Page 55 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     OBESIDADE INFANTIL: UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR

                     Autores: GUSTAVO BORGO OLIVEIRA | JOSUÉ SOUZA ALMEIDA OLIVEIRA, RHAIANY
                     LISBOA  DOS  SANTOS,  MANUELA  ILIESCU  PERINE,  ELYARA  YOSHIE.  Instituição:
                     Universidade Estadual de Londrina

                     Palavras-chave: Obesidade pediátrica; Educação Interprofissional; Promoção em Saúde
                     Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, de 2006 a 2018, o número de obesos aumentou
                     67,8% no país, sendo que, nas crianças, pesquisas semelhantes mostram que 12,9% delas,
                     de 5 a 9 anos, estão obesas. Percebe-se, então, a intensa prevalência da obesidade em
                     especial  na  população  pediátrica.  Sobrepeso  e  obesidade  são  condições  de  risco,
                     especialmente, pela associação direta com outras doenças como: diabetes mellitus tipo 2,
                     doenças  coronarianas  e  disfunções  no  movimento.  Tais  quadros,  quando  presentes  nos
                     infantes,  demandam  ainda  mais  atenção,  tendo  em  vista  tratar-se  de  uma  população
                     numerosa e com muito tempo de vida, o que se traduz em maior período de cuidado com
                     essas doenças. Uma vez que a obesidade possui alta prevalência entre as crianças e gera
                     impactos negativos na qualidade de vida a curto e longo prazo, é necessário capacitar os
                     estudantes da área da saúde sobre o assunto. Essa ação no eixo “Educação e Formação em
                     Saúde” possibilita a disseminação de informações voltadas à prevenção dessa doença com
                     o embasamento e a importância requeridos. Neste sentido, o evento visou a instruir e a alertar
                     profissionais  de  saúde  em  formação  a respeito  da relevância  da  abordagem  preventiva  e
                     terapêutica da obesidade infantil dentro de diferentes perspectivas. A “Semana de Prevenção
                     e Combate à Obesidade Infantil” foi um curso de capacitação para estudantes da área da
                     saúde.  Realizado  entre  10  e  14  de  agosto,  contou  com  palestrantes  de  diversas  áreas:
                     fisiologia,  endocrinologia  pediátrica,  nutrição,  educação  física  e  cardiologia.  O  alcance
                     atingido  –  cerca  de  3  mil  inscritos  –  deveu-se  à  parceria  com  ligas  acadêmicas  e
                     patrocinadores. O evento foi transmitido ao vivo pelo YouTube, às 19h30min, objetivando a
                     abordagem multidisciplinar. Por fim, verificou-se a relevância do tema pela perspectiva de
                     diferentes disciplinas, impactando de forma positiva na formação de futuros profissionais, sem
                     excluir  os  impactos  sociais  empregados  na  situação,  considerando  a  complexidade  do
                     assunto. Estruturar o projeto foi satisfatório para todos os participantes, visto que o conteúdo
                     nem  sempre  é  abordado  na  graduação.  Além  disso, ainda  que  fundamental  na  prática,  a
                     atuação conjunta entre diferentes vertentes da saúde também é pouco discutida na formação
                     acadêmica.  Assim,  a  integração  profissional  na  abordagem  preventiva  e  terapêutica  da
                     obesidade, ainda na graduação, é essencial para que seja atingido a integralidade do cuidado
                     exigido no combate à obesidade infantil.


                     PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO NAS ESCOLAS MÉDICAS DO PARANÁ

                     Autores:  LUIS  FERNANDO  BOFF  ZARPELON  |  NILDO  ALVES  BATISTA.  Instituição:
                     Universidade Federal de São Paulo

                     Palavras-chave:  Educação  médica;  Políticas  de  Saúde;  Serviços  de  Integração  Docente
                     Assistencial; Gestão em Saúde
                     Para superar os desafios da educação médica, currículos devem enfatizar a integração com
                     o  sistema  de  saúde  da  mesma  forma  que  a  organização  do  trabalho  em  saúde  deve
                     incorporar  os  processos  formativos  permanentes  em  todos  os  níveis.  A  complexa  rede
                     resultante dessa integração, caracterizada por relações interinstitucionais, policêntricas, de
                     natureza horizontal e interdependentes, requer novas abordagens de gestão. Este trabalho
                     buscou conhecer as práticas resultantes da integração ensino serviço (IES) nos territórios
                     estudados a partir dos gestores do ensino e do serviço. Trata-se de um estudo transversal,
                     qualitativo, exploratório, descritivo e explicativo conduzido entre coordenadores de curso de
                     escolas  médicas  com  ao  menos  um  ciclo  formativo  completo  e  gestores  estaduais  e
                     municipais  do  SUS  dos  seus  respectivos  territórios.  Os  dados  foram  produzidos  pela
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