Page 205 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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de Foz do Iguaçu. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN). Resultados e Discussão: No primeiro semestre do ano pandêmico
de 2020, foram registrados 237 casos de Sífilis Adquirida em Foz do Iguaçu, enquanto que
no ano de 2019 houve 543 casos. Com o isolamento social, acreditava-se que a transmissão
da sífilis apresentaria uma redução significativa. Constata-se, porém, que apesar de uma leve
queda, que pode ser explicada pela dificuldade de acesso ao diagnóstico durante a pandemia,
o número atual de infectados continua elevado. Através de um cálculo de média mensal
simples (n / quantidade de meses), obteve-se para 2020 com dados auferidos até 30/06/2020,
a média de 39,50 casos/mês, enquanto que para o ano de 2019 esse número foi de 45,25
casos/mês. A situação leva a prever que o ano de 2020 contabilizará mais casos de sífilis do
que o ano anterior à pandemia, principalmente em relação aos subnotificados. Conclusões:
Tendo em vista que a sífilis deve ser tratada com a mesma importância que a COVID-19, faz-
se necessário que as ações sobre prevenção, proteção, entre outras, alcancem toda a
população, viabilizando a manutenção do controle e tratamento dos casos notificados, mesmo
durante a pandemia.
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS FETAIS E INFANTIS OCORRIDOS
EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ
Autores: PHALLCHA LUIZAR OBREGON | NICOLE JANSEN RABELLO, JULIETA
EDILOURDES DOS SANTOS SOUZA. Instituição: Núcleo de Vigilância epidemiológica do
Hospital Universitário do Oeste do Paraná; Curso de Medicina, Universidade Estadual do
Oeste do Paraná.
Palavras-chave: Mortalidade infantil; Causa básica de morte; Registros hospitalares;
Serviços de Saúde
Introdução: A mortalidade infantil configura um relevante indicador de saúde por refletir as
condições socioeconômicas e ambientais da população, estando relacionada a facilidade de
acesso e qualidade dos serviços. Objetivo: Identificar os fatores envolvidos nos óbitos fetais
e de menores de um ano ocorridos em 2020 no Hospital universitário do Oeste do Paraná.
Método: Estudo descritivo, quantitativo sobre casos de óbitos fetais e infantis ocorridos em
um hospital de ensino de Cascavel, no ano de 2020, a partir da análise de declarações de
óbito e prontuário eletrônico. A idade da mãe, duração da gestação, tipo de parto, causa de
morte e critérios de evitabilidade do óbito foram considerados. Resultados e discussão:
Foram identificados 88 óbitos no período, dos quais 45 (51%) foram óbitos fetais e 43 (49%)
óbitos não fetais. Os óbitos fetais ocorreram em mães nas faixas etárias de 25 a 44 (66%),
15 a 24 (31%) e 10 a 14 (2%). Houve predominou de óbitos fetais no sexo feminino (49%),
no terceiro trimestre gestacional (76%), e parto vaginal (51%). Como causa básica de óbito,
destacaram-se os distúrbios relacionados ao feto e recém-nascido afetados por complicações
da placenta, do cordão umbilical e das membranas (40%), seguido de afecções maternas:
doenças hipertensivas, diabetes, sífilis, entre outras (22%) e causas mal definidas (20%).
Foram considerados reduzíveis 18% dos óbitos. No que se refere aos óbitos não fetais (43)
prevaleceu o óbito no sexo masculino (53%). Destes, 40% foram de neonatos precoces, 26%
neonatos tardios e 35% de óbitos pós-neonatal. As principais causas básicas de morte
estiveram relacionadas a algumas afecções originadas no período perinatal (56%), seguido
de malformações congênitas (28%). Foram considerados reduzíveis 28% dos óbitos. Entre
os critérios de redutibilidade, houve prevalência de afecções maternas que afetam o feto e
RN (n=8; 9,3%) e complicações maternas que afetam o feto e RN (n=7; 8,1%), sendo a
assistência ambulatorial o determinante causal de óbito mais prevalente (n=19; 22%). No que
tange aos determinantes causais de óbito, a assistência ambulatorial durante o pré-natal
apresentou-se como fator de risco para os óbitos evitáveis. Conclusões: Percebe-se que a
análise dos óbitos em menores de um ano permite o aprimoramento das estatísticas oficiais
e a discriminação de fragilidades, direcionando a adoção de medidas nos municípios da
região.