Page 216 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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SÍNDROME PÓS-COVID-19 PERSISTE EM INDIVÍDUOS COM SINTOMATOLOGIA LEVE
APÓS 30 DIAS DE ALTA DO ISOLAMENTO DOMICILIAR.
Autores: MARIANA APARECIDA HORST DE SOUZA | HISLLANA BOAHENKO
HARMATIUK, JHESSICA KAROLAYNE VOLOCHEN XISTIUK, JULIA PEREIRA, MARINA
PEGORARO BARONI, CHRISTIANE RIEDI DANIEl. Instituição: Universidade Estadual do
Centro-Oeste
Palavras-chave: Infecções por Coronavirus; Síndrome de Fadiga Crônica; Dispneia;
Isolamento de Pacientes; Saúde Pública
Introdução: A COVID-19 é gerada pelo vírus SARS-CoV-2 de síndrome respiratória aguda
grave. Com o aumento do número de pessoas acometidas pela doença, com os mais variados
tipos de sintomas, desde quadros assintomáticos até aqueles mais graves, notou-se a
importância de verificar os sinais e sintomas após alta do isolamento domiciliar (pós-COVID-
19) para identificar possíveis complicações cardiopulmonares e musculoesqueléticas a longo
prazo. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes pós-COVID-19 leve 30 dias após o isolamento
domiciliar. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte de 30 dias aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa. Foram avaliados 137 pacientes pós-COVID-19 leve que não necessitaram
de internamento hospitalar. A avaliação foi realizada via contato telefônico, após 30 dias do
término do isolamento domiciliar, e foi composta por perguntas sobre a persistência de algum
sinal e/ou sintoma cardiopulmonar e musculoesquelético, surgimento de alguma nova
condição de saúde após o isolamento, escala de Borg para mensurar o nível de percepção
de esforço e dispneia. Resultados e discussão: Foram avaliados 137 pacientes pós alta do
isolamento domiciliar por COVID-19. Destes, 57,7% apresentavam comorbidades, sendo as
mais frequentes as cardíacas (22,6%) e respiratórias (20%). 14,4% relataram ser tabagista e
9,5% ex-tabagista. 39,4% dos pacientes avaliados ainda há persistência de sintomas, sendo
os mais frequentes a presença de fadiga 10,2%, anosmia 8% e dispneia 7,3%. A fadiga média
reportada pela escala modificada de Borg foi 5 (fadiga moderada) com dp de 3,2, os
resultados de sem dispneia ou de forma leve (1 e 2) e de moderada a grave (3, 4 e 5) foram
respectivamente 52,8%; 21%; 5,2%; 10,5%; 10,5%. Os pacientes que tiveram a necessidade
de procurar um serviço de saúde para reabilitação cardiopulmonar pós-COVID-19
correspondem a 12,4%, com queixas de distúrbio respiratório (3,6%) e dor (3%),
corroborando com os relatos sobre o desenvolvimento de uma nova disfunção. Conclusão:
Através deste trabalho foi possível identificar que após 30 dias de alta do isolamento
domiciliar pós-COVID-19, houve persistência dos sintomas de fadiga, anosmia e dispneia,
caracterizando a "síndrome pós-COVID-19" mesmo em pacientes classificados como COVID
leve, isto é sem necessidade de internação. Faz-se necessário intervenções precoces de
reabilitação para evitar agravos e gastos em saúde pública a longo prazo.
IMPACTOS DA COVID-19 SOBRE A SAÚDE MENTAL DAS CRIANÇAS
Autores: LOUISE CRISTINE SILVESTRE LOPES | CARINE GOMES BOMFIM, DÉBORA
ALMEIDA DO NASCIMENTO, ALESSANDRO CAPÓIA, MARCELO PICININ BERNUCI,
TÂNIA MARIA GOMES DA SILVA. Instituição: UniCesumar
Palavras-chave: Estresse; Infância; Pandemia de COVID-19
A pandemia da COVID-19 vem sendo considerada um dos acontecimentos mais dramáticos
dos últimos séculos. Desde que surgiu na China, em dezembro de 2019, o vírus SARS-CoV-
2 tirou a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. O isolamento social foi considerado
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maneira mais eficaz de conter a doença,
mas a medida alterou a rotina e modificou as relações interpessoais, sendo considerada
causa de estresse. A presente pesquisa objetivou entender como as crianças estão vivendo
a pandemia; conhecer suas rotinas e identificar as dificuldades enfrentadas neste período.
Tratou-se de pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa, realizada por meio
de entrevistas semiestruturadas, realizadas através de chamada de voz do aplicativo
WhatsApp. A escolha dos participantes foi aleatória e envolveu 16 crianças com idades de 5
a 12 anos, inscritas no projeto cultural da Comunidade Social Cristã Beneficente (CSCB), em