Page 211 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
P. 211
211
homens. A especialidade com o maior número de pessoas foi a ortopedia, sendo que
correspondia a 56,14% do total de pacientes. As especialidades com o menor número de
pacientes foram cardiologia e oncologia, perfazendo 1,28% do total de pacientes cada uma.
Conclusões: O telemonitoramento na reabilitação aparece como uma abordagem
promissora e são necessárias novas pesquisas e evidências sobre ela. A partir dos resultados
pode-se traçar o perfil dos pacientes no ambulatório municipal, sendo este caracterizado por
atendimentos em sua grande maioria da especialidade ortopedia e com maior procura entre
as mulheres.
QUALIDADE DE VIDA E PERSISTÊNCIA DE SINTOMAS APÓS SEIS MESES DA
INFECÇÃO POR SARS-COV2
Autores: CELITA SALMASO TRELHA | LARISSA LASKOVSKI DAL MOLIN , MICHELLE
MOREIRA ABUJAMRA FILLIS , LAURA GOZZO OLIVEIRA , ANNA CAROLINA PEREIRA
LAWIN, JOSIANE MARQUES FELCAR . Instituição: Universidade Estadual de Londrina e
Prefeitura Municipal de Londrina
Palavras-chave: Infecção por Coronavírus; Avaliação de sintomas; Qualidade de vida
A COVID-19 apresenta sintomas muito variados. A fadiga e a dispneia são os mais
incapacitantes e impactam na qualidade de vida e em atividades da vida diária, justificando
estudos sobre sua duração e sequelas, o que poderá contribuir para o tratamento pós-COVID-
19. O objetivo foi analisar a qualidade de vida e a persistência de sintomas após seis meses
em indivíduos infectados e notificados. Estudo transversal, composto por indivíduos maiores
de 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de infecção por SARS-Cov-2 em Londrina-
PR. Dados sociodemográficos foram fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e após
seis meses do diagnóstico foi enviado um questionário (Google Forms) via WhatsApp
comercial. O questionário abordava perguntas sobre os sintomas durante a doença e depois.
Foram utilizados os instrumentos: Escala de Severidade de Fadiga (FSS) para avaliar a
fadiga, Escala de Borg modificada para a dispneia, Escala de Estado Funcional Pós-COVID-
19 (PCFS) e o EQ-5D para analisar a qualidade de vida relacionada à saúde. A pesquisa teve
aprovação do Comitê de Ética. Foi realizada análise estatística descritiva e as comparações
entre diagnóstico e após 180 dias foram feitas pelo teste de McNemar. A amostra foi
constituída por 88 indivíduos, com mediana de idade de 34 [28-45] anos e a maioria era do
sexo feminino 58 (65,9%). Após seis meses, 42 (47,7%) apresentavam algum sintoma
persistente, dentre eles a fadiga 23 (26,1%), 12 (13,6%) desânimo, dor de cabeça e
irritabilidade 11 (12,5%) cada, dor no corpo 9 (10,2%), perda de olfato 9 (10,2%) e perda de
paladar 8 (9,1%). Na escala PFCS, 37 (42,4%) pacientes referiram limitação funcional leve e
muito leve. Em relação aos domínios da qualidade de vida, 32 (36,4%) referiram dor/mal estar
e 46 (52,3%) ansiedade e depressão. A fadiga inicial foi relatada por 57 indivíduos e após 180
dias por 23 (26,1%) (P<0,001), e 38 (43,2%) indivíduos mantinham fadiga, cuja mediana foi
de 22,5 [11-42] pontos. Quanto à dispneia, na doença 29 (33%) indivíduos relataram e após
180 dias 6 (6,8%) (P<0,001), já avaliados pela escala de Borg, 22 (25%) mantinham dispneia,
entretanto era muito, muito leve, com mediana de 0 [0-0,4]. Conclusões: Os indivíduos que
tiveram COVID-19 eram jovens e com alta frequência de sintomas persistentes, limitação
funcional leve e alteração da qualidade de vida. Os resultados encontrados revelam a
necessidade de estratégias de recuperação desses pacientes.