Page 172 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     CIDADANIA EM CONTEXTO DE FRONTEIRA: O DIREITO A SAÚDE EM FOZ DO IGUAÇU
                     NA PERCEPÇÃO DE FORMADORES DE OPINIÃO


                     Autores:  CARLOS  GUILHERME  MEISTER  ARENHART  |  MARIA  LUCIA  FRIZON
                     RIZZOTTO; ALESSANDRA ROSA CARRIJO. Instituição: Universidade Estadual do Oeste
                     do Paraná

                     Palavras-chave: Saúde Coletiva, Áreas Fronteiriças, Direito à Saúde
                     A  cidadania  (MARSHALL,1963)  no  território  de  fronteira  internacional  esteve  à  margem
                     histórica de ações longitudinais efetivas no âmbito do direito à saúde. No caso de Foz do
                     Iguaçu,  soma-se  à  complexidade  territorial  a  imensa  diversidade  cultural,  uma  atenção
                     primária  seletiva  e  uma  vigilância  em  saúde  com  características  fragmentadas.  Estas
                     variáveis dificultam um efetivo debate em torno do direito à saúde e do próprio exercício da
                     cidadania  em  região  de  fronteira.  Objetivos:  Analisar  a  compreensão  de  formadores  de
                     opinião que vivem no lugar, acerca da cidadania e do direito à saúde na região de tríplice
                     fronteira  entre  Brasil,  Argentina  e  Paraguai.  Método:  A  coleta  de  dados  foi  realizada  no
                     período  entre  setembro  e  dezembro  de  2019,  nos  locais  de  trabalho  e  residência  de  12
                     formadores  de  opinião,  com  duração  aproximada  de  40  minutos  cada  entrevista.  Os
                     instrumentos  utilizados  para  a  coleta  de  dados,  bem  como  a  estratégia  de  aplicação,
                     processamento  e  apresentação  dos  dados,  estão  baseados  fundamentalmente  na
                     metodologia qualitativa apontada por Minayo (2000). Resultados: A consolidação do direito
                     à saúde nesta localidade parece estar distante do entendimento da declaração universal dos
                     direitos humanos, ao modo que se mutila a cidadania (SANTOS,2004) e o direito à saúde
                     caso não se faça parte do Estado nacional. Determinadas exigências no acesso têm mais o
                     objetivo  de  restringir  do  que  propriamente  garantir  o  direito  aos  serviços  de  saúde.  “Tem
                     dificuldades aqui. A documentação, principalmente ter comprovante de residência.” (E06). O
                     tipo de proteção social assistencialista pode ser representado em conjunto com o tipo de
                     seguro social. As expressões “cidadania quebrando” e “cidadania estilhaçada” na narrativa a
                     seguir, pelo fato do impacto financeiro do atendimento de não nacionais no sistema de saúde
                     de Foz do Iguaçu evidencia que há uma compreensão restritiva e operacional da categoria
                     cidadania, em especial seu elemento social “O acesso de estrangeiros prejudica nós que
                     moramos aqui. Porque na saúde é custo e custo é caro. Eles têm atendimento da assistência
                     social  e  saúde  aqui,  mas  o  imposto  deles  é  cobrado  lá.  Então  a  nossa  cidadania  ela  vai
                     quebrando, ela fica estilhaçada”. (E03). Conclusões: A formação de valores éticos na vida
                     social nos sistemas de saúde em região de fronteira é uma tarefa necessária. Há um debate
                     inesgotado por parte dos formadores de opinião e há múltiplas visões sobre como o direito à
                     saúde deve ser consolidado.


                     MATERNIDADE SOLO: DAS VULNERABILIDADES AO ENFRENTAMENTO PELA REDE
                     DE APOIO.

                     Autores: INGRID CARLA ECKS | LUCIANA ELISABETE SAVARIS. Instituição: Faculdades
                     Pequeno Príncipe

                     Palavras-chave: Pais solteiros; Assistência à Saúde Mental; Vulnerabilidade em Saúde.
                     Introdução: O Brasil apresenta uma alta prevalência de mães solo, mulheres que por escolha
                     ou não, são as únicas responsáveis pelo amparo de suas proles, sem divisão de tarefas de
                     forma igualitária entre parceiro ou parceira. A vivência da maternidade solo no Brasil e no
                     mundo  é marcada  por  diversas  vulnerabilidades.  Objetivo:  Descrever  as  vulnerabilidades
                     vivenciadas por mães solo e estratégias de enfrentamento. Metodologia: Trata-se de um
                     revisão  narrativa  de  literatura.  Resultados  e  discussão:  Estima-se  que  11,6  milhões  de
                     famílias no Brasil são monoparentais, as quais tem sido identificadas como mais vulneráveis
                     economicamente, desse total, 55,6% estão na linha da pobreza. Dentre as possíveis causas
                     para  vulnerabilidade  econômica  cita-se  o  fato  dessa  monoparentalidade  ser
                     predominantemente feminina e da mulher enfrentar dificuldades relacionadas ao seu gênero.
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