Page 222 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     o monitoramento dos exames de rastreamento do câncer de mama e do colo do útero durante
                     a pandemia da COVID-19, no Estado do Paraná. Descrição da experiência: As diretrizes
                     nacionais recomendam a realização de uma mamografia a cada 2 anos para mulheres entre
                     50 a 69 anos e um exame citopatológico do colo uterino a cada três anos em mulheres de 25
                     a  64  anos,  desde  que  com  histórico  de  dois  exames  anuais  negativos.  A  orientação  de
                     suspensão dos exames se deu em março de 2020, e no mês de julho foi recomendado o
                     reinício  do  rastreamento,  considerando  a  análise  do  contexto  epidemiológico  local,  a
                     capacidade de resposta da rede de atenção à saúde e o histórico pessoal das usuárias. A
                     suspensão inicial do rastreamento acarretou a redução de 74,6% nas mamografias e de 72%
                     nos exames citopatológicos, em média, em comparação ao mesmo período de 2019. Em
                     outubro, foi publicada a Nota Técnica nº 12, com recomendações de ações estratégicas por
                     meios  digitais,  visando  à  conscientização  para  o  cuidado  integral  da  saúde  da  mulher,
                     incluindo a prevenção e o rastreamento do câncer, reforçando a importância da preservação
                     da segurança de profissionais de saúde e usuárias. Com estas ações, a redução foi de 47,5%
                     nas  mamografias  e  de  44,5%  nos  exames  citopatológicos,  em  relação  a  2019.  Reflexão
                     sobre  a  experiência  e  Recomendações:  As  orientações  dos  gestores  e  autoridades  de
                     saúde contribuíram tanto na suspensão, quanto no retorno às ações de rastreamento. Diante
                     da heterogeneidade da situação da pandemia nas regiões, é imprescindível o monitoramento
                     da  realização  desses  exames,  bem  como  a  garantia  do  encaminhamento  de  casos  já
                     suspeitos ou confirmados para câncer, garantindo a oferta de diagnóstico e tratamento.



                     INSERÇÃO      DO    FONOAUDIÓLOGO         E   IMPLEMENTAÇÃO        DE    TRIAGEM
                     FONOAUDIOLÓGICA  EM  UMA  UNIDADE  DE  RETAGUARDA  HOSPITALAR  COVID-19

                     Autores:  LARISSA  TELEGINSKI  WARDENSKI  |  PAULO  HENRIQUE  COLTRO,  TATIANE
                     BOUMER. Instituição: Fundação Estatal de Atenção à Saúde

                     Palavras-chave: Fonoaudiologia; COVID-19; Triagem
                     Caracterização  do  problema:  A  Fonoaudiologia  compõe  a  equipe  multiprofissional  que
                     presta assistência aos pacientes acometidos pela COVID-19. Em Curitiba, em decorrência do
                     aumento  na  necessidade  de  leitos,  algumas  Unidades  de  Pronto  Atendimento  (UPA)
                     precisaram  se  reorganizar,  transformando-se  em  uma  Unidade  de  Retaguarda  Hospitalar
                     (URH). Desta forma, foi necessária a inclusão da equipe multiprofissional para prestar ampla
                     assistência a estes pacientes, sendo o fonoaudiólogo um dos profissionais que compõem a
                     equipe. Justificativa: O Fonoaudiólogo presente neste cenário, tem por objetivo definir a via
                     de  alimentação  segura  para  o  paciente,  ajustando  a  consistência  alimentar  adequada.
                     Reduzindo os riscos de broncoaspiração e complicações pulmonares decorrentes. Objetivo:
                     relatar  a  inserção  do  Fonoaudiólogo  e  implementação  de  um  instrumento  de  triagem
                     fonoaudiológica em uma unidade de atendimento COVID-19. Descrição da experiência: A
                     URH possui um Fonoaudiólogo, com jornada de trabalho de 36 horas semanais, de segunda
                     a sábado. O fluxo dos atendimentos inicia-se a partir da triagem fonoaudiológica aplicada pelo
                     Fonoaudiólogo em todos os pacientes admitidos na unidade. A triagem é composta por dados
                     coletados via prontuário eletrônico: nome, idade, comorbidades, data do internamento, data
                     da confirmação da contaminação por COVID-19 e dados coletados a beira leito: sinais vitais,
                     nível de consciência, suporte ventilatório, via de alimentação e perguntas de autoavaliação
                     sobre a deglutição e aspectos relacionados. Assim investiga-se as demandas para avaliação
                     fonoaudiológica. Quando o paciente apresenta queixas relacionadas a deglutição a avaliação
                     clínica da deglutição é realizada. Reflexões sobre a experiência: Os pacientes com COVID-
                     19,  apresentam  acometimentos  respiratórios.  É  necessário  estar  atento,  pois  a
                     incoordenação entre a deglutição e a respiração é fator risco para broncoaspiração. A partir
                     da  triagem  aplicada,  o  fonoaudiólogo  pôde  otimizar  o  tempo  de  trabalho  e  direcionar  as
                     avaliações fonoaudiológicas aos pacientes com maiores demandas. Realizando intervenção
                     precoce  e  possibilitando  a  ingesta  por  via  oral  segura  e  efetiva.  Recomendações:
                     Observamos  a  importância  da  atuação  do Fonoaudiólogo  em  unidades  de  atendimento  a
                     COVID-19 e a implementação de triagem fonoaudiológica, pela possibilidade de intervenção
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