Page 228 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
P. 228
228
de vigilância e laboratorial robusto, além de dilatar o tempo resposta para adoção de medidas
mais intensificadas. Como forma de contornar essa dificuldade, para o período 2020/2021
passou-se a utilizar também a medida de casos prováveis, que garante uma análise mais
sensível, e ao também se implementou o canal endêmico, metodologia que calcula os níveis
esperados e aceitáveis de casos por semana epidemiológica a partir da série histórica de 10
anos. A combinação dessas metodologias permitiu, entre outras vantagens, a utilização da
UBV pesada (fumacê) antes da instalação irreversível de um cenário epidêmico. Para que o
município e a regional atuassem de forma direcionada buscou-se plotar os mapas de calor
de casos prováveis das últimas 5 semanas, identificando as localidades com maior
concentração de casos suspeitos e confirmados (hotspots) de forma mais qualificada que o
tradicional uso de alfinetes. Acredita-se que estas novas ferramentas permitiram a mitigação
do risco de uma grande epidemia, lançando mão da UBV Pesada em três municípios no
período 2020/2021 (Assaí, Londrina e Rolândia) ao menos 50 dias antes do que seria possível
com a metodologia anterior (a partir de 300 casos/100 mil hab.). Além de uma ação
tempestiva, permitiu a otimização de recursos humanos e insumos, minimização do impacto
ambiental do uso de inseticidas e com a redução da infestação vetorial, interrupção da
transmissão comunitária da Dengue, que poderia contribuir ainda mais com o colapso do
sistema de saúde local.
A DIVULGAÇÃO DE DADOS SOBRE A PANDEMIA DA COVID-19 POR MEIO DE
BOLETINS EPIDEMIOLÓGICOS INFORMATIVOS – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: IVONE DA COSTA ROSA | ISABELA CRISTINA SANTOS FREIRE DE PAULA,
GUILHERME GOMES PEREIRA LOPES , CLEICIANE DE LIMA LUCAVEI, KELLY
FOGGIATTO SINHOCA , RAFAEL GOMES DITTERICH. Instituição: Universidade Federal
do Paraná – UFPR
Palavras-chave: Medidas em Epidemiologia; Publicações Eletrônicas; Infecções por
Coronavirus
No Brasil, a infecção pelo SARS-CoV-2 se disseminou rapidamente, causando sobrecarga do
sistema de saúde, esgotamento das equipes de saúde e sofrimento e medo da população.
Em tempos de Fake News, levar informação verdadeira é assegurar a notabilidade da Ciência
no Brasil. Diante disso, a Secretaria do Estado do Paraná, junto com a Universidade Estadual
de Ponta Grossa (UEPG) selecionou alunos e profissionais de saúde para atuar em conjunto
com as equipes de Vigilância em Saúde em diversos setores, visando auxiliar no
enfrentamento da Pandemia da Covid-19. Conforme o avanço dessa, viu-se necessário a
divulgação desses dados de forma clara, acessível e gratuita, compartilhando com seriedade
e de forma atualizada as informações. Assim, o objetivo é relatar a experiência de bolsistas
do projeto de extensão “Ações Extensionistas de Prevenção, Cuidado e Combate à Pandemia
do Novo Coronavírus”, na elaboração do “Boletim Informativo: COVID-19 da 2ª Regional de
Saúde Metropolitana do Paraná”. O boletim apresentava a evolução semanal dos casos
confirmados e óbitos por COVID-19 nos 29 municípios da 2ª Regional de Saúde do Paraná.
Sua elaboração foi realizada no Microsoft EXCEL a partir de planilhas organizadas com os
dados encaminhados pelos municípios e hospitais, seguindo a semana epidemiológica. O
documento trazia o número de casos, número de mortes, médias móveis semanais e
contaminação de profissionais de saúde, além dos recuperados e a taxa de ocupação de
leitos da 2ª RMS. Os dados eram apresentados em forma de tabelas e gráficos e sua
divulgação ocorria periodicamente, em formato PDF, por plataformas digitais e diretamente
para as secretarias municipais de saúde e apresentado nas reuniões semanais com as
equipes de Vigilância dos municípios. O boletim epidemiológico se mostrou um meio efetivo,
seguro e rápido de compartilhamento de informações confiáveis, contribuindo assim para o
enfrentamento da COVID-19 e servindo de modelo para outras regionais e instituições de
saúde.