Page 199 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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detectarem positivos para o vírus e pelo histórico notificado, o serviço de vigilância sanitária
municipal constatou condições sugestivas de transmissão em local de trabalho. Iniciou-se o
rastreamento laboratorial em todos os colaboradores expostos aos indivíduos positivos,
promovendo a coleta para testagem em massa. Inicialmente eram 1,78% sintomáticos,
diagnosticados e afastados, porém após o protocolo de testes, constatou-se que mais 69
(41,07%) trabalhadores portavam o vírus, embora fossem ainda assintomáticos, contribuindo
assim para a continuidade da propagação do vírus tanto na empresa, quanto em outros
ambientes de convívio. Deste grupo dos assintomáticos, 15 procuraram o serviço de saúde
após início de sintomas característicos, sendo que 60% pertenciam à faixa etária de 31 a 50
anos. Totalizando 72 casos confirmados na empresa, todos eram do sexo masculino e
autodeclarados pardo (36), branco (29) e negro (7). Predominância de 56,9% na faixa etária
entre 31 a 50 anos, 33,3% entre 18 a 30 anos e 9,7% acima de 51 anos. Em relação a
presença de morbidades prévias, 19,4% as possuíam entre elas hipertensão arterial sistêmica
(7%), tabagismo (5,5%), asma (2,7%), diabetes (2,7%) e vitiligo (1,38%). Seguiu-se com as
condutas de isolamento. Não foram registrados óbitos. Conclusões: ressalta-se a
importância das ações de vigilância e testagem à indivíduos expostos, conforme o protocolo
vigente, pois a detecção precoce de casos e o correto manejo podem evitar maiores avanços
da doença.
OS EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NA PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO
Autores: MILLENA BOGUCHEWSKI | LETICIA MENDES DE MORAES MATOCANOVIC,
RAFAELA GABRIELE NASCIMENTO DA SILVEIRA, NATHALIA SCHIER, ELAINE ROSSI
RIBEIRO. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: Self-medication; COVID-19; Pandemic
Introdução: A pandemia da COVID-19 afetou negativamente a população mundial, e nesse
cenário, foram identificadas alterações significativas na incidência da automedicação em um
panorama global. Objetivos: Conhecer os efeitos da pandemia de COVID-19 na incidência
automedicação em um panorama global. Metodologia: Revisão integrativa nas bases de
dados BVS e PubMed, utilizando-se os descritores self-medication, COVID-19 e pandemic.
Dos 252 artigos encontrados, 23 atenderam aos objetivos e foram analisados. DISCUSSÃO:
A automedicação é definida pela OMS como a utilização de medicamentos para tratar
sintomas ou doenças sem antes consultar um médico. Esta é uma prática comum em todo o
mundo, e em alguns cenários é vista como um elemento de autocuidado, estando relacionada
com a facilidade de acesso aos medicamentos, principalmente os de venda livre, e a não
obrigatoriedade de passar pela avaliação de um profissional de saúde, tornando mais rápido
o acesso ao medicamento. Essa atividade ocorre principalmente nos países onde o acesso
à saúde é mais restrito, levando a um maior tempo de espera pelas consultas médicas. Tendo
em vista o cenário da pandemia de COVID-19, ainda há outros fatores potencializadores
desta prática, como a grande influência das mídias sociais com notícias de cunho
sensacionalista ao abordar prevenções e tratamentos para essa patologia, sem que houvesse
o conhecimento necessário sobre seu mecanismo de ação e indicações clínicas,
principalmente relacionados aos analgésicos e antibióticos. No entanto, não são apenas os
eventos relacionados diretamente à infecção viral por COVID-19 que cursam com o aumento
da automedicação, mas também efeitos indiretos como o maior nível de estresse, ansiedade
e depressão causadas pela pandemia, aumentando a automedicação com fármacos, como
medicamentos à base de plantas naturais e benzodiazepínicos. Ademais, a automedicação
pode causar efeitos colaterais resultantes do uso incorreto dos medicamentos, como a
dosagem, via de administração e interações com outros fármacos em uso. Não obstante,
pode cursar com o aumento da resistência antimicrobiana. Conclusão: Ainda que seja uma
prática já difundida, a automedicação aumentou durante a pandemia de COVID-19,
principalmente como uma tentativa de prevenção e tratamento da doença e da influência das
mídias sociais com notícias sensacionalistas, levando também a uma preocupação sobre aos
efeitos adversos relacionados com à esses fármacos.