sociais. Nesse cenário, nota-se vulnerabilidades humanas que podem
                     intensificar  desequilíbrios  psicossociais  e  mulheres  estão  sendo  apontadas  como  mais
                     vulneráveis ao adoecimento profissional e doméstico, já que conciliar trabalho-família pode
                     ser difícil. Assim, uso de internet e, em especial mídias sociais, vem sendo um importante
                     meio  de  continuidade  de  trabalho  e  enfrentamento  do  distanciamento  social.  Objetivo:
                     investigar se mulheres, que realizam home office na pandemia, interrompem suas tarefas
                     com  mídias  sociais.  Método:  pesquisa  social  quantitativa,  transversal  e  exploratória.
                     Realizada de Dezembro/2020 a Fevereiro/2021, por meio de um questionário estruturado,
                     auto aplicado, anônimo e on-line, que foi elaborado no aplicativo Google Forms e divulgado
                     via  mídias  sociais.  Esse  continha  24  questões  sobre  aspectos  socioeconômicos  e
                     demográficos, e 8 questões sobre percepções de trabalho durante a pandemia em escala
                     Likert.  Foram  convidadas  mulheres  para  preenchê-lo  voluntariamente.  A  pesquisa  foi
                     aprovada  pelo  Comitê  de  Ética  em  Pesquisa  da  Universidade  Federal  do  Paraná  (CAAE
                     37334420.0.0000.0102) e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi disponibilizado
                     no instrumento. Resultados/discussão: A amostra é de 114 mulheres. Dessas, 68,42%, (n=78)
                     tinha entre 31 e 50 anos e 64,91% (n=74) reside no Paraná. 41,23% (n=47) são funcionárias
                     públicas,  24,56%  (n=28)  de  empresa  privada  e  66,95%  (n=76)  possui  pós-graduação
                     completa. Quando questionadas sobre interrupções de tarefas no home office, 50,8% (n=58)
                     sinalizou as mídias sociais como uma das causas. Dessas, só 7,8% (n=9) como principal
                     causa.  Embora  com  alguns  apontamentos  negativos  à  saúde  pelo  conteúdo  publicado  e
                     consumido, mídias socais podem ser mecanismos importantes para interações sociais, por
                     possibilitar  natureza  participativa  de  protagonismo,  socialização  para  além  do  ambiente
                     doméstico e onipresença, com inúmeras interações e diversos fins. Conclusões: mesmo com
                     aumento do consumo de mídias sociais na pandemia, a maioria das mulheres não tem como
                     principal interrupção no home office o uso dessas, que pode estar associado, por exemplo, a
                     exaustão  cognitiva  pela  ampla  utilização  de  telas  digitais  no  trabalho,  mas  também  por
                     estarem vivenciando principalmente outras formas de interrupções.



                     A IMPORTÂNCIA DO APOIO A PARTEIRA NA REALIZAÇÃO DO PARTO DOMICILIAR:
                     UMA ANÁLISE A PARTIR DO FILME “PIECES OF A WOMAN”

                     Autores:  MARIANA  ALVES  SIQUEIRA.  Instituição:  Pontifícia  Universidade  Católica  do
                     Paraná – Campus Londrina

                     Palavras-chave: Direito à Saúde; Parto Domiciliar; Parto Humanizado.
                     Introdução: A busca pelo parto humanizado no Brasil, defendido desde 2000 pelo Ministério
                     da Saúde, faz com que exista uma maior procura por partos domiciliares. Afim de diminuir o
                     número  de  cesarianas,  a  Agência  Nacional  de  Saúde,  alerta  dos  riscos  da  realização  de
                     cesáreas desnecessárias, e a importância do parto normal auxiliado por parteiras. O parto
                     domiciliar exige diversos cuidados, uma vez que é inegável a presença de riscos, como no
                     caso de necessidade de transferência urgente para um hospital em razão de complicações.
                     Nesse  contexto,  é  claro  o  dever  do  Estado  em  garantir  o  direito  à  saúde  da  gestante,
                     incentivando  quando  possível  um  parto  humanizado, com  acompanhamento  médico,  mas
                     sem tantas intervenções, assim, oferecendo auxílio à parteiras por meio do Sistema Único de
                     Saúde,  e  desenvolvendo  medidas  para  reconhecimento  e  valorização  de  tal  atividade.
                     Objetivos: Analisar a importância do trabalho das parteiras sob orientação de médico ou de
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