Page 202 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     Os quirópteros são conhecidos pelo seu insubstituível papel ecológico, assim como pela sua
                     capacidade de albergar diversas doenças, incluindo  a altamente letal raiva. Em relação à
                     realidade do estado do Paraná, o monitoramento da raiva é um programa que oferece uma
                     atenção  especial  a  esses  animais,  por  serem  os  principais  mantenedores  da  doença  no
                     estado.  O  programa  de  monitoramento  da  raiva  é  bastante  sólido  e  envolve  diversas
                     instâncias, desde as vigilâncias municipais até o nível central da Secretaria de Estado da
                     Saúde.  Apesar  de  ser  um  programa  bastante  consolidado,  ele  possui  algumas  falhas.  A
                     principal delas é a falta da identificação sistemática das espécies enviadas para o diagnóstico
                     laboratorial da doença, o que interfere nas ações de monitoramento das variantes do vírus
                     circulantes no estado e seus possíveis hospedeiros. Tendo em vista essa deficiência, nossa
                     equipe da regional de saúde (RS) iniciou, em meados de 2019, a identificação taxonômica
                     dos morcegos enviados à nossa central de amostras, antes de estas serem remetidas ao
                     diagnóstico da raiva. A ação vem ocorrendo sistematicamente desde então, e conseguimos
                     identificar três famílias, sete gêneros e dez espécies de morcegos que ocorrem na área da
                     RS. Assim como também estabelecemos parcerias com diversos pesquisadores, tendo em
                     vista  aprimorar  o  monitoramento  da  saúde  dos  quirópteros  da  região.  Através  dessa
                     cooperação, foi possível identificar a ocorrência de ectoparasitas e micoses nos animais, além
                     de  criar  uma  chave  dicotômica  para  a  identificação  das  espécies  de  morcegos  locais.  A
                     identificação  das  espécies  permitiu  aperfeiçoar  as  ações  de  educação  em  saúde,
                     esclarecendo para a população não somente o resultado laboratorial a respeito do diagnóstico
                     da doença, mas também evidenciando qual foi a espécie do morcego encontrado, informando
                     seu  papel  ecológico  e  desmistificando  ideias  errôneas  a  respeito  deles.  Nossa  iniciativa
                     proporciona elementos para o desenvolvimento de ações em educação em saúde, além de
                     possibilitar o mapeamento das espécies, com casos positivos ou não para raiva, em nosso
                     território. A ampliação de iniciativas como esta a todo o estado conferirá uma maior robustez
                     ao programa de monitoramento da raiva, cobrindo assim algumas das lacunas existentes.


                     SINTOMAS PERSISTENTES EM PACIENTES INFECTADOS PELA SARS-COV-2 APÓS 2
                     MESES DO DIAGNÓSTICO.

                     Autores:  MICHELLE  MOREIRA  ABUJAMRA  FILLIS  |  NICOLLY  SERET  DE  OLIVEIRA,
                     RAQUEL  CUNHA  MANÇO  DA  SILVA,  JOSIANE  MARQUES  FELCAR,  LARISSA
                     LASKOVSKI, CELITA SALMASO TRELHa. Instituição: Prefeitura Municipal de Londrina e
                     Universidade Estadual de Londrina

                     Palavras-chave: Infecção pelo Coronavírus; Avaliação de sintomas; Covid prolongada;
                     Introdução:  O  vírus  Sars-CoV-2  manifesta  sinais  e  sintomas  adversos  em  intensidades
                     diferentes. As complicações manifestadas em médio e longo prazo são pouco conhecidas,
                     porém estudos demonstram a prevalência de alguns sintomas após a cura. Objetivo: Analisar
                     os  sintomas  manifestados  no  início  do  diagnóstico  e  após  60  dias  da  COVID-19.
                     Metodologia: Estudo transversal com uma população composta por pacientes(>18 anos) que
                     tiveram o diagnóstico de infecção por Sars-Cov-2 no município de Londrina-PR, BR avaliados
                     após  60  dias  do  início  dos  sintomas.  Resultados:  Foram  analisados  492  pacientes  que
                     responderam o questionário no período de 13 de novembro de 2021 a 20 de maio de 2021.
                     A mediana  de  idade  foi  de  35  anos  (1ºQ  28/  3ºQ  46),  293  (59,6%)  do  sexo  feminino  e  a
                     mediana do número de sintomas no período da infecção foi de 8 (1ºQ 5 -3oQ 11) e apenas
                     9(1,8%) relatou ser assintomático. Após 60 dias a mediana de sintomas persistentes foi de 1
                     (1ºQ  0  -3oQ  2).  A  classificação  da  PFCS  é  dada  em:  Grau  0  nenhuma  limitação
                     funcional(57,5%), Grau 1: limitação funcional muito leve(29,3%), Grau 2: limitação funcional
                     leve(10,4%),Grau  3:  limitação  funcional  moderada(2,8%),  Grau  4:  limitação  funcional
                     grave(0%). Houve correlação entre o número de sintomas persistentes e a escala PFCS ?=
                     0,589  p<0,001.  Os  sintomas  iniciais  mais  prevalentes  foram:  cefaleia(71,1%),
                     anosmia(63,8%), dores no corpo(63,2%), fadiga(62,8%) e vontade de não fazer nada(60,8%).
                     Enquanto  após  60  dias  os  sintomas  que  prevaleceram  foram:  fadiga(24,8%),
                     anosmia(16,9%),  vontade  de  não  fazer  nada(17,1%),  cefaleia(14,4%)  e  dores  no
                     corpo(13,2%).Em relação aos sintomas e suas interferências nas atividades de vida diária, a
                     PFCS foi categorizada em Grupo 1: sem limitação funcional e grupo 2 com limitação funcional
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