Page 221 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA OPORTUNIDADE DO SISTEMA DE
VIGILÂNCIA PARA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) E SÍNDROME
GRIPAL (SG) NA REGIÃO DE FRONTEIRA: BRASIL, 2009-2020
Autores: GUSTAVO CEZAR WAGNER LEANDRO | OSCAR KENJI NIHEI. Instituição:
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Síndrome Respiratória Aguda Grave; Vigilância em Saúde Pública;
Avaliação de Programas e Projetos de Saúde
Introdução: O Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe)
foi implantado com finalidade de monitorar os casos de Síndrome Gripal (SG), e
posteriormente adequado para os óbitos e hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG). Portanto, torna-se fundamental a realização de avaliações da qualidade do
sistema de vigilância para certificar maior controle epidemiológico dos agravos de interesse
à saúde pública. Objetivos: Comparar o impacto da pandemia de COVID-19 na oportunidade
do sistema de vigilância da SG e SRAG entre os municípios fronteiriços e não fronteiriços.
Método: Trata-se de um estudo de avaliação do SIVEP-Gripe, conforme às diretrizes para
avaliação de sistemas de vigilância do Centers for Disease Control and Prevention
(CDC/EUA). Foi avaliado o atributo oportunidade de identificação (tempo entre primeiro
sintomas e notificação) e de digitação (tempo entre notificação e digitação no sistema de
informação). A oportunidade foi descrita como a mediana e intervalo interquartílico (IIQ) em
dias. Utilizou-se a data de publicação da portaria nº 188 do Ministério da Saúde como corte
para período anterior e posterior à pandemia de COVID-19. Os dados secundários foram
disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Resultados/Discussão: Entre 2009 e 2020, houveram 1.788.375 registros no SIVEP-Gripe,
451.226 anteriormente à declaração de pandemia de COVID-19 e 1.337.150 posteriormente.
Em relação à localização, 1,76% (n=31.216) dos registros foram em municípios fronteiriços e
98,24% (n=1.739.929) em municípios não-fronteiriços. A oportunidade de identificação em
municípios fronteiriços foi de 3 (1-15 IIQ) para 6 (3-10 IIQ) dias após a pandemia de COVID-
19, e nos municípios não-fronteiriços foi de 2 (1-4 IIQ) para 7 (3-12 IIQ) dias. Enquanto a
oportunidade de digitação foi de 10 (3-29 IIQ) para 2 (0-9 IIQ) dias nos municípios fronteiriços
e de 6 (1-16 IIQ) para 2 (0-11 IIQ) dias nos municípios não-fronteiriços. Conclusões: Nota-
se que anteriormente à pandemia de COVID-19, os sistemas de vigilância dos municípios
fronteiriços apresentaram dificuldades em identificar casos de forma oportuna quando
comparado aos demais municípios, contudo após a pandemia houveram melhorias na
oportunidade das etapas avaliadas. Destacamos o aumento dos investimentos nos serviços
de saúde pública e capacitação dos profissionais de saúde como fundamentais para melhoria
da vigilância epidemiológica.
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA E COLO DO ÚTERO: MONITORAR É
PRECISO
Autores: THAIS TRYBUS | REJANE CRISTINA TEIXEIRA TABUTI, ELAINE CRISTINA
VIEIRA DE OLIVEIRA, MARIA GORETTI DAVID LOPES. Instituição: Secretaria de Estado
da Saúde-PR
Palavras-chave: Detecção Precoce de Câncer; Neoplasias do Colo do Útero; Neoplasias da
Mama
Caracterização do problema: O rastreamento do câncer de mama e colo do útero tem por
objetivo identificar lesões precursoras ou câncer em estágio inicial. No início da pandemia da
COVID-19, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomendou que as equipes de saúde
orientassem as pessoas a não procurar os serviços de saúde para exames de rastreamento
e que remarcassem e adiassem os já agendados, o que exerceu impacto negativo na
realização destes exames. Justificativa: No ano de 2020, houve redução de 47,5% e 46,8%
em relação a 2019, na realização de exames citopatológicos do colo do útero e mamografias
de rastreamento, respectivamente, o que demonstra a necessidade de ações para a
continuidade do rastreamento de câncer, mesmo durante a pandemia. Objetivos: Descrever