Page 206 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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MONITORAMENTO ASSISTENCIAL E EPIDEMIOLÓGICO DAS INFECÇÕES POR
CORONAVIRUS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
Autores: ANDREA DINA DA COSTA | DANIELA KUROMOTO NAGAI, DÉBORA CRISTINA
DE LIMA CARLET, DEISI TORTELLI, MARCELO HAGEBOCK GUIMARÃES. Instituição:
Prefeitura Municipal de Curitiba
Palavras-chave: Infecções por Coronavirus; Monitoramento Epidemiológico; Atenção
Integral à Saúde do Idoso
A doença pelo vírus SARS-COV2 possui grande interesse para a Saúde Pública, sendo uma
infecção aguda grave que causa forte impacto nos serviços de saúde1. Dados até 23 de maio
de 2021 demonstram 16.083.258 casos confirmados no Brasil com uma letalidade de 2,8%,
sendo que em Curitiba 207.781 casos diagnosticados e com uma letalidade de 2,5%.
Destaca-se que desses óbitos 68% ocorreram em pessoas com idade superior a 60 anos2.
Com preocupação em assistir aos idosos, as equipes da Assistência e Epidemiologia do
Distrito Sanitário Boqueirão iniciaram o monitoramento diário das Instituições de Longa
Permanência com o objetivo de manter o estado de alerta nas instituições, reforçar as
orientações de isolamento e prevenção da doença dentro dos estabelecimentos, identificar
os usuários e funcionários com sintomas, realizar o atendimento e testes diagnósticos em
tempo oportuno, realizar as intervenções sanitárias necessárias. O monitoramento foi
realizado por contato telefônico diário para as 26 Instituições de Longa Permanência do
Território. Foram monitorados 1153 moradores e funcionários desde o dia 10 de abril de 2020,
todos os dias da semana até dezembro de 2020. No monitoramento, os servidores da saúde
questionavam sobre os sintomas gripais e respiratórios, temperatura corporal ou qualquer
outra alteração apresentada. O monitoramento diário é fundamental para que pessoas idosas
institucionalizadas, possam ter um acompanhamento das equipes de saúde fortalecendo o
papel da atenção primária e da epidemiologia, dando suporte nas ações para enfrentamento
da COVID-19 e contribuindo para evitar surtos da doença nestes estabelecimentos e
reduzindo o risco de contaminação de idosos e trabalhadores. Como método de prevenção
de aumento de casos é primordial que as ILPI´s sejam monitoradas e se tenha comunicação
eficaz entre as equipes de saúde e responsáveis técnicos para permitir que a qualquer sinal
de alerta, os profissionais de saúde possam intervir e minimizar qualquer manifestação da
doença. Outro ponto importante a ser considerado, é a capacitação dos profissionais que
atuam nesses estabelecimentos para que estejam sempre atentos às medidas protetivas, aos
cuidados necessários ao atendimento a pessoa idosa e ao autocuidado, com suporte das
equipes de saúde do território. Evidenciou-se, que mesmo em ambiente restrito, é possível
evitar grande transmissibilidade ou agravamento da doença, diminuindo o número de casos
ativos, casos graves e grande letalidade.
FEBRE MACULOSA BRASILEIRA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE
JAGUARIÚNA
Autores: CERILLA FUMIKO DE OLIVEIRA OHARA | BRUNA GABRIELA BONILHA VIANA ,
GABRIELA PATRÍCIA MARTINS BURGEL, NATHALIA BECHARA MURAD. Instituição:
Unieduk -unifaj (Centro universitário de Jaguariúna)
Palavras-chave: Febre Maculosa Brasileira; Epidemiologia; Rickettsia rickettsii
A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda de gravidade
variável, causada pela bactéria gram negativa do gênero Rickettsia, transmitida pela picada
do carrapato ( Amblyomma cajennense e A. sculptum ) infectado. A FMB apresenta alta taxa
de letalidade devido ao diagnóstico tardio decorrente da sintomatologia inicial inespecífica
como: febre alta, cefaleia, mialgia, mal-estar generalizado e hiperemia das conjuntivas. O
curso da doença impede o diagnóstico precoce, leva ao início tardio do tratamento
terapêutico, evolução das complicações e consequentemente pior prognóstico. Sendo assim,
a precocidade do diagnóstico e o início da terapia antimicrobiana específica (doxicilina ou
cloranfenicol) é determinante para a redução da letalidade. A FM está inclusa na lista de
doenças de notificação compulsória, dados que integram o Sistema Nacional de Agravos de